Um "blog sujo" desde 2 de setembro de 2009.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

A ascensão do Brasil: Mais rápido, mais forte, mais alto


Sediar as Olimpíadas de 2016 seria a cobertura no bolo da nação sul americana, que finalmente está preenchendo seu potencial


por Hugh O’Shaughnessy, no jornal britânico Independent
Sunday, 27 September 2009

Deus pode não ser brasileiro, como muitos dos moradores do Rio de Janeiro orgulhosamente garantem, mas o Todo Poderoso parece mexer as suas asas influentes na direção da Cidade Maravilhosa, a Marvellous City do Atlântico Sul, no momento em que a cidade joga tudo para sediar as Olimpíadas de 2016. Suas três rivais, Tóquio, Madrid e Chicago, parecem perder força enquanto chega O Dia em cinco dias. No dia 2 de outubro a cidade vencedora será anunciada em Copenhague, assistida por um bilhão de telespectadores em todo o mundo.

Na terça-feira, em Brasília, senadores aprovaram legislação para garantir tudo o que se requer para uma proposta vencedora — de financiamento a regulamentos para evitar que donos de hotéis cobrem acima do preço pelas diárias. O New York Times parece ter desistido da Cidade da Ventania [Chicago] às margens do Lago Superior, na quarta-feira, sugerindo que o presidente brasileiro, Luís Inácio da Silva, que todos chamam de Lula, tinha o trabalho mais fácil do mundo para garantir o prêmio. Lula, o ex-metalúrgico e líder sindicalista que anos atrás perdeu um dedo em uma prensa hidráulica, confessou que tinha a vantagem. Ele será acompanhado em Copenhague pela sua esposa, Marisa, enquanto Michelle Obama estará lá sem o marido. “Será dois contra um”, disse Lula com prazer disfarçado.

A votação do próximo mês poderia ser um marco na jornada do Brasil para deixar de ser o eterno país do futuro — para o qual o futuro nunca chega — e para se tornar um indisputável poder mundial, com uma presença permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas e o dinheiro para alimentar, educar e cuidar de sua população de quase 200 milhões.

Lula, que quando criança suplementava o orçamento da mãe vendendo amendoim em torno do porto de Santos, aproveita de sua nova eminência, de sua liberdade para culpar a atual crise financeira “nos banqueiros de olhos azuis” e do respeito adquirido. O pânico dos banqueiros e o alarme da mídia na City de Londres e em Wall Street nos meses que antecederam sua maciça vitória eleitoral em 2002 são coisas do passado. Hoje o Brasil é um dos BRICs, junto com a Rússia, a Índia e a China e é admirado por banqueiros e economistas. E não apenas o presidente Obama o chama o líder mais popular do mundo mas, depois de um período em que a corrupção governamental parecia a caminho de derrubá-lo, Lula tem uma taxa de aprovação com os eleitores de cerca de 80%.

Não mais um caso clássico de país em luta contra a hiperinflação, o Brasil olha adiante para um tsunami de riquezas que vai tomar conta da Petrobras, a altamente bem sucedida empresa de petróleo controlada publicamente, que atingirá produção total nos enormes campos de águas profundas. Lula faz planos para usar esse novo dinheiro para corrigir abusos que resultaram do golpe militar de 1964, apoiado pelo Ocidente, e dos anos subsequentes de repressão selvagem e tortura, que derrubaram os padrões de vida do próprio Lula e de outros milhões de pobres brasileiros. O Brasil também é um grande exportador de comida — o que é confortável num momento em que a fome cerca vários lugares.

As últimas semanas demonstraram que Lula está sacando da riqueza futura para ter mais influência internacional hoje. O primeiro chefe de estado a falar no debate da Assembléia Geral das Nações Unidas na quarta-feira, ele entrou na frente do discurso de 90 minutos do coronel Gaddafi, que chateou todos os presentes. Lula aproveitou a oportunidade para atacar as idéias dos poderes ocidentais durante a crise financeira internacional. “O que desabou foram conceitos sociais, políticos e econômicos aceitos como inquestionáveis”, ele disse, num forte golpe a políticos e banqueiros que se opunham à regulamentação governamental. Os esforços de Lula ajudaram a esmagar o Grupo dos Oito dos países ricos, que será substituído pelo Grupo dos 20, que inclui países em desenvolvimento que se encontraram na quinta-feira em Pittsburgh para reformar as finanças mundiais.

Na Assembléia Geral Lula também pediu ação contra o golpe em Honduras, onde a embaixada brasileira dá abrigo a Manuel Zelaya, o presidente legítimo derrubado em 28 de junho por um impostor com apoio militar. Lula está pedindo ao Conselho de Segurança ação contra o crescentemente bárbaro novo regime, com ameaça do emprego de toda a força da lei internacional, particularmente se o regime continuar a deixar diplomatas brasileiros e seus hóspedes sem energia, água e comida. A ação brasileira, apoiada de perto pelo governo venezuelano, pegou Washington de surpresa, expondo uma divisão clara entre Obama, que quer ação decidida para restaurar Zelaya, e uma vacilante Hillary Clinton, cujos assessores direitistas tem outras ideias.

Lula é, também, um dos líderes do bloco da União Sul-Americana de Nações. A Unasur resiste à militarização da América do Sul que muitos acreditam que vai acontecer se a Colômbia, um aliado próximo dos Estados Unidos, permitir que o Pentágono estabeleça sete novas bases em suas terras; elas permitiriam que os Estados Unidos despachassem caças para qualquer parte do continente com exceção da Patagônia. Como precaução, Lula está comprando armas da França e da Rússia.

Em suas tentativas de acelerar a unidade latino-americana, Lula tem corrido riscos políticos em casa, enfrentando empresas de energia elétrica poderosas. Para cimentar as relações com seu vizinho pobre, o Paraguai, Lula prometeu um novo acordo para o uso da energia da gigantesca hidrelétrica de Itaipu, que supostamente deveria ser usada igualmente pelos dois países mas que de fato vai quase toda para o Brasil.

Ainda assim, se o Rio vencer na sexta-feira, Lula voltará à tarefa de dar esperança aos despossuídos da cidade — para garantir que as primeiras Olimpíadas na América do Sul ocorram pacificamente.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Dilma, o PDT e o patriotismo


segunda-feira, 21 setembro, 2009 às 15:34



Samuel Johnson dizia do patriotismo coisas bem diferentes do que lhe se atribui

Terminado o debate na Firjan - espero postar, assim que consiga, um pequeno vídeo com minha intervenção - quero comentar duas notícias. E primeira, publicada pelo Estadão, sobre os compromissos do PDT com a candidatura Dilma Roussef. Está correta a afirmação do nosso líder de bancada na Câmara, Dagoberto Rodrigues, de que não temos, até agora, qualquer alinhamento automático com a sua candidatura, pela simples e basilar razão de que ainda não fomos - nem o partido, nem a bancada - procurados para discutir este apoio.



Portanto, sinto-me em total liberdade para comentar a segunda publicação, esta da Folha de S. Paulo. Na sua coluna, o jornalista Fernando Rodrigues, a pretexto de comentar a entrevista da Ministra ao jornal, este fim de semana, enxovalha a palavra patriotismo, ao citar uma frase - que deixa pela metade, como se isso lhe retirasse a intenção ofensiva - do intelectual inglês Samuel Johnson. A frase é “o patriotismo é o último refúgio de um canalha”. E completa a idéia associando isso às origens brizolistas de Dilma.



Ser patriota não é ser canalha, ao contrário. Nem Johnson disse isso: ele diz que os canalhas, para se ocultarem, vestem a manta do patriotismo. Patriotismo do qual ele diz: “um patriota é aquele cuja conduta pública é regulada por um único motivo, o amor a seu país. Aquele que, como parlamentar, (não) tem, para si mesmo, nem esperança, nem medo, nem benignidade, nem ressentimento, mas em todas as coisas se referencia nos interesses comuns (a todos). E diz mais: “Um homem pode odiar seu rei, mas deixar de amar o seu país.” Se quiser conferir, está em “The Works of Samuel Johnson“, Pafraets & Company, Troy, New York, 1913; volume 14. É um manifesto - O Patriota - endereçado aos cidadãos ingleses em 1774.



O articulista deveria procurar o contexto em que esta frase se formou. Johnson era um “tory” - um conservador - diante da iminente libertação dos EUA da condição de colônia inglesa. Johnson era um patriota inglês, defendia os interesses de seu país. A frase em questão é citada em “A Vida de Samuel Johnson”, de James Boswell, seu biógrafo, em 1791, no seguinte contexto:



“Johnson expressou, de repente, em um tom forte e determinado, um apotegma, pelo qual muitos vão começar: “O patriotismo é o último refúgio de um canalha”. Mas considere-se que não ele não dá o sentido de um amor verdadeiro e generoso por nosso país, mas o de que um pretenso patriotismo , em tantas épocas e países, fez-se capa para o auto-interesse. Eu afirmo que , certamente, todos os patriotas não foram canalhas.



Talvez haja alguns que prefiram reduzir o patriotismo a uma idéia primária e tosca. Não é. Ser patriota, serve a frase de Johnson, é olhar todas as coisas pelo ângulo do bem comum. É, mesmo tendo seus motivos para detestar o Rei, e o direito de fazê-lo, nunca deixar de amar o seu país.



O articulista tem o direito de rejeitar o patriotismo. Tem o direito - parou no meio da frase , talvez, para trocar choque por insinuação - de achar o que quiser do Presidente da República. Mas também tem o dever, democrático, de ouvir que os patriotas deste país repelem a pecha de canalhas.


