Um "blog sujo" desde 2 de setembro de 2009.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Notas sobre o Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas


Notas sobre o Encontro dos Blogueiros em SP

Foi muito bom! Conheci diversos leitores deste Óleo. No domingo tomei cerveja com Eduardo Guimarães, Azenha (com quem tive uma divertida altercação política), uma moça genial da UJS chamada Luana Bonone, jornalista do Vermelho, tão novinha e tão inteligente, Serena (que de serena não tem nada, é mais enérgica que uma usina nuclear), Maria Frô (Conceição Oliveira), a dulcíssima Conceição Lemes, o amigaço Sérgio Telles, Altamiro Borges, Túlio Vianna, Raphael "eleitor do Plínio" Tsavkko e tantos outros.

De manhã, participei de uma oficina de idéias com vários blogueiros, entre eles Rodrigo Vianna (Escrevinhador), Rildo (blog do Rildo), Augusto Valente (agência T1), Lola Aronovich (escreve lola escreva), Ruth Alexandre (Fala Povo), e muitos outros. Escrevo somente os que me deram cartão.

Já compareci a muitos eventos como repórter; esse é o primeiro como protagonista. Eis o grande valor da blogosfera. Torna o jornalista um sujeito, uma cabeça pensante, uma pessoa livre. Com isso, deixa de ser jornalista e converte-se num... cidadão.

A blogosfera faz o jornalista descer do pedestal e pisar a terra, junto a seus leitores.

A plenária do Encontro de Blogueiros informou que o evento conseguiu se pagar e ainda sobrou dinheiro, que será usado na edição do ano que vem. Decidiu-se ainda organizar eventos regionais antes do evento nacional. Aprovou-se uma Carta dos Blogueiros. Tudo será divulgado no site Barão de Itararé.

Governo lança Bolsa Blog "Sujo"

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Serra e os blogs "sujos"





O "OSCAR RASCOS" vai para quem passou anos........

arrochando salários do funcionalismo público de São Paulo,
desprezando os moradores das periferias,
criando a maior rede de praças de pedágios do país,
desmerecendo os nordestinos,
privatizando estatais quase de graça,
menosprezando o povo mineiro,
desviando recursos do SUS para o mercado financeiro,
imprimindo livro escolar com pornografia,
evitando diálogo com as classes de trabalhadores,
matando gente na irresponsável cratera do metrô,
distribuindo ambulâncias superfaturadas,
agindo com truculência com os professores,
inviabilizando em São Paulo o programa "Minha Casa, Minha Vida,
confundindo espirro de porquinho com vírus A (H1N1),
fechando comportas dos rios e inundado a periferia,
ignorando os movimentos sociais,
suspendendo o desassoreamento das calhas dos rios,
causando inundações em varias regiões do Estado,
inaugurando maquetes de obras que não saíram do papel,
pagando o 2º pior salário do país para as policias, civil e militar,
terceirizando a saúde do estado em prejuízo ao SUS,
deixando o tráfico de drogas crescer em várias cidades,
plagiando ações de outros, como o genéricos e o programa de AIDS,
e ainda enganado a população com o famoso trololó.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Vá e volte, Mauricio

s

Não vejo com bons olhos a notícia de que Maurício vai retornar para Recife no final do ano, em termos.

É um executivo jovem e competente, ético e com ideias arejadas .. uma grata revelação como gestor público, como se comprova a partir de sua administração no Espaço Cultural..

Por isso, Maurício, você pode até ir para Recife ajudar a desenvolver ainda mais o nosso estado irmão na iniciativa privada.

Mas, depois, lembre-se: todo filho à sua terra volta.. não faça como Ariano Suassuna ou Fabinho Gouvêia.. volte e doe à Paraíba o seu talento.


 Do blog do Luís Torres


Maurício Burity anuncia R$ 2,5 mi para reforma do Paulo Pontes e diz que deixa o governo em dezembro mesmo em caso de reeleição: “Quero voltar pra Recife”

Maurício Burity: sensãção de missão quase cumprida
Maurício Burity: sensãção de missão quase cumprida


Presidente da Fundação Espaço Cultural, Maurício Burity vai deixar o governo Maranhão III em dezembro mesmo em caso de reeleição do governador José Maranhão (PMDB).
 
