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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Investigadores alarmados com declínio das abelhas

 

Quatro espécies de abelhas, anteriormente consideradas como abundantes, estão quase a desaparecer nos Estados Unidos. Estas abelhas, tão importantes para a agricultura, estão a ser afectadas a nível mundial.
O grupo de cientistas que está a estudar o caso referiu que há uma redução de 96% no número de abelhas nas quatros espécies. A presença de organismos patogénicos, como acontece nas abelhas do mel, e a endogamia causada pela perda do habitat, são as principais causas deste desaparecimento.

“Fornecemos provas irrefutáveis de que várias espécies do género Bombus sofreram acentuado declínio da população a nível nacional", afirmaram os pesquisadores na revista Proceedings, da Academia Nacional das Ciências, classificando os resultados como "alarmantes.”

Sydney Cameron, da Universidade do Illinois, liderou o estudo. “Estes são os polinizadores mais importantes das plantas nativas”, refere. Estas abelhas estão normalmente associadas aos prados e à vegetação existente em grandes altitudes. Também polinizam tomates, mirtilos e groselhas.

Recentemente, especialistas documentaram o Distúrbio do Colapso das Colónias, um fenómeno que leva ao desaparecimento das abelhas e que tem origem em vários factores como parasitas, fungos, stress, pesticidas e vírus. Mas a maioria dos estudos que investigaram este fenómeno focaram-se apenas nas abelhas do mel.
Contudo, as abelhas para além de produzirem mel são também importantes polinizadores. “ [As abelhas] aterram nas flores e apresentam um comportamento chamado polinização por vibração que permite que o pólen voe para fora da flor”, sublinha Cameron.

Cameron e a sua equipa realizaram um estudo de três anos, a 382 locais distribuídos por 40 estados e analisaram mais de 73 mil registos de museus. “Mostrámos que a abundância relativa das quatro espécies foi reduzida em cerca de 96% e que os seus limites geográficos foram contraídos de 23 a 87%”.

Cameron sublinhou na apresentação do estudo que "esta é uma situação à qual os especialistas têm de estar atentos."

Fonte: www.reuters.com

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