Comentário do blogueiro:

Parabéns pelo excelente texto. Agora descobri a verdadeira razão para a existência do PiG: fazer com que "brasileiros" dignos desse nome possam repelir, com ideias muito melhores, o entreguismo que expele de sua própria essencia.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Um ótimo fim de semana para todos

Tava demorando...

Do G1

 Gravadoras obtêm decisão inédita contra troca de arquivos no Brasil

TJ-PR proíbe empresa de disponibilizar software P2P K-Lite Nitro.
Ação é movida pelas gigantes EMI, Som Livre, Sony, Universal e Warner


Em decisão inédita, o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ-PR) decidiu pela condenação de um desenvolvedor nacional de software de compartilhamento de arquivos (P2P), em ação movida pela Associação Protetora dos Direitos Intelectuais Fonográficos (Apdif).

De acordo com a decisão, a empresa Cadari Tecnologia da Informação e outros, responsáveis pelo desenvolvimento e manutenção do K-Lite Nitro, estão proibidos de disponibilizar o software P2P, “enquanto nele não forem instalados filtros que evitem que as gravações protegidas por Direito Autoral de titularidade das companhias representadas pela APDIF do Brasil sigam sendo violadas de forma maciça e constante pelos usuários do referido software”.

Ainda segundo a decisão unânime, relatada pelo desembargador Adalberto Jorge Xisto Pereira, o K-Lite Nitro tem "intuito de lucro baseado na venda de espaço publicitário, é ilegal e viola a lei de Direito Autoral (Lei 9.610/98) e o Código Penal brasileiro”.

Representante das cinco maiores companhias fonográficas do país (EMI, Som Livre, Sony Music, Universal Music e Warner Music), a Apdif atualmente faz parte da Associação Antipirataria de Cinema e Música (APCM).

Segundo o presidente da Apdif e da Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD), Paulo Rosa, a decisão inédita no país sobre redes de compartilhamento de arquivos estabelece um precedente na Justiça brasileira “importantíssimo” em relação aos direitos autorais sobre músicas e outros conteúdos protegidos na web.

“Não se trata de uma decisão contra uma determinada tecnologia, mas sim contra um modelo de negócio criado e explorado economicamente, cujo principal atrativo é a violação contínua e em larga escala de Direitos Autorais consagrados em nossa Constituição Federal e em legislação específica”, afirmou Rosa.

“No momento atual de desenvolvimento do mercado de música digital no Brasil, tanto pela internet como pela telefonia móvel cada vez mais em convergência, o fato de se firmar jurisprudência quanto à questão do compartilhamento de arquivos em redes P2P, e em favor dos direitos de criadores e produtores de música, é mais do que bem vindo e apropriado”, completou.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Duplicação da BR: marketing conjunto para os três estados (PB, PE e RN)

Caminhos da BR-101 // Fazendo turismo estrada afora



Para o turismo, a duplicação da BR-101 é uma mão na roda, com o perdão do trocadilho. O viajante poderá sair cedinho do Recife e curtir o sol do verão na Praia de Ponta Negra, em Natal.

Praia da Pipa é uma das mais visitadas do Rio Grande do Norte.Fotos: Alcione Ferreira/DP/D.A Press
Depois de almoçar, tomar uma água de coco, descansar um pouco, bastará tomar o caminho de volta, fazendo uma parada básica para acompanhar o pôr do sol ao som do Bolero de Ravel na Praia do Jacaré, em Cabedelo (PB). Os desencanados poderão até arriscar um passeio ao natural por Tambaba. Já os que vêm de longe poderão voar até uma das capitais e fazer o restante do percurso de ônibus ou carro. O crescimento do número de visitantes nos estados "duplicados" vai aumentar, certamente. Até o presidente Lula andou falando, mais de uma vez, que "o sonho da vida dele é sair de carro fazendo turismo pelo Nordeste". O impacto das obras da rodovia no turismo na região é o assunto que fecha a série Caminhos da BR-101.


Passeio de jangada é disputado por turistas brasileiros e estrangeiros na Praia de Porto de Galinhas. Foto: Alexandre Gondim/DP/D. A Press - 18/3/09
O local de trabalho de Daniel Batista da Silva, 33 anos, parece saído de um filme de ficção científica. A areia é bem vermelha. Igual a Marte. Mas é o Chapadão da Praia da Pipa, no Rio Grande do Norte. É lá que Daniel ganha a vida vendendo picolés para os turistas que vão de buggy curtir a vista de tirar o fôlego. Ele é de Natal e antes trabalhava na Praia de Ponta Negra. Agora passa a semana na casa do irmão, em Tibau do Sul. Gasta uma hora e meia na viagem de ônibus. Mal pode esperar pelo término da duplicação da BR-101. "Vai ficar bem mais rápido para chegar". Não só para Daniel. O próprio turista vai se beneficiar do novo formato da rodovia.

A publicitária Diana Maria Trentin, o marido, Marlos, e o casal de amigos Nestor Gollo e Elenice Battistela - todos de Erechim (RS) - vieram conhecer a hospitalidade nordestina. Hospedados no Recife, aproveitaram para esticar a visita até João Pessoa. "A saída do Recife ainda está complicada. Mas, de resto, a obra vai deixar a estrada muito boa", afirma Diana. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Pernambuco (ABIH-PE), José Otávio Meira Lins, lembra que a duplicação é um anseio antigo do setor. "A gente enxerga a possibilidade de se fazer um marketing conjunto para os três estados".


Beleza do pôr do sol na Praia do Jacaré é um dos cartões postais do turismo da cidade de João Pessoa. Foto: Helder Tavares/DP/D.A Press - 20/5/09
Na opinião de Meira Lins, como existe uma grande dificuldade na malha aérea da região, o trade sai ganhando se explorar a malha rodoviária. Para ele, a obra de duplicação do Corredor Nordeste é tão importante para o setor quanto a reforma dos aeroportos. O secretário de Turismo de Pernambuco, Sílvio Costa Filho, diz que o trabalho integrado começou. O roteiro da Civilização do Açúcar, por exemplo, está pronto e foi apresentado no Salão do Turismo, em São Paulo. Abrange cidades "açucareiras" de Pernambuco, Paraíba e Alagoas.

Tanto Meira Lins quanto Costa Filho afirmam que pouco mais da metade do fluxo de turistas de Pernambuco é do próprio Nordeste, especialmente dos estados vizinhos. Não é diferente no Rio Grande do Norte e na Paraíba. Ano passado, uma pesquisa potiguar que avaliou a demanda turística mostrou (para surpresa até do governo) que o pernambucano era o visitante mais assíduo do estado, passando até o número de paulistas. O que não quer dizer que gente de fora não apareça por lá. Eles aparecem. Daqui do Brasil e do estrangeiro. Ficam hospedados nos hotéis de Natal ou então vão para Pipa.

A mesma pesquisa da demanda turística revelou que o brasileiro gastava, em média, US$ 59,50 por dia, contra US$ 115,40 do estrangeiro. O paulista Rodrigo Haritov, 35, está acostumado ao poder econômico dos gringos. Condutor de buggy (sim, o nome da profissão é essa), ele mora em Pipa há 16 anos. "A duplicação da rodovia vai aumentar a segurança e diminuir o tempo das viagens", diz Rodrigo, enquanto faz uma pausa no passeio de um dia inteiro com um casal norte-americano e a filha deles. Em média, ele fatura por mês R$ 2,5 mil. No verão, os rendimentos podem chegar a R$ 4 mil. Nada mal para quem tem um filho para sustentar.

Quem vem de fora, lembra Rodrigo, quer ver a casa arrumada. Na Paraíba, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) está avaliando a situação dos terminais de passageiros do estado. O objetivo é reformar o da capital. A intenção pode ser das melhores, mas a ideia vem sendo condenada por representantes do trade local, entre eles o presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens da Paraíba (Abav-PB), Luiz Félix de Lucena. Para ele, um novo terminal deveria ser construído às margens da BR-101. Até para tornar mais fácil a vida de quem resolver se hospedar na cidade para acompanhar os jogos da Copa de 2014 no Recife e em Natal. Faz todo sentido.

Câmara dos deputados instala comissões do pré-sal



CongressoAs quatro comissões especiais criadas para analisar os projetos que tratam do pré-sal foram instaladas nesta quarta-feira (16/9), e começam a atuar na próxima terça-feira. As comissões têm prazo até o dia 9 de novembro para concluir os trabalhos. A partir de 10 de novembro, as propostas começarão a ser votadas em plenário.
O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) foi escolhido para presidir e o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) será o relator da comissão que analisa o  Projeto de Lei 5938 sobre exploração e produção do pré-sal.
Já o deputado Brizola Neto (PDT-RJ)  foi eleito presidente da comissão que analisa o  Projeto de Lei 5939 que cria a empresa pública Petro-sal. O projeto será relatado pelo deputado Luiz Fernando Faria (PP-MG).
O deputado Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) será o presidente e o deputado Antonio Palocci (PT-SP) o relator  da comissão do  Projeto de Lei 5940 que cria o Fundo Social.
Por fim, o deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP) foi eleito presidente e o deputado João Maia (PR-RN) o relator da comissão que vai analisar o   Projeto de Lei 5941 que autoriza a capitalização da Petrobras.