Foi o que revelou ontem à noite em conversa no Restaurante Terraço Brasil, após concerto de homenagem aos músicos da Orquestra Sinfônica da Paraíba mortos em acidente de carro.
 
Feliz pelos elogios que tem recebido pelo trabalho à frente da FUNESC, que administra o Espaço Cultura, uma obra do ex-governador Tarcísio Burity, pai de Maurício, o jovem disse que tem desejo de voltar para Recife, onde mora há 20 e mantém negócios.
 
Até dezembro, no entanto, declarou que tem muito a fazer. Quer iniciar em novembro reforma no Teatro Paulo Pontes, o mesmo que, por causa do mofo, deixou a atriz Cláudia Raia de pernas para o ar e com crise de laringite em recente passagem pela Capital.
 
Conseguiu junto ao governo federal cerca de R$ 2,5 milhões. Verba que deverá ser usada ainda para reforma do Cine Bangüê.
 
“Vim porque era uma obra do meu pai e queria poder fazer algo por ela”, resumiu Maurício. Que, de fato, merece o reconhecimento pelo trabalho que realizou no Espaço Cultural. Não apenas porque é filho do ex-governador. Mas por ter reaberto o Planetário, reativado a biblioteca, instalada uma luteria...
 
Luís Tôrres

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Dilma no Jornal Nacional




William Bonner: O Jornal Nacional dá início nesta segunda-feira a uma série de entrevistas ao vivo com os principais candidatos à presidência da República. Nós vamos abordar aqui temas polêmicos das candidaturas e também confrontar os candidatos com suas realizações em cargos públicos. Claro que não seria possível esgotar esses temas todos em uma única entrevista, mas nas próximas semanas os candidatos estarão também no Bom Dia Brasil e Jornal da Globo.

O sorteio realizado com a supervisão de representantes dos partidos determinou que a candidata do PT, Dilma Rousseff, seja a entrevistada de hoje. Nós agradecemos a presença da candidata. Boa noite, candidata.

Dilma Rousseff: Boa noite.

William Bonner: E informamos também que o tempo de 12 minutos da entrevista passa a contar a partir de agora. Candidata, o seu nome como candidata do PT à presidência foi indicado diretamente pelo presidente Lula, ele não esconde isso de ninguém. Algumas pessoas criticaram, disseram que foi medida autoritária, por não ter ouvido as bases do PT. Por outro lado, a senhora não tem experiência eleitoral nenhuma até esse momento. A senhora se considera preparada para governar o Brasil longe do presidente Lula?

Dilma 1 x 0: Olha, William, olha, Fátima, eu considero que eu tenho experiência administrativa suficiente. Eu fui secretária municipal da Fazenda, aliás, a primeira secretária municipal de Fazenda de capital. Depois eu fui sucessivamente, por duas vezes, secretária de Energia do Rio Grande do Sul. Assumi o ministério de Minas e Energia, tambem fui a primeira mulher, e fui coordenadora do governo ao assumir a chefia da Casa Civil. Como vocês sabem, é o segundo cargo mais importante na hierarquia do governo federal. Então, eu me considero preparada para governar o país. E mais do que isso, eu tenho experiência, eu conheço o Brasil de ponta a ponta, conheço os problemas.

William Bonner: Mas a sua relação com o presidente Lula, a senhora faz questão de dizer que é muito afinada com ele. Junto a isso, o fato de a senhora não ter experiência e ter tido o nome indicado diretamente por ele, de alguma maneira a senhora acha que isso poderia fazer com que o eleitor a enxergasse ou enxergasse o presidente Lula como um tutor de seu governo, caso eleita?

Dilma 2 x 0: Você sabe, Bonner, o pessoal tem de escolher o que é que eu sou. Uns dizem que sou mulher forte, outros dizem que eu tenho tutor. Eu quero te dizer o seguinte: a minha relação política com o presidente Lula, eu tenho muito orgulho dela. Eu participei diretamente com o presidente, fui braço direito e esquerdo dele nesse processo de transformar o Brasil num país diferente, num país que cresce, distribui renda, em que as pessoas têm pela primeira vez, depois de muitos anos, a possibilidade de subir na vida. Então, não vejo problema nenhum na minha relação com o presidente Lula. Pelo contrário, vejo que até é um fator muito positivo, porque ele é um grande líder, e é reconhecido isso no mundo inteiro.

