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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

E aí, Dimitri?

Essa é para o meu amigo Dimitri, um dos últimos assinantes da Folha de San Paolo.


Dimenstein insulta leitores com mentiras e omissões

Sinto muito informá-lo, mas se você leva a sério Gilberto Dimenstein, como jornalista e como pessoa, você é ignorante e/ou desonesto.


Conforme diria o Bussunda, o problema não é ser um reacionário, é acumular o reacionarismo com a desonestidade. Gilberto Dimenstein MENTE, FALSIFICA, DISTORCE. É um capacho repugnante. Até o Serra deve desprezar esse Goebbels light.




O Lula, segundo Dimenstein, “pegou a inflação baixa” (inverídico: a meta de inflação do BC em 2002 era de 3,5% e a inflação foi de 12,5%).


Ainda segundo Dimenstein, Lula pegou “um país em rota de crescimento” (inverídico o PIB só entrou em rota de crescimento em 2004. 2002 foi 1,9% e 2003 0,5%, ou pelo novo método de calculo 2,7% e 1,1%. Passando em 2004 a 5,7%*).


“As bases do Bolsa-família em andamento” acrescenta o jornalista da Folha, Comparando três programas desconexos (a Bolsa Escola, Bolsa Alimentação e o Vale Gás) e de pouca abrangência, com o Bolsa-família -batizado de Bolsa-esmola pelos tucanos- que atingem 44 milhões de brasileiras e brasileiros.


Por último, vejam só “As finanças públicas tinham passado por medidas importantes como a lei de responsabilidade fiscal.”, certo. Aqui é o silêncio do jornalista é que grita sua parcialidade. Lula herdou o maior socorro jamais fornecido pelo FMI a um país em crise, com reembolsos pesados, uma dívida externa gigantesca (a dívida pública passou, de 30,2% do PIB, em 1994, para 55,9% do PIB, em 2002. A dívida interna aumentou de 30% para 60% do PIB**). Um país sem Reservas nenhuma e com balança comercial por anos deficitária. Juros estratosféricos (A média da taxa de juros real foi de 21,4%, no período de 1997 a 1999; de 15,8%, no período de 2000 a 2002**) e carga tributária escorchante (Em 1994, a carga tributária era de 28,6% do PIB; em 2002 ela estava 35,8%)**.


Finalmente, não sei o que é pior, se é essa reescritura da história, ou o insulto da afirmação que os que não pensam como Dimenstein, seriamos “desequilibrados”. Ou seja, a maioria dos brasileiros não estariam sendo equilibrados na rejeição à era FHC. Quanta pretensão e arrogância! Quanto desprezo pelo julgamento político da população.


Para Dimenstein Lula é hábil, sortudo, esperto. Sua inteligência, vejam vocês, é essencialmente ter continuado FHC. O “Farol de Alexandria” -dixit PHA- é a luz que balizou o caminho do barbudo.


Lula “é o cara” para o Brasil e o mundo. Mas o herói da história de Dimenstein, é FHC.


É o que ele chama de “equilíbrio”.



Luis Favre

Um comentário:

  1. Marcio, Dimenstein pode nao ser um genio, mas perto de Favre, o ex-1°marido oficial de Marta.. ele ganha muita credibilidade nao acha?
    Dimitri

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