Pedido de vista dos processos da Globo “dorme” na mesa do Ministro Hélio Costa há 500 dias


Há exatos 18 meses está parado sem solução, no gabinete do ministro Hélio Costa, das Comunicações e ex-funcionário da Rede Globo de Televisão, pedido de vista dos processos administrativos números 6023/64 e 10810/65, que tratam, coincidentemente, da transferência do controle acionário da Televisão Globo de São Paulo S/A para o jornalista Roberto Marinho.

Sabe-se que esses processos estão incompletos, com numeração errada, documentos repetidos para dar volume e sem OS CONTRATOS, RECIBOS E PROCURAÇÕES essenciais, que justificariam a legitimidade da transferência do controle acionário da antiga Rádio Televisão Paulista S/A (depois TV Globo de São Paulo) para os seus atuais controladores.

O que teme o ministro Hélio Costa, das Comunicações, já que não se trata de processo secreto que põe em risco a segurança nacional e nem a privacidade de autoridade alguma?

Esqueceu ele que a teor do inciso XXXIII, do artigo 5º. da Constituição Federal, “Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado”?

De que adianta a Carta Magna assegurar a todo cidadão o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidades ou abuso de poder, se o Ministro não está nem aí para o cumprimento desse dispositivo constitucional?

Esquece S. Excelência que é permitido a qualquer cidadão denunciar o Presidente da República ou Ministro de Estado, por crime de responsabilidade, perante a Câmara dos Deputados?

Na verdade, ele não se esqueceu de nada. Ele sabe, sim, que em nome do espírito partidário e corporativista nada disso prosperará.

É uma pena, porque daqui a pouco essas irregularidades todas poderão ser levadas a exame em tribunais internacionais (OEA, ONU, HAIA etc.) para nosso desconforto. Não duvidem disso! Os legitimamente interessados nesses esclarecimentos   têm condições para tanto, sem falar na coletividade que espera das autoridades procedimento isento, transparente, legalista e consentâneo com o ordenamento jurídico vigente.

E é bom esclarecer que essas graves questões administrativas não se resolverão caso, por exemplo, o Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do REsp 1046497-RJ, dê ganho de causa ao Espólio de Roberto Marinho e à TV Globo ou julgue procedente o apelo dos herdeiros dos antigos acionistas da ex-Rádio Televisão Paulista S/A. Nesse recurso se discute, simplesmente, a declaração da existência ou inexistência de contrato de venda da emissora entre as partes em litígio. Já nos processos administrativos, busca-se saber e provar que a Portaria 430, de 27 de janeiro de 1977, que deferiu a transferência do controle acionário para Roberto Marinho,  seria um ato absolutamente nulo, segundo o Ministério Público Federal e o Instituto Del Picchia de Documentoscopia, face às irregularidades processuais levantadas e ignoradas pelas autoridades federais e militares (1964/1977).

Em resumo, o comprador da Rádio Televisão Paulista (hoje, TV Globo de São Paulo) não provou que adquiriu o controle do acionista que tinha poderes para negociar e assim mesmo obteve o de acordo do outorgante da concessão, o Poder Público, via Portaria 430/77, assinada pela engenheira Regina Maria da Cruz Cabral, diretora da Divisão de Radiodifusão, do antigo DENTEL.

De fato, o controlador dirige, competentemente,  um canal de TV, situado na mais importante unidade da Federação, mas que não lhe foi legitimamente e legalmente   transferido. Então,  seria um apossamento atípico e por usucapião?

Barra de Camaratuba: escândalo socio-ambiental

 

A população de Barra de Camaratuba, e todos os paraibanos indiretamente, estão sendo agredidos em sua própria terra.

O Blog do Magrello já denunciou isso.

A Pacific Hydro, empresa de capital estrangeiro (australianos da Comunidade das Nações), se apossou de uma extensa área de terra, de 9 Km de extensão por 600 metros de largura, à beira-mar de Barra de Camaratuba, e lá vem praticando agressões ao meio ambiente e interferindo no direito de ir e vir da população local ou de qualquer outro que vá por lá, a título de construir torres e explorar energia dos ventos.

Ivan Burity, Tião Lucena e agora Trocolli Junior denunciaram essa situação. O MPF já foi avisado por representantes de movimentos sociais de lá. Interessante é o silêncio do prefeito local, João Madruga, e dos vereadores.

A Secretaria do Patrimônio da União encontrou dificuldades de fiscalizar a área. O IBAMA foi enganado com dados falsos. O que é que falta para se dar um basta a essa situação?

Estamos diante de uma injustiça colossal, em que não há equilíbrio entre as partes envolvidas. Apenas uma parte se dá bem no negócio.

Difícil advinhar quem deixou isso acontecer... talvez os tucanos... olha só essa notícia:

"A velocidade dos ventos do litoral de Mataraca, os incentivos fiscais do governo do Estado e agilidade de licenças dos órgãos ambientais como Sudema foram as principais razões para que a empresa Pacific Hydro escolhesse a Paraíba para implementar o Parque Eólico no Brasil
[...]
O secretário chefe da Casa Civil do governo do Estado, Rômulo Gouveia, que representou o governador Cássio Cunha Lima na cerimônia de inauguração" 



Você leu isso mesmo: agilidade de licenças ambientais e incentivos fiscais!!!

Vamos fazer quiném aquela novela da Globo, na qual uma comunidade formada por hippies, surfistas e pescadores colocaram para correr especuladores de uma praia paradisíaca.

Cobremos soluções para a questão.

MLA

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Empresários "veneram" a democracia

Do Blog do Noblat (só para dizer que sou democrático...)


Deu no Correio Braziliense

Industriais de Brasília adotam o terceiro mandato

Por 9 votos a 1, os conselheiros da instituição decidem alterar dois dispositivos do estatuto e assegurar ao atual presidente o direito de concorrer a uma segunda reeleição no ano que vem

De Diego Amorim:

O presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), Antônio Rocha, aderiu à moda latino-americana e conquistou o que nem Lula, por enquanto, conseguiu: concretizar a possibilidade de um terceiro mandato.

Por 9 votos a 1, os conselheiros da entidade alteraram no fim da noite de ontem trechos do estatuto que vedavam uma segunda reeleição.

Há oito anos à frente da instituição, Rocha poderá concorrer no ano que vem a mais um mandato de quatro anos. A reunião extraordinária durou pouco mais de duas horas e teve momentos tensos.

O primeiro vice-presidente da Fibra, Ricardo Caldas, participou do encontro, mesmo não tendo direito à voto. Ferrenho crítico do terceiro mandato, ele acusa Rocha de agir em benefício próprio.

“O poder seduz as pessoas”, disse. Para Caldas, a decisão do conselho abala a credibilidade da entidade, além de ferir o princípio da alternância de poder, prevista na Constituição Federal.

“É possível acionar a Justiça nesse caso, mas não quero que a instituição se fragilize a esse ponto. Não quero que ela seja questionada judicialmente”, afirmou, sem afastar definitivamente essa hipótese.

Desde que assumiu a Presidência da Fibra, Rocha é cortejado por vários partidos. Foi até convidado para ser vice de uma chapa petista ao governo do Distrito Federal.

Na avaliação dele, não há problema algum em poder ficar mais quatro anos no comando da federação. “Não vejo nenhum quesito democrático sendo quebrado. Eleição é assim: você tem um mandato e, se for reconhecido pelo seu trabalho, o terceiro mandato consolida justamente o entendimento de que foi realizado um bom trabalho”, justificou. “Essa decisão não tira o direito de ninguém concorrer ao pleito”, completou.

Bolsa-esmola: o programa social de Serra


Ontem nós dissemos que Serra e Aécio afinaram o discurso do fracasso, em cerimônia de inauguração de um casarão do governo de Minas Gerais na capital paulista.

Hoje deu no jornal Valor Econômico que, ao sair da cerimônia:

" ... Serra foi abordado por dois meninos de rua. O governador, buscando simpatia, puxou conversa, perguntando para que times de futebol eles torciam. Só que Cainã e Caique foram cobrá-lo por uma promessa não cumprida: em uma visita a uma comunidade carente da Barra Funda, Serra garantiu aos garotos que lhes daria pipas e peões. Desconversando, Serra perguntou onde moravam, para envio dos presentes, e a resposta não poderia ter sido mais constrangedora: " na rua, aqui na [Avenida]Rebouças, pertinho. Mora bastante gente lá " . O governador sacou algumas notas do bolso, deu aos meninos e foi embora."

Isso sim é bolsa-esmola, que não leva cidadania às crianças.

O que José Serra poderia ter feito SE TIVESSE política social:

1) Perguntar EM QUE ESCOLA estudam, se estavam inscritos em algum programa social, e se estavam precisando de alguma coisa;

2) Perguntar sobre a família deles, e se poderia fazer alguma coisa que eles precisam para resolver problemas de desagregação familiar, se for o caso;

3) Acionar, ali mesmo, a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, para levantar o traseiro burocrático dos gabinetes com ar-condicionado, e fazer alguma coisa para tirar os meninos da rua;

4) Poderia acionar sua mulher, primeira-dama, presidente do Fundo de Solidariedade do Estado de São Paulo, para praticar política social fora da DASLU.

A primeira-dama, Monica Serra (de óculos) fazendo política social na DASLU: em maio de 2008,
lançando a campanha do agasalho, na loja da DASLU, ao lado de Donata Meireles (uma das donas), com uma camiseta promocional da grife.