Fátima Bernardes: A senhora falou em temperamento. Alguns críticos, muitos críticos e alguns até aliados falam que a senhora tem um temperamento difícil. O que a gente espera de um presidente é que ele, entre outras coisas, seja capaz de fazer alianças, de negociar, ter habilidade política para fazer acordos. A senhora de que forma pretende que esse temperamento que dizem ser duro e difícil não interfira em seu governo caso eleita?

Dilma 3 x 0: Fátima, estava respondendo justamente isso, eu acho que têm visões construídas a meu respeito. Acho que sou uma pessoa firme, acho que em relação aos problemas do povo brasileiro eu não vacilo, acho que o que tem que ser resolvido prontamente, nós temos que fazer um enorme esforço. Eu me considero hoje, até pelo cargo que ocupei, extramamente preparada no sentido do diálogo. Nós do governo Lula somos eminentemente um governo do diálogo. Em relação aos movimentos sociais, você nunca vai ver o governo do presidente Lula tratando qualquer movimento social a cassetete. Primeiro nós negociamos, dialogamos. Agora, nós tambem sabemos valer a nossa autoridade. Nada de ilegalidade nós compactuamos.

Fátima Bernardes: Agora, no caso, por exemplo, a senhora falou de não haver cassetete, mas talvez a forma de a senhora se comportar. O próprio presidente Lula, este ano em discurso durante uma cerimônia de posse de ministros, ele chegou a dizer que achava até natural haver queixas contra a senhora, mas que ele recebeu na sala dele várias pessoas, colegas, ex-ministros, ministros, que iam lá se queixar que a senhora os maltratava.

Dilma 4 x 0: Olha, Fátima, é o seguinte, no papel, sabe dona de casa? No papel de cuidar do governo é meio como se a gente fosse mãe, tem uma hora que você tem de cobrar resultados . Quando você cobra resultados, você tem de cobrar o seguinte: olha, é preciso que o Brasil se esforce, principalmente o governo, para que as coisas aconteçam, para que as estradas sejam pavimentadas, para que ocorra saneamento. Então tem uma hora que é que nem, você imagina lá sua casa, a gente cobra. Agora, tem outra hora que você tem de incentivar, garantir que a pessoa tenha estímulo para fazer.

Fátima Bernardes: Como mãe eu entendo, mas como presidente não tem uma hora que tem que ter facilidade de negociar, por exemplo, futuramente no Congresso, com líderes mundiais, ter um jogo de cintura ai?

William Bonner Não Deixa Dilma responder e pergunta: O presidente falou em maltratar, não é, candidata?

Dilma Rousseff: Não, o presidente não falou em maltratar, o presidente falou que eu era dura.

William Bonner: Não, ele disse isso. A senhora me perdoe, mas o discurso dele está disponível. Ele disse assim: as pessoas diziam que foram maltratadas pela senhora. Mas a gente também não precisa ficar nessa questão até o fim, têm outros temas.


[Dilma está certa: no contexto das palavras do Presidente Lula, ele em nenhum momento confirma que Dilma "maltratava" companheiros de trabalho. Disse que havia pessoas que queixaram de que teria sido maltratadas, que Dilma "tinha sido muito dura... o que também é normal", nas palavras do presidente.  Bonner, diante do telespectador, é quem ficou com imagem de entrevistador que maltrata seus convidados].

Dilma 5 x 0: É muito difícil, depois de anos e anos de paralisia, e houve isso no Brasil. O Brasil saiu de uma era de desemprego, desigualdade e estagnação para uma era de prosperidade. Nós tínhamos perdido a cultura do investimento, aí houve uma força muto grande da minha parte nesse sentido, de cumprir meta, de fazer com que o governo Lula fosse esse sucesso que tenho certeza que está sendo.

William Bonner: A senhora tem na sua candidatura, além do apoio do presidente, alianças formadas. Por exemplo, a do deputado Jader Barbalho, do senador Renan Calheiros, da família Sarney, a senhora tem o apoio do ex-presidente Fernando Collor. São todas figuras da política brasileira, que, ao longo de muitos anos, o PT, o seu partido, criticou severamente, eram considerados como oligarcas pelo PT. Quando foi que o PT errou: quando fez aquelas críticas todas ou está errando agora, quando botou todo mundo debaixo do mesmo guarda-chuva?