Um governador que tem delegação popular, autoridade e verba para resolver o problema de pelo menos duas crianças de rua, se omite e não faz nada, preferindo dar esmola, tratando crianças como mendigos, negando-lhes cidadania e inclusão social. Isso é José Serra!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Vale privatizada pelos Tucanos vai ficar com os chineses



Agnelli quer vender um pedaço da Vale aos chineses?
Roger Agnelli: este homem quer vender um pedaço da Vale aos chineses?

Acabam de me contar que os sites de economia estão informando que a Vale está sondando a posibilidade de vender suas ações na China. Este negócio tem que ser bloqueado, de alguma forma, e deve ser, porque o Governo, mesmo não sendo mais dono da Vale, tem participação no bloco majoritário de acionistas que controla a empresa.

Não vamos deixar que façam o que FH fez com um terço do capital da Petrobras, vendendo na Bolsa de  Nova Iorque. Se quiserem vender ações para os chineses, que vendam as do Bradesco, de onde vem este senhor Agnelli, que compra navios na china em lugar de encomendar nos estaleiros do Brasil, gerando empregos para os brasileiros, como você leu ontem aqui.

Nota do Blogueiro: A Vale não é mais do Rio Doce, não é mais do Brasil, não tem tecnologia, compra navios na China, somente extrai minérios sem agregar valor. Deixa no Brasil um buraco e agora quer deixar os lucros com os chineses.

E ainda faz propaganda enganosa e mentirosa na tevê como se fosse a última coca-cola gelada do deserto.

Se este país fosse sério, FHC já tava em cana fazia tempo.

Esta é a eficiência do setor privado, ou melhor, privatizado por tucanos e demônios. 

MLA

Censura na Internet: Demônios e Tucanos pretendem limitar a internet

 imagem.jpg


A censura na internet continua caminhando pelos antros do Congresso Nacional.

Os DEMOSTUCANOS Eduardo Azeredo (MG) e Marco Maciel (PE) tentam impor restrições ao uso da internet nas eleições.

Aí pergunto: se a eleição é a festa da democracia, se a internet é o meio mais democrático de comunicação, desvincular eleição de internet seria o quê?

Golpe e censura das classes burguesas, representadas pelo Demônios e tucanos, pois são quem mais perdem com a democratização dos meios de comunicação, visto que a maioria desses políticos são donos de jornais, rádios e tvs.

Cabe a cada internauta LUTAR pela LIBERDADE na INTERNET.

Não temos o direito de ficar inertes.

Mandem emails para esses dois senadores safados: eduardoazeredo@senador.gov.br  marco.maciel@senador.gov.br

MLA

Jornalistas e estudantes protestam contra vinda de Gilmar Mendes à PB



15-09-2009 11:46:00

Um grupo formado por jornalistas e estudantes de jornalismo, vestidos de preto e com cartazes, gritam palavras de protesto e mandaram embora o ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal e relator do processo que culminou no fim da exigência de diploma para a contratação em meios de comunicação.

Em frente ao Fórum Criminal da Capital, o grupo esperava o ministro que participaria de eventos do Justiça paraibana. Logo que chegou, a comitiva se deparou com os gritos de "fora Gilmar" na porta da garagem do Fórum. Segundo representantes do Sindicato dos Jornalistas, presente no local, eles não podiam deixar de demonstrar o quanto o ministro nos desagradou.
Gilmar Mendes parecia já esperar por algum protesto desde as primeiras horas na Paraíba, porque esteve sempre de cara fechada e sempre cercado assessores e seguranças que não deixavam os jornalistas a vontade perto dele.

Do Conversa Afiada: Gilmar destitui advogado do Estadão

“Mendes volta a cobrar rapidez do TJ. Ministro sugere adoção de ‘atalho recursal’ para que casos como o da censura ao ‘Estado’ ganhem celeridade … ‘Talvez num caso como esse – disse Gilmar Dantas (*) – … devesse haver também rapidez no processo decisório definitivo sobre a consistência, legitimidade ou não da liminar”.

Gilmar Dantas (*), como se sabe, é o Usain Bolt da Justiça brasileira. Ele superou Bolt, ao dar dois HCs a Daniel Dantas em 48 horas.
Medalha de Ouro, inscrita no Panteão da Magistratura da Pátria.
Agora, quando se trata de beneficiar outro membro da elite branca – a família Mesquita, que terceirizou o Estadão -, Gilmar Dantas (*) quer, de novo, um ‘atalho recursal’, quer dizer, um ‘jeitinho’.
O Estadão tem um dos mais respeitados advogados para litígios relativos à liberdade de imprensa: Manuel Alceu Affonso Ferreira.
Gilmar Dantas (*) acaba de destituí-lo.
Manoel Alceu não serve para mais nada.
A causa agora é do Gilmar.
E imagine, amigo navegante, como deve se sentir o Desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal ao saber que Gilmar Dantas (*) rasgou os protocolos da liturgia do cargo de Supremo Presidente do Supremo para se tornar advogado de uma causa.
Onde estamos, amigo navegante ?
O que faria você, se fosse o Manuel Alceu ?
O que faria o desembargador do TJ ?
O que faria o Senado, se tivesse um mínimo de decência ?
Não era o caso de chamar o Supremo Presidente às falas ?
Onde estamos ?
No Brasil !
Onde o Supremo Presidente do Supremo deu um Golpe de Estado de Direita.
E, segundo o corajoso Ministro Joaquim Barbosa, desonra a Justiça deste país.
Paulo Henrique Amorim

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Entrevista de Lula na BBC

Lula defende liberdade na internet para campanha eleitoral

O presidente Lula defendeu nesta segunda-feira, em entrevista a rádios de Roraima, a liberação total da campanha na internet:

"Tentar proibir isso, eu acho que é uma loucura, e eu acho que a eleição não pode ser uma coisa que cause tanto medo em algumas pessoas, que queiram proibir. Nós brigamos a vida inteira por liberdade política, liberdade de organização partidária, liberdade de expressão, liberdade de comunicação, você começa a trancar isso. Eu já fui muito vítima disso, e eu acho que tem que ser livre mesmo porque é importante as pessoas saberem quem é candidato, que a vida das pessoas seja cutucada na internet também, porque tem coisa boa e coisa ruim. Vamos dar aos internautas o direito de viajar e descobrir mais coisas."

O presidente Lula disse ser impossível controlar a rede, que "fugiu ao controle até mesmo de seu criador":

"Um moleque de dez anos, de oito anos, de nove anos, tem acesso à informação que a gente não tinha. Tá tendo agora. Tentar proibir isso é uma loucura."

domingo, 13 de setembro de 2009

O Kassab de Aécio Neves





BH TAMBÉM AVAN$$A (Prá onde?)


Nota do Blogueiro: esse Márcio Lacerda não sou eu eheheheh, é o do Aécio Neves.


 Lambido do Novo Jornal

Aqueles que imaginavam que em um ano o modelo empresarial adotado pelo prefeito socialista de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, traria um inevitável confronto com o funcionalismo erraram. Este confronto aconteceu em pouco mais de seis meses.

Tudo que prometeu em sua campanha Marcio Lacerda não vem cumprindo.

O propalado prestígio junto ao governo federal mostrou-se uma grande mentira. Ele não tem conseguido falar sequer com as secretárias dos ministros.

Diante do insucesso, Lacerda transferiu a culpa para a bancada federal mineira.

As obras realizadas na cidade são do governo estadual e federal, ou da Copasa e Cemig.

Obras da Prefeitura mesmo só a pintura de meiofios e faixas de trânsito na Avenida Nossa Senhora do Carmo.

O resultado não poderia ser outro: greve.

Em assembleia, funcionários da Prefeitura de Belo Horizonte decretaram greve por tempo indeterminado, nesta quarta-feira (9).

À tarde, cerca de mil pessoas que participaram da reunião fizeram uma passeata pelo Centro da Capital mineira, congestionando o trânsito na Avenida Afonso Pena.

Segundo o Sindicato dos Servidores da Prefeitura (Sindibel), a paralisação inclui as áreas da administração, saúde, SLU, Sudecap, Belotur e Fundação Zoobotânica.

Somente os professores não aderiram ao movimento. De acordo com o sindicato, os servidores da saúde formam o maior grupo em greve.

No caso da saúde, está sendo mantida a escala mínima, conforme prevê a legislação. Além das reivindicações específicas de cada área, os servidores cobram 26% de reajuste salarial para todos os funcionários - mesmo índice recebido pelo prefeito e seu secretariado em janeiro - e aumento do valor do vale alimentação para R$ 15.

Na próxima sexta-feira (11), os servidores em greve fazem nova assembleia de avaliação do movimento.

Jovens produzem livro especial para quem não pode ler

A história e as músicas são dos próprios alunos. Do primeiro esboço à obra pronta, foram sete meses de trabalho.
Alunos de uma escola de Londrina, no Paraná, tiveram a idéia de gravar com as próprias vozes um presente para jovens que não conseguem enxergar.

Voz afinada e muita concentração. No estúdio improvisado, coral e narradores entram em cena. Dão voz e vida para o projeto que nasceu numa aula de ciências. A turma da oitava série discutia problemas de visão quando teve a ideia de gravar um audiolivro para jovens cegos.

“Um sonho fazer com que esse jovem, essa criança, esse adolescente seja um modificador da sociedade na qual ele vive”, observa o professor Carlos Henrique Vici.

A história e as músicas são dos próprios alunos. Do primeiro esboço à obra pronta, foram sete meses de trabalho. O resultado: 500 cópias do CD que agora serão doadas para entidades que atendem a deficientes visuais.

No lançamento, autores e convidados lado a lado. Três adolescentes que não enxergam ouviram atentos a história de um esquilo cego, que sofre preconceito na floresta.

“O cego em questão nem sempre é o deficiente. Às vezes, pode ser a pessoa que não está vendo com a alma”, opina um jovem.

Um esforço criativo com mensagem de respeito e tolerância.

“A gente não é diferente deles. Apenas temos a nossa limitação”, diz um adolescente.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Pólo Turístico Cabo Branco - Histórias



O Pólo Turístico Cabo Branco foi idealizado e implementado pelo governador Tarcísio Burity no ano de 1988. Na primeira fase foram realizadas a criação do projeto e construção da infra-estrutura do Pólo Turístico Costa do Sol (16Km de asfalto em pista dupla; energização e iluminação, bem como o plano diretor do Pólo Turístico).

Por descontinuidade administrativa dos governos que o sucederam, o Pólo foi relegado ao mais profundo ostracismo - boa parte da infraestrutura já foi furtada e destruída-, fruto da mentalidade tacanha de uma sucessão de políticos descompromissados com o interesse público, acrescida da inoperância e da incompetência dos empresários do setor turístico do estado.

Na memória coletiva da Paraíba, é sabido que, à má vontade política uniu-se a ganância dos empresários detentores da concessão pública de grandes terrenos públicos aonde deveriam ser construídos 16 grandes hotéis ao longo de 13 quilômetros de praia além de centro comercial (shopping center), parque aquático, centro de diversão e áreas residenciais.

Por questões que desconheço, Governo do Estado, IBAMA e empresários travavam uma batalha jurídica antes da implementação da segunda fase do projeto.

Trata-se de obra importantíssima para a economia do estado da Paraíba.

O jornal Correio da Paraíba noticiou que o governo Maranhão constituiu comissão para "destravar" o Pólo, ou seja, para eliminar as pendências técnicas e jurídicas do projeto.

Segundo o veículo noticioso, na pág. A13, em matéria do dia 5 de setembro deste ano, a comissão formada pelo governo teria 5 integrantes. Foram indicados: o secretário de Infraestrutura, Francisco Sarmento; o secretário-chefe da Casa Civil, Marcelo Weick,; o ex-presidente da PBTUR, Ivan Burity; Tadeu Pinto (presidente do Condomínio do Pólo Cabo Branco); e o advogado Carlos Frederico de Farias (dono do Hotel Ibis).

Na quarta-feira, 9 de setembro, no entanto, o mesmo jornal, na pág. A8, anunciou que o secretário Francisco Sarmento confirmou que a comissão será presidida por ele e terá a seguinte composição: secretários da Casa Civil, Marcelo Weick, e do Turismo e Desenvolvimento Econômico, Edivaldo da Nóbrega; o presidente da PBTUR, Rodrigo Freire; e dois representantes dos empresários que possuem concessão na área, Tadeu Pinto e Carlos Frederico Farias.

Todos os integrantes aqui citados são pessoas imbuídas de espírito público conciliador e capazes de tocar adiante essa empreitada.

As pendências técnicas dizem respeito à questão ambiental, de infraestrutura e de readequação com os novos tempos, visto que o projeto já completou seu vigésimo aniversário.

As questões jurídicas dizem respeito ao direito de uso do solo urbano naquela área.

O Ibama quando embargou a obra em 1988, ocasionou a interrupção da execução do projeto e dos contratos administrativos conseqüentemente. Esse fato administrativo é que pode ter dado origem a todo o imbroglio jurídico. Segundo o ex-procurador geral do Estado, Marcelo Weick, todas as pendências jurídicas que embargavam a execução do projeto foram resolvidas, conforme noticiou O Norte, em 09.09.09, pela internet.

Contudo, o presidente do Condomínio, Tadeu Pinto, ressalvou que a questão das escrituras de propriedade se encontram pendentes (Correio da Paraíba, 6 ou 7 de setembro).No dia 10, o advogado Carlos Frederico, no mesmo veículo noticioso, afirma que ainda existem pendências, mas que há uma boa vontade de atualizar o projeto e ter uma convivência mais harmônica com o governo.

No que tange à questão ambiental, o CP informa que o IBAMA "fez uma vistoria na área e emitiu um parecer técnico solucionando o embargo".

De acordo com Ronilson José da Paz, superintendente substituto do Ibama-PB, "a Empresa Paraibana de Turismo S.A. cumpriu todas as ações referentes ao Projeto de Recuperação dos fluxos dos rios Jacarapé e Aratu e encaminhou o Relatório de Detalhamento das Atividades de Recuperação Ambiental (PRAD), referentes ao Pólo Turístico do Cabo Branco", informação divulgada no site do PT.


À parte a questão política que se desenvolve, gostaria, como cidadão, de sugerir umas providências jurídicas que poderiam "destravar" o projeto, a partir de conceitos básicos de Direito Administrativo, ainda que ausente informações jurídicas mais detalhadas do caso.

Por primeiro, extrai-se tratar de concessão pública, na modalidade de uso real, por ter como objeto bem imóvel, terreno público. Tem-se de um lado o poder cedente, Estado da Paraíba, e do outro os concessionários, empresários da construção civil e do setor turístico. Nessa modalidade, a propriedade permanece com o Estado, sendo o uso desmembrado ao particular por prazo certo e mediante cláusulas contratuais a serem fixadas

O "Condomínio do Pólo Cabo Branco" indica um domínio em comum, entre todos os concessionários dos terrenos público. E domínio pressupõe propriedade.


Em conclusão, é plausível a hipótese da relação jurídica entre Estado e proprietários derivar de uma concessão de direito real de uso, regulamentada no Decreto-lei n. 271/67, ou em outra legislação especial vigente na época, estadual ou federal, recepcionada ou não pela Constituição de 1988.

Todavia, se a relação jurídica tiver outra natureza, esta deve-se as normas de regência que regulamentaram a questão na época.

A tendência é que a comissão reestruture o projeto, adequando-o aos novos parâmetros de sustentabilidade, necessidade e interesse público da população. Pois, como bem disse o Senador Roberto Cavalcanti, a Costa do Sol é o nosso Pré-sal. É praticamente um latifúndio urbano-praiero.

Caso se discuta nos processos a propriedade dos terrenos, e, com a nova, digamos, roupagem do projeto, os proprietários não venham a concordar com as limitações naturais ao uso daqueles bens públicos, só restará ao Estado, se tiver vontade política, solucionar a questão da maneira mais simples e objetiva, mudando o interesse processual: desapropriar a área, por interesse público e social, para, em seguida, abrir nova licitação para a utilização dos terrenos.

Nos bens públicos de uso comum, ruas, praças, avenidas, parques, o ideal é reformular o projeto e decretar destinação mais conveniente para o interesse social na área, pois, por exemplo, atualmente é inadmissível desgastar uma área daquela para fazer um campo de golfe (causa de aquecimento global) como consta no projeto original.

Essas divagações se baseiam em cima de meras suposições, uma vez que tive acesso apenas a informações dos meios de comunicação, sequer vi qualquer documento oficial.

Mas uma coisa é simples: os terrenos, na origem, são públicos e o Estado da Paraíba tem o dever e direito de zelar pelo seu patrimônio dominical, seja utilizando o instituto da desapropriação, seja usando o poder de polícia administrativa, seja intervindo de outra forma. Ademais, é ínsito ao Estado velar pelo princípio da supremacia do interesse público.

Da minha parte, torço que as partes envolvidas logo aparem as diferenças e tratem de andar para frente, rumo ao turismo sustentável, ao desenvolvimento econômico com inclusão social, o que irá favorecer todos os paraibanos.

MLA

* Com alterações de 13 de setembro de 2009

Parte do STF ficou de cócoras para o fascista Berlusconi



Sem querer entrar no mérito da questão que envolveu Battisti com suposto terrorismo na Itália, também acho que a decisão final do STF vai gerar uma tremenda crise entre os Poderes da República.No voto condutor da procedência do pedido de extradição, ficou clara a intenção de parte do STF de afrontar uma decisão administrativa oriunda do Poder Executivo.
Nunca antes na História deste país se viu algo igual.Triste mesmo foi ver ministro dito progressista com uma visão tão subserviente ao desejo do PIG e da Itália.Falo de Carlos Ayres Brito.Lamentável o voto desse engomadinho. De Gilmar Mendes (aliás, este já sinalizou que vai julgar o pedido procedente, caso venha a votar), Ellen Gracie, Ricardo Levando Wisky, que deve ser descendente de italiano, Peluso a sociedade esperava mesmo a procedência do pedido, agora, de Ayres Brito, não.  
Joaquim Barbosa, com uma só frase, matou a pau os argumentos raivosos de Cesar Peluso: a extradição é um instituto criado a favor do extraditado. Parte do STF subverteu a lógica e a colocou em benefício da Itália.O fascista Berlusconi agradece.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Pré-sal em números bem simples

guara
Aqui, um único poço vai dar US$ 1,26 bi de receita bruta por ano
Nove dias atrás, publiquei aqui um post sobre a manchete da Folha de S.Paulo que dizia, no popular, que os poços de petróleo do pré -sal “não estavam com essa bola toda”, narrando que o poço de Tupi fracassara nos testes de produção continuada desenvolvidos pela Petrobras. Faziam médias estapafúrdias em um poço de testes, sujeito a limites de uma operação experimental e que parou diversas vezes para funcionar sempre em absoluta segurança. Vocês já pensaram o que seria um acidente num poço do pré-sal a esta altura?