Dilma 6 x 0 (um gol de placa): Eu perguntaria outra coisa: aonde foi que o PT acertou? Quando percebeu que governar um país com a complexidade do Brasil implica necessariamente na sua capacidade de construir uma aliança ampla. O PT não tinha experiência de governo e agora tem. Nós não erramos e vou te explicar em que sentido: não é que nós aderimos ao pensamento de quem quer que seja. O governo Lula tinha uma diretriz: focar na questão social, fazer com que o país tivesse a oportunidade, primeiro, de um país que era considerado dos mais desiguais do mundo, diminuir a pobreza em 24 milhões. Um país em que as pessoas não subiam na vida elevou para as classes médias 31 milhões de brasileiros. Para fazer isso, quem nos apóia, aceitando os nossos princípios e aceitando as nossas diretrizes de governo, a gente aceita do nosso lado. Não nos termos de quem quer que seja, mas nos termos de um governo que quer levar o Brasil para um outro patamar.

William Bonner: O resumo é: o PT não errou nem naquela ocasião, nem agora.

Dilma Rousseff: Eu acho que o PT não tinha tanta experiência, eu reconheço isso. Ninguém pode achar que um partido como o PT, que nunca tinha estado no Governo Federal, tivesse, naquele momento, a mesma experiência que tem hoje. Acho que o PT aprendeu muito, mudou, porque a capacidade de mudar é importante.

William Bonner: O PT tem hoje nas costas oito anos de governo, então é razoável que a gente aborde aqui alguma das realizações. Vamos discutir um pouco o desempenho do governo em algumas áreas, começando pela economia. O governo comemora muito melhoras da área econômica, no entanto, o que a gente observa, é que quando se compara o crescimento do Brasil com países vizinhos, como Uruguai, Argentina, Bolívia, e também com os pares dos Brics, os chamados países emergentes, como China, Índia, Rússia, o crescimento do Brasil tem sido sempre menor do que o de todos eles. Por quê?

Dilma 7 x 0: Eu acredito que nós tivemos um processo muito mais duro no Brasil com a crise da dívida e com o governo que nos antecedeu. Eu acho que o Uruguai e a Bolívia são países, sem nenhum menosprezo, acho que os países pequenos têm que ser respeitados, do tamanho de alguns estados menores no Brasil, que é um país de 190 milhões habitantes. Nós tivemos um processo no Brasil muito duro. Quando chegamos no governo, a inflação estava fora de controle. Nós tínhamos uma dívida com o Fundo Monetário, que vinha aqui e dava toda a receita do que a gente ia fazer. Nós tivemos que fazer um esforço muito grande para colocar as finanças no lugar e depois, com estabilidade, crescer. Este ano, a nossa discussão é que estamos entre os países que mais crescem no mundo, estamos com a possibilidade de ter uma taxa de crescimento de 7% do Produto Interno Bruto. Sem fazer comparações, a queda da economia na Rússia no ano passado foi terrível. Criamos quase 1,7 milhão empregos no ano da crise.

Fátima Bernardes: Vamos falar um pouquinho de outro problema, que é o saneamento. Segundo dados do IBGE, o saneamento no Brasil passou de 46,4 para 53,2 no governo Lula, um aumento pequeno, de 1 ponto percentual mais ou menos ao ano. Por que o resultado fraco numa área que é muito importante para a população?

Dilma 8 x 0: Porque nós vamos ter um resultado excepcional a partir dos dados da pesquisa feita em 2010. Talvez uma das áreas em que eu mais me empenhei foi área de saneamento, porque o Brasil investia menos de R$ 300 milhões no país inteiro. Hoje, aqui no Rio, na favela da Rocinha, que eu estive hoje, nós investimos mais de R$ 270 milhões. Nós lançamos o Programa de Aceleração do Crescimento, para o caso do saneamento, na metade de 2007. Começou a amadurecer porque o país parou de fazer projetos. Prefeitos e governadores apresentaram os projetos agora, em torno do início de 2008, e aceleraram. Eu estava vendo recentemente que nós temos hoje uma execução de obras no Brasil inteiro. No Rio, Rocinha, Pavão-Pavãozinho, Complexo do Alemão. Obras de saneamento, de habitação. A Baixada Santista, em São Paulo, e a Baixada Fluminense aqui no Rio de Janeiro tiveram um investimento monumental em saneamento.