Hoje à noite a Petrobras divulgou a produção de outro poço do pré-sal, um dos localizado na bacia de Santos, informalmente denominado de Guará: os testes, concluídos, revelaram uma expectativa de produção inicial (inicial, note bem) de 50 mil barris diários.

Vamos fazer as contas?

50 mil barris por dia, a 70 dólares o barril, dá US $ 3,5 milhões de dólares por dia.
Ou 105 milhões de dólares por mês, ou ainda  1 bilhão e 260 milhões de dólares por ano.

Esta área já está licitada e fica fora das regras do pré-sal enviadas pelo Governo ao Congresso. A Petrobras, que opera o poço, tem só 45%. O resto é da BG Group (inglesa., 30%) e da espanhola Repsol (25%). O que significa que, antes dos royalties, impostos e e custos de extração abaixo de 10% , eles vão levar cerca de US $ 690 milhões por ano, só em um dos poços desta área.

Agora você tem, em números, o que está em jogo. Agora você pode entender como e porque eles querem “partilhar os riscos” do pré-sal.
Comovente a bondade destes grupos.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Quando São Paulo enche, não tem prefeito. Nem governador



Atualizado em 08 de setembro de 2009 às 20:44 | Publicado em 08 de setembro de 2009 às 20:39
folha_3.jpg
recorde.jpg
uol.jpg

Minha proposta é que vocês procurem por aí alguma citação ao nome do governador de São Paulo. Ou ao prefeito de São Paulo. Na hora da enchente -- aliás, dos "pontos de alagamento" --, São Paulo não tem governador. Nem prefeito.

Tem "pontos de alagamento" e "excesso de veículos". É tudo obra divina. Ou culpa da população, que joga lixo na rua. Ainda que isso também seja o caso, acho estranho que não haja qualquer cobrança.
Enquanto isso, toma propaganda da lei anti-fumo em rede nacional de TV. Repito: os dois, eventualmente, vão aparecer. Vão aparecer "em ação". Para jogar a culpa em Deus. Ou nos moradores da cidade, esses "vândalos".

Matéria FALSA da Folha

Do Conversa Afiada e do Nassif


Mais uma matéria falsa da Folha
Atenção: esta notícia é falsa


 

reprodução
reprodução


Abaixo está a queixa de um leitor a respeito de uma matéria da Folha, de autoria do repórter Eduardo Scolese.
A matéria diz que “Trabalho escravo flagrado em obra do PAC”.
Vamos ver onde o repórter Scolese peca por desinformação e onde peca por má fé:
 

Por desinformação
1. Qualquer obra do PAC é de responsabilidade civil e criminal do seu executor.
2. A fiscalização cabe aos órgãos competentes – Ministério do Trabalho, Ministério Público Federal, IBAMA etc., não à Casa Civil, que coordena o PAC, nem à Fazenda, que libera os recursos.
3. Pela matéria, as empresas responsáveis foram autuadas.
 

Por má fé
No pé da matéria, diluídas no texto as seguintes informações:
1. A tal obra começou em 2005, tocada pela Construtora Lima e Cerávolo – que praticou o chamado “trabalho escravo”.
2. A Votorantim assumiu a obra em 2007. Rompeu o contrato com as terceirizadoras de mão de obra e já indenizou os 98 trabalhadores que haviam ingressado com a ação. Portanto, o problema já foi solucionado há dois anos.
3. O PAC começou em 2007 – quando o problema já estava solucionado. O repórter Scolese poderia estar desinformado quanto à responsabilidade do PAC nas obras. Não estava quanto ao ano em que o problema foi solucionado e o ano em que o PAC começou.
4. As repórtes Andrea Michel e Laura Capriglione, na Folha, mostram que há espaço para matérias jornalísticas dignas do nome.
 

ERRATA
Houve um engano na minha leitura sobre a data da solução do problema. Segundo a matéria, a Votorantim só resolveu a questão após o flagrante da semana passada.
 

Por fragoso.lr
Prezado Nassif,
Acompanho teu blog e, de vez em quando até faço alguns comentáros. Um desabafo! Não aguento mais o mau jornalismo da Folha. Remeto a matéria que vai publicada nesta terça.
A tentativa de desacreditar o programado PAC, através de matérias com essa chocam pela forma como subestimam a nossa capacidade de discernimento. Alguém com um mínimo de informação vai esperar que o Gabinete Civil vá acompanhar e fiscalizar num programa extenso como esse, cada obra? Verificando as condições da contratação da mão-de-obra dos operários? Se houve desrespeito à lei, no mínimo deveriam ser claros sobre de quem é a responsabilidade, não?
 


Da Folha
Trabalho escravo é flagrado em obra do PAC

Fiscais resgatam 98 trabalhadores em construção de usina no interior de Goiás
Em instalações sem cama nem banheiro, funcionários trabalhavam em troca de comida, acumulavam dívidas e não recebiam salários
 

EDUARDO SCOLESE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Fiscais do governo federal e do Ministério Público do Trabalho encontraram e resgataram 98 trabalhadores em regime análogo à escravidão numa obra que integra o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), no sul de Goiás.
A partir de uma denúncia, a ação de procuradores e de auditores do Ministério do Trabalho numa usina hidrelétrica começou no início da semana passada e somente foi concluída na madrugada de anteontem, quando os trabalhadores foram indenizados e puderam retornar às suas casas.
A construção da usina Salto do Rio Verdinho é de responsabilidade da Votorantim Energia, braço do Grupo Votorantim, e tem o apoio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que no final do ano passado injetou cerca de R$ 250 milhões na sua implantação.
Planalto e PT apostam no PAC como uma vitrine da candidatura petista para a sucessão de Lula no ano que vem. Na semana passada, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata petista a presidente, aproveitou um evento sobre saneamento para, em discurso, falar das preocupações sociais e ambientais do programa. Ela chegou a compará-lo ao Bolsa Família.
O PAC, porém, é um motivo de reservas a Dilma por parte de movimentos sociais e de ambientalistas, caso do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens). Eles avaliam que o programa prioriza a geração de emprego e o crescimento da economia sem levar em conta as condições socioambientais.
Procurada ontem, a Casa Civil não se manifestou sobre o flagrante da fiscalização.
Sem salário e banheiro

O resgate na usina ocorreu nos limites dos municípios de Caçu e Itarumã (a cerca de 370 km de Goiânia).
Sem salários e instalados em alojamentos precários (sem cama e banheiro), os trabalhadores atuavam no desmate e na limpeza de uma antiga fazenda que será usada como reservatório de água, assim que as comportas da usina forem abertas.
A contratação deles ocorreu por meio de “gatos” (como são chamados os aliciadores de mão-de-obra degradante) ligados a uma empresa terceirizada que já atuava na obra quando o Grupo Votorantim assumiu o projeto, em 2007 -a obra começou em 2005.
Um desses “gatos” oferecia alimentos aos trabalhadores, mas, como esses não recebiam salários e estavam sem dinheiro, eram obrigados a acumular dívidas em troca da comida -uma forma de mantê-los sob “escravidão”, já que não podiam sair sem quitar as contas.
Contratada para a limpeza do terreno, a empresa (Construtora Lima e Cerávolo, com sede no sul do Piauí) foi buscar os trabalhadores no interior de Mato Grosso e de Minas. Desde que chegaram, a partir de maio, não receberam salários.
Diante do flagrante, o Grupo Votorantim assumiu as dívidas com os 98 trabalhadores e com outros 30, da região, que souberam da ação e aproveitaram para cobrar dívidas anteriores. O grupo desembolsou R$ 420 mil com as rescisões, alugou ônibus para o transporte deles a MT e MG e decidiu rescindir o contrato com a empresa.
Abraços
ps. Como cidadão brasileiro te agradeço, pelo teu Blog e pela LISURA. Saiba que peço a Deus que te mantenha firme, lúcido e íntegro.

(*) Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele acha da investigação, da “ditabranda”, do câncer do Fidel, da ficha falsa da Dilma, de Aécio vice de Serra, e que nos anos militares emprestava os carros de reportagem aos torturadores

Agência reguladora da era FHC não regula bem: MP vai contra Anatel porque esconde erros de telefônicas

Nota do blogueiro: o procurador é um homônimo. Esse nome é famoso. Tem prefeito, senador, escritor, técnico de futebol...e agora Procurador da República... dá para fazer uma comunidade no orkut.

MLA



8/setembro/2009 18:48
Que a Anatel gosta mais das telefônicas do que dos consumidores já se sabe, desde que o Farol de Alexandria aprovou em regime de urgência a privatização das teles.

Já se sabe também que a Anatel mudou o marco regulatório só para beneficiar a patranha da BrOi, em que dois empresários (?), Sergio Andrade e Carlos Jereissati, ganharam 78% da telefonia fixa do Brasil sem botar um tusta.

Isso tudo já se sabia.

Mas,agora, o Procurador da República (o Gilmar Dantas (*) não gosta dessa gente …) Marcio da Silva Araújo descobriu coisa pior:  “a Anatel sabe que o consumidor paga a mais por erro da prestadora e esconde esse fato, prejudicando, inegavelmente, a informação e, essencialmente, a própria reparação do dano”.