Fátima Bernardes: A gente gostaria agora que a senhora, em 30 segundos, desse uma mensagem ao eleitor, se despedindo da sua participação no Jornal Nacional.

Dilma 9 x 0: Eu agradeço a vocês dois e quero dizer para o eleitor o seguinte: o meu projeto é dar continuidade ao governo do presidente Lula. Mas não é repetir. É a avançar e aprofundar, é basicamente este olhar social, que tira o Brasil de uma situação de país emergente e leva o nosso país a uma situação de país desenvolvido com renda, com salário decente, com professores bem pagos e bem treinados. Eu acredito que é a hora e a vez do Brasil e nós vamos chegar a uma situação muito diferente, cada vez mais avançada no final deste governo em 2014.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Consumo na China levou à matança de 280 mil tubarões no Brasil

03 de agosto de 2010

A demanda por alimentos feitos a partir da barbatana de tubarão na Ásia está sendo apontada como a causa da matança ilegal de 280 mil animais na costa brasileira, nos cálculos de uma organização não governamental com base em Porto Alegre.

O Instituto de Justiça Ambiental, que fez a estimativa a partir de autos de infração e apreensões do Ibama no Pará, entrou com uma ação na Justiça na qual demanda uma indenização bilionária de uma empresa de pesca por danos ambientais “irreversíveis e incontáveis” na costa paraense.

Os danos se referem à captura ilegal de 25 toneladas de barbatanas de tubarão e bexigas natatórias de animais não identificados, que a ONG acusa uma empresa de processar e revender ilegalmente. A mercadoria seria enviada provavelmente de portos no Rio Grande do Sul para o mercado asiático.

O instituto pede uma indenização de quase R$ 1,4 bilhão. No entanto, diz a ONG, o valor deverá subir à medida que forem apresentados pareceres técnicos sobre todos os ecossistemas afetados no decorrer do processo.

“Nunca ouvimos nada parecido. O que é assustador é que provém de apenas uma empresa. Imaginem então as quantidades que escapam da fiscalização do Ibama/PA”, disse o diretor do IJA, Cristiano Pacheco.

“Quase não se fala na área costeira amazônica. Os brasileiros precisam saber que é a mais rica do país em biodiversidade marinha, banhada pela foz do Rio Amazonas.”
Iguaria

As barbatanas de tubarão são consideradas uma iguaria na cozinha do leste asiático, e analistas dizem que o aumento da demanda, sobretudo da China, tem incentivado a extração dessa parte do animal para exportação ilegal.

O aumento do consumo do produto também atesta o crescimento do poder de compra dos consumidores chineses. Além disso, a barbatana de tubarão é usada em medicamentos.

Segundo o Instituto de Justiça Ambiental, os animais normalmente têm suas barbatanas retiradas para exportação ilegal e em seguida são jogados de volta ao mar.

“Essa é uma situação extremamente séria e representa apenas uma fração dos tubarões ilegalmente abatidos na costa do Nordeste brasileiro”, disse Pacheco.

Dentre os animais abatidos, segundo a ONG, estão espécies marinhas em risco de extinção e vulnerabilidade, como o tubarão-grelha.

“Suprimir os tubarões dessa forma absurda e descontrolada colocará em colapso os ecossistemas marinhos na região, já que o tubarão é topo de cadeia, inventor da seleção natural nos oceanos e habitante deste planeta há mais de 400 milhões de anos.”

Em maio, agentes do Ibama no Pará conduziram uma batida na empresa acusada e apreenderam cerca de 3,3 toneladas de barbatana de tubarão e mais 2 toneladas de bexiga natatória de outros peixes.

Fonte: Estadão

Nota da Redação: Embora seja louvável a medida pra tentar coibir e exigir punição pelo absurdo número de tubarões e outro peixes abatidos na costa brasileira, o aspecto “legal”  continua a autorizar a matança. Ou seja, a exploração é permitida, desde que dentro das cotas estabelecidas pelo Ibama. Seja para que finalidades forem, medicamentos ou alimentos, a morte desses animais não se justifica de forma alguma. A riqueza de fontes naturais de alimentação e os grandes avanços de uma medicina ética prescindem da morte de animais e constituem a maneira mais ética e respeitosa de viver e conviver com as demais espécies do planeta.