Além disso, alega o procurador, “a agência deixou de cumprir sua função de defesa do consumidor.”
Leia, amigo  navegante, a íntegra da nota oficial do Ministério Público Federal, de São Paulo (o Gilmar Dantas (*) não gosta dessa gente):

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO ESTADO DE S. PAULO
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
08/09/09 - MPF-SP move ação contra Anatel por esconder erros de
empresas de telefonia fixa
As irregularidades foram constatadas no sistema de cobrança e bilhetagem após fiscalização da agência reguladora

O Ministério Público Federal em São Paulo moveu Ação Civil Pública na
Justiça Federal de São Paulo para obrigar a Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel) a publicar o resultado de fiscalizações
realizadas no sistema de cobrança de prestadoras de serviço de telefonia
fixa. A agência teria negligenciado em seu dever de informar aos
consumidores sobre os sistemas de bilhetagem e cobrança. Esses sistemas
são relativos ao tempo das chamadas em minutos, ao tipo da ligação
(local ou não), ao plano escolhido pelo consumidor, a chamadas não
atendidas, entre outros dados. A Anatel não publica as irregularidades
identificadas.

Na ação, o procurador da República Márcio Schusterschitz da Silva
Araújo afirma que “a Anatel sabe que o consumidor paga a mais por
erro da prestadora e esconde esse fato, prejudicando, inegavelmente, a
informação e, essencialmente, a própria reparação do dano”. Além
disso, alega o procurador, a agência deixou de cumprir sua função de
defesa do consumidor.

Segundo Araújo, os princípios do Código do Consumidor que inspiraram a
ação foram o direito à informação e transparência no mercado de consumo,
o direito à ação governamental que efetivamente o proteja e o direito à
coibição de todos os abusos praticados no mercado de consumo.

O procurador afirma, sobre o papel da Anatel e de outras agências
reguladoras, que “a regulação é modo de presença efetiva e contínua do
Estado no serviço público prestador por pessoa de direito privado,
vinculada por seus fins a tutela do consumidor, direta e
indiretamente”.

“O erro implica verdadeiro enriquecimento ilícito por parte da
prestadora, conhecido pelo regulador, que quebra a boa fé no contrato, a
lealdade nas relações de consumo, a eficiência econômica no setor e o
sistema de incentivos na prestação adequada”, conclui Araújo, ao pedir
que a Anatel seja obrigada a publicar o conteúdo das irregularidades em
site ou no Diário Oficial.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Orgulho de ser brasileiro, 7 de Setembro, Independência do Brasil, Brasil arrasa Argentina

Veja a íntegra do pronunciamento de Lula para o Dia da Independência.



sábado, 5 de setembro de 2009

Obrigado, Ministro Helio

Esse email recebi quando era assessor do Ministro Helio Quaglia Barbosa no Superior Tribunal de Justiça.

É extremamente gratificante e recompensador saber que fazendo aquilo que é nossa obrigação conseguimos diminuir as injustiças que grassam por toda parte, como o processo do Sr. Antônio.

Coisas boas são para serem lembradas.

MLA



---------- Forwarded message ----------
From: <Marcio.Araujo@stj.gov.br>
Date: 2007/1/18
Subject: Enc: Ref. Resp n. 684.843/AL,obrigado
To: marcioaraujo6@gmail.com


----- Repassado por Márcio Lacerda de Araújo/STJ em 18/01/2007 17:32 -----

            antonioaugustobo
            <antonioaugustobo
            @ig.com.br>                                              Para
                                      quaglia@stj.gov.br
            14/06/2006 08:40                                           cc
                                      Marcio.Araujo@stj.gov.br
                                                                  Assunto
                                      Re: Ref. Resp n. 684.843
                                      /AL,obrigado





 Exmo sr.ministro Hélio quaglia barbosa não sei como agradecer a atenção
que
o senhor mostrou ter aos simples cidadãos que procuram por justiça sei
também que o senhor julga todos os seus processos com base na lei pois
tenho
acompanhado a jurisprudência deste superior tribunal e vejo as suas
decisões
mais tenho que admitir que o senhor é um corajoso ministro e como estamos
precisando de gente como o senhor em todas as esferas tanto da justiça como

em todo o poder publico e tb saber que o senhor pode contar com um acessor
que tb com base na lei responde a um simples cidadão perguntas que nos
intrigam e só quem conhece pode responder sempre que o nome do ministro do
superior tribunal de justiça Hélio quaglia barbosa for falado ou lembrado
meu coração terá uma grande gratidão por ter conhecido um homem justo como
o
senhor diz em algumas das suas decisões que o julgador não precisa
responder
nem se ater a todos os argumentos das partes se já tiver motivos suficiente

para fundamentar a sua decisão agradecendo tb ao senhor Marcio araújo que
por sinal merece toda a minha gratidão e que ficara no meu coração tb até o

fim da minha simples vida obrigado.


sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Em SP...

bilhete_favela_heliopolis

Em Heliópolis o PiG não entra (nem a polícia de Serra)

http://www.paulohenriqueamorim.com.br/wp-content/uploads/2009/09/FavelaLanHouse.jpg
Lan House em Heliópolis - aqui o PiG não entra.


Recebi de amigo navegante, que mora em Heliópolis, informação preciosa:
Heliópolis tem 125 mil habitantes
91% são nordestinos.
Só 10% deles votam em São Paulo.
Tem uma banca de jornal para servir os médicos e funcionários que trabalham no Hospital Heliópolis.
E 250 lan-houses.
Como diria Nietzsche, o PiG (*) deve pensar assim:
Quanto mais você olha para o abismo, mais o abismo olha para você.

Paulo Henrique Amorim

Dilma fala sobre o Pré-sal



Valor: Por que a senhora está tão segura do modelo do pré-sal?
Dilma Rousseff: Porque o que estamos propondo não é algo que não seja usual. Não é possível tratar essa questão com o primarismo com que estão tratando. Além disso, não usamos um modelo único. Combinamos dois modelos, o que até um marciano entende. Se a área é de baixa rentabilidade e alto risco exploratório, é concessão; se a área já foi concedida, é concessão, não se mexe porque sempre respeitamos contratos. O que tem baixo risco exploratório e alta rentabilidade é partilha. O que ficar no meio será decidido pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética). O modelo de partilha nos permite controlar as reservas. O controle não é para tributar mais ou ter mais participação especial. É para controlar o ritmo da produção, ter uma parte da produção na sua mão e ter acesso ao que é o "filé mignon" da renda petrolífera.
O regime de partilha só existe em países pobres e sem democracia. É um bom modelo para o Brasil? É a política a responsável pelo empobrecimento dos países produtores de petróleo. É a importação a qualquer custo de sondas, equipamentos e navios, como fizeram no Brasil no passado. Quando chegamos ao governo, importava-se tudo da Coreia e de Cingapura. Havia também proibição para investir em refinarias e petroquímica. Não somos um país condenado por qualquer razão a importar todos os equipamentos, como faziam antes. Isso não é correto nem no regime de concessão. Pelo contrário, somos um país que tem que aproveitar e dizer para as empresas que querem pegar nosso petróleo: "Vamos criar empresas aqui e criar empregos para os brasileiros." Por que não criticam a Noruega por ter feito isso? Ela criou uma política industrial que tornava obrigatório o conteúdo nacional. Lá é concessão com "joint venture" e, claro, o dedo do rei. O processo é totalmente sem licitação.
O modelo não diminui o interesse dos investidores privados? Não estamos propondo uma coisa absurda, que não seja do conhecimento das empresas. Elas sabem que é assim a regra do jogo. Estamos estimando uma reserva substantiva e o acesso a ela é estratégico. Hoje, 77% das reservas internacionais de petróleo estão nas mãos de estatais e apenas 7% sob controle de empresas privadas. Ter acesso a reservas é o único jeito de valorizar o patrimônio de uma empresa internacional. O que entra no balanço, e que faz com que a empresa tenha acesso a financiamentos para seus investimentos, é a quantidade de reserva que ela pode registrar no seu portifólio. O que acontece é que, num país como o nosso, que vai ter regra do jogo estável, as empresas privadas internacionais não são loucas de falar que não vão vir. As empresas não ideologizam. Elas sabem que quem detém a reserva quer a renda.
O que garante que as empresas terão acesso a grandes quantidades de petróleo? Temos três campos quantificados na área do pré-sal. Iara é de 2 a 4 bilhões de barris. Tupi é de 5 a 8 e Parque das Baleias, de 1,5 a 2 bilhões. Se uma empresa tiver acesso a 10% de tudo isso, terá 1,4 bilhão de barris. Ora, se tiver 400 milhões já tem que dar graças a Deus.
Por que o governo optou por capitalizar a Petrobras com petróleo das franjas do pré-sal? O que estamos dando é dinheiro. Os 5 bilhões de barris é dinheiro sob a forma que mais interessa às empresas. E dará à Petrobras capacidade de alavancagem. Com os 5 bilhões, ela poderá ter acesso a reservas de petróleo não concedidas. Quando um banco olhar para os números, verá o potencial da empresa. O preço do barril no subsolo está entre US$ 5 e US$ 15. O banco vai olhar tudo que a Petrobras tem de riqueza para explorar, refinar e exportar. Isso dará fôlego à empresa nos próximos dez anos. Se precisar, capitalizaremos mais, a partir do processo de unitização num campo de pré-sal isolado, por exemplo.
Não seria mais eficaz capitalizar pelo método tradicional, via Tesouro? Não queremos gastar dinheiro, botar dinheiro na frente.
Por causa do pré-sal, o governo pretende capitalizar também o BNDES? Não discutimos nada disso. O que discutimos nós mandamos para o Congresso. Não vejo por parte da Fazenda nenhum interesse em fazer uma nova capitalização do BNDES, até porque o banco ainda não gastou a capitalização feita este ano, de R$ 100 bilhões. Por outro lado, a Petrobras conseguiu captar US$ 31 bilhões (cerca de R$ 58 bilhões), incluindo o dinheiro do BNDES e junto a bancos e aos chineses, que colocaram US$ 10 bilhões. Isso cobre os investimentos até 2013.
Os acionistas minoritários vão poder usar o FGTS para acompanhar o aumento de capital da Petrobras? Não. Eles vão poder aumentar a participação, mas não com cotas do FGTS.
Por que não? Porque tira liquidez do Fundo.
Como operadora única do pré-sal, a Petrobras vai poder subcontratar outras companhias? Isso não está na lei, então, enquanto não houver veto, ela pode fazer parcerias. Mas será a operadora única. Nenhuma das empresas está sozinha. Elas contratam prestadoras de serviço, como a Halliburton.
O governo vai exigir conteúdo nacional dos fornecedores? Estamos tendo um crescente conteúdo nacional. Hoje, está em cerca de 65%. Não produzimos ainda módulos compressores porque não temos tecnologia. Se uma empresa estrangeira quiser fornecer para a Petrobras, ela tem que saber que tem que entrar e ficar aqui. No pré-sal, vamos fazer uma política industrial absolutamente clara para as empresas. Está sendo elaborada pelo BNDES e as empresas estrangeiras também vão ter que ter conteúdo local.
Como a senhora responde à crítica de que o modelo proposto é estatizante e nacionalista? Vejo que ele implica maior controle do Estado brasileiro sobre a sua riqueza. Nesse sentido, se quiser chamar de estatizante, que chame. Nós achamos que a questão não é essa.
Qual é a questão? É possível ter maior controle sobre a nossa riqueza e ao mesmo tempo definir regras claras para as empresas internacionais participarem. Queremos, sim, maior controle sobre a nossa riqueza e que não haja dúvida sobre isso. Se é nacionalista querer que a maior parte dos recursos sirva ao país, então, nós também queremos.
O que se diz é que o novo regime não vai atrair as petrolíferas. Essa história vai durar pouco. Por que elas vão para a Venezuela, onde o contrato é de serviço; para a Rússia, que é concessão e partilha; para o Cazaquistão, Arábia Saudita, Líbia, onde 95% do petróleo é do governo? Essa coisa, tradicional no Brasil, de criar constrangimentos para o país fazer uma política em seu próprio benefício, alegando que não é atrativo para investidores, não se sustenta sob argumento algum. A diferença entre concessão e partilha é que, na concessão, eu não acesso a renda petrolífera, a não ser com imposto e participação especial e, ao fazê-lo, não controlo minha produção; na partilha, acesso o grosso da renda petrolífera e, ao fazê-lo, controlo o ritmo de produção e posso utilizar isso para fazer uma política de alianças internacionais, considerando o papel geopolítico do petróleo.
De que forma? Fingir que o petróleo não tem aspectos geopolíticos é absolutamente ingênuo. Falar que o mercado de petróleo internacional é o reino da livre concorrência é esquecer recentemente a invasão do Iraque, a estruturação da Opep (cartel dos países produtores) e, um pouco mais recentemente, a forma pela qual a Rússia trata a questão petrolífera. Olhar isso de uma forma ingênua só traz um benefício: a defesa das empresas internacionais porque elas não irão a público falar isso. Não irão!
Que acordos internacionais o Brasil pode fechar a partir do pré-sal? Nos últimos tempos, o (ministro Edison) Lobão tem participado de discussões internacionais. Esteve na Arábia Saudita, na China, na Rússia. A primeira pergunta feita a ele é: "Como eu acesso o pré-sal?". Na Arábia Saudita, a maior detentora de reservas de petróleo do mundo, a Saudi Aramco quis saber como fazer uma parceria no pré-sal. A China, idem. Nós ainda vamos ver que parcerias internacionais que faremos porque vamos ficar, na Petro-sal, com uma parte expressiva do petróleo para exportar.
A história mostra que no Brasil os condomínios políticos se apropriam das empresas públicas que, não raro, viram fonte de corrupção. Por que não será assim com o novo modelo? Porque ele tem um sistema de pesos e contrapesos. Há várias camadas de controle.
Quais? A primeira é a exigência de capacidade técnica na escolha de uma empresa para participar da licitação, como já é hoje no modelo de concessão. Se deixássemos isso livre, financeiras e bancos poderiam entrar nas licitações. Para entrar, tem que ser do ramo. A segunda camada de controle é o comitê operacional, do qual faz parte a Petro-sal.
Qual será a missão da Petro-sal no comitê? Ela vai ficar de olho no custo do óleo. A forma pela qual se pode reduzir a parte da União na partilha de petróleo é aumentar, de forma artificial, o custo de extração. Então, a Petro-sal existe para controlar o custo do óleo e ver como é que os participantes dos consórcios estão decidindo os programas de investimento e qual é o ritmo da produção. Acima dessas camadas de controle, está a Agência Nacional de Petróleo (ANP).
A ANP perderá força? A ANP continuará fazendo o que já faz. Hoje, o consórcio se reúne, aprova um plano de investimentos e o leva para a ANP. Isso está mantido. No novo modelo, a Petro-sal é obrigada, inclusive, a pegar informações dos consórcios e repassá-las à ANP. Isso é importante, porque, no modelo, a Petro-sal está no nível dos agentes participantes dos consórcios. Não há o risco de a Petro-sal influenciar. Na verdade, o risco que corremos é o de a Petro-sal ser influenciada pelos agentes.
A senhora acha que pode haver risco de captura? É óbvio. A assimetria de informações é imensa. A força não é da Petro-sal. O conhecimento e o poder da União, vis-à-vis ao das empresas, é completamente assimétrico. Hoje, já o é em relação à Petrobras. É por isso que a Petro-sal tem que ser uma empresa altamente qualificada.
Com poder de veto?
Hoje já é assim nos comitês operacionais dos campos explorados pelo regime de concessão. As empresas assinam acordos estabelecendo que cada uma tem poder de veto nas decisões do consórcio. No caso da Petro-sal, nós colocamos isso na lei.
Como única operadora dos campos do pré-sal, a Petrobras ditará os custos de extração. Na medida em que é também investidora, não haverá conflito de interesses? Hoje também já é assim. A Petrobras é operadora e investidora da maioria dos campos. A Esso também é operadora e investidora. O que a ANP já exige, no regime de concessão, é que a operadora do campo tenha, no mínimo, 30% dos consórcios. Isso é para evitar que, na hipótese de ela ter menos de 30%, retire a sonda de um campo e coloque em outro em que a sua participação societária é maior. Portanto, há várias regras no modelo da partilha que já vigoravam no de concessão.
Por que fortalecer tanto a Petrobras? Na área de exploração de petróleo em águas ultraprofundas, precisamos ter o controle dessa tecnologia e ter um certo conhecimento da plataforma que se vai explorar. A Petrobras tem as duas coisas. Não temos por que fazer o nosso modelo sem levar em conta o papel estratégico que a Petrobras construiu ao longo da história. Não posso fingir que não vi por razões ideológicas de, entre aspas, livre mercado nenhum. Não estou ferindo nenhuma norma. Estou simplesmente reconhecendo que tenho uma variável estratégica sob o controle da União e da nação brasileira que se chama Petrobras. Nem por isso a gente vai achar que a regulação não tem que ser feita. O olho da União no pré-sal será a Petro-sal, que vai olhar para todo mundo, inclusive, a Petrobras.
Por que ficar de olho na Petrobras, se ela vai ser a operadora única e é uma estatal? Não podemos nos esquecer que há muitos interesses comuns entre a Petrobras e as empresas privadas internacionais.
A ANP não poderia ser o olho da União? A Petro-sal é o governo, portanto, ela está num nível menor de controle do processo. É aí que entra a ANP, que é o segundo contrapeso. Nós conseguimos construir uma agência reguladora, que é uma outra vantagem do Brasil. A ANP sabe que mantivemos intacto o poder dela.
Como distinguir o papel da ANP e o da Petro-sal no novo modelo? A ANP é uma agência do Estado. A Petro-sal é uma empresa que funcionará como agente da União e será regulada pela ANP. A vantagem desse modelo é que ele tem flexibilidade, capacidade de ajuste e uma imensa articulação institucional, que permite o controle do processo.
Por que o Tesouro vai poder investir nos campos, via fundo social? Quando chegamos à discussão do fundo social, vimos que um dos investimentos do fundo que pode ser rentável é a exploração de petróleo no pré-sal. Então, colocamos essa possibilidade na lei para não ter que modificá-la daqui a dez anos. Em algum momento, no futuro, há a possibilidade de a União ter dinheiro para investir. Na Noruega, pode. A União investe diretamente via SDFI (sigla em inglês de interesse financeiro direto do Estado).
A riqueza do pré-sal está a 300 km da costa brasileira. É justo que os royalties sejam distribuídos preferencialmente entre os atuais Estados produtores? Mandamos nossa proposta ao Congresso sem mexer na regra atual, não porque achamos que não tenha que mexer, mas porque consideramos que essa discussão terá de ser feita no Congresso. Isso não está na nossa alçada. É preciso levar em consideração que o Rio de Janeiro está mantendo intacto o que já recebe na concessão e nas áreas já concedidas do pré-sal (29% do total).
Como a questão pré-sal vai ser tratada na campanha eleitoral de 2010? Você não acha que eu vou responder essa pergunta...