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sexta-feira, 22 de julho de 2011

DESPOLUIÇÃO DOS RIOS URBANOS: Porque não fazer?

Texto do amigo Paulo Henrique para refletir.
 
            Presenciamos neste final de semana no Estado da Paraíba uma tragédia ambiental de grande amplitude, as fortes chuvas. De acordo com os centros de meteorologias, choveu no nosso Estado, mais do que o esperado para todo o mês de julho. Da última sexta-feira até esta segunda choveu 142,4 mm. O esperado para o mês de julho era 236,6mm, informou a Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa).

Por conta disso, muitos lagos e rios sangraram e inundaram cidades. O governador estadual decretou situação de emergência em 26 municípios paraibanos, como por exemplo, o Rio Paraíba transbordou e inundou casas e estabelecimentos comerciais, causando transtornos para a cidade e principalmente para os moradores dos municípios de Santa Rita e Beyeux atingidos pelas inundações.

Quando essas tragédias naturais acontecem, a população começa a se questionar de quem é a culpa? De quem foi à falha? Uma coisa temos certeza: não é culpa de Deus e nem da chuva, obviamente.

O problema provém desde o início da formação das cidades. Na criação das cidades, não se levou em consideração os rios urbanos. Casas, prédios e ruas foram construídos desordenadamente, sem planejamento urbano.

Em seguida, no deparamos com a má conservação dos rios, onde lixos e entulhos são jogados sem nenhuma cautela. Vimos neste caso ausência de educação e desrespeito com o nosso meio ambiento.

E o problema agrava-se ainda mais, pela falta de infraestrutura urbana, onde deveria ser feito, regularmente, um trabalho de despoluição dos rios e tratamento das águas. 

Mas o problema só é visto e considerado grave, quando chega o inverno e com ele o aumento da quantidade de chuvas. Mas agora já é tarde, as cidades e casas já foram alagadas, pessoas já morreram e outras estão desabrigadas. O que resta apenas é trabalhar na limpeza urbana e dar assistência aos atingidos.

Enquanto o Poder Público e a sociedade não ter a real consciência da importância dos rios urbanos para o desenvolvimento das cidades, todo ano veremos essas tragédias naturais acontecerem. E cada vez mais com maiores consequências.

Projetos de despoluição e tratamentos dos rios devem ser posto em prática e serem visto com prioridades nas ações governamentais, seja ela, em âmbito federal, estadual e municipal.

 Deveríamos seguir o exemplo das “sábias formigas” que trabalham no verão para descansar no inverno.            

 
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Paulo Henrique Silva
Economista

domingo, 10 de julho de 2011

Presidente da CBF expõe conchavos com a Globo e promete mais maldades

http://limpinhocheiroso.blogspot.com/2011/07/presidente-da-cbf-expoe-conchavos-com.html


“Em 2014, posso fazer a maldade que for. A maldade mais elástica, mais impensável, mais maquiavélica. Não dar credencial, proibir acesso, mudar horário de jogo. E sabe o que vai acontecer? Nada. Sabe por quê? Por que eu saio em 2015. E aí, acabou.”


Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador da Copa de 2014, quebrou o silêncio. O cartola que domina o futebol brasileiro passou cerca de uma semana na Suíça com uma repórter da revista Piauí e dissertou sobre diversos temas. No meio da longa reportagem, publicada na edição de julho, ele expõe a relação que tem com a Globo, xinga os críticos e promete maldades com a imprensa no Mundial que comandará, daqui a três anos.

As declarações de Ricardo Teixeira foram registradas no início de junho, quando a Fifa estava mergulhada em uma crise histórica e tentando reeleger Joseph Blatter. O cartola brasileiro era um dos maiores alvos das denúncias de corrupção. As acusações iam desde de propinas supostamente recebidas ainda na década de 1990 até uma tentativa de venda de voto no processo de escolha das sedes das próximas Copas.

Meu amor, já falaram tudo de mim: que eu trouxe contrabando em avião da seleção, a CPI da Nike e a do Futebol, que tem sacanagem na Copa de 2014. É tudo da mesma patota, UOL, Folha, Lance, ESPN, que fica repetindo as mesmas m...”, disse Ricardo Teixeira, que vai ainda mais longe ao rebater as denúncias.

“Não ligo. Aliás, caguei. Caguei montão. O neguinho do Harlem [bairro pobre nova-iorquino] olha para o carrão do branco e fala: ‘quero um igual’. O negro não quer que o branco se f... e perca o carro. Mas no Brasil não é assim. É essa coisa de quinta categoria”, vaticinou.

Nem todos da imprensa, no entanto, são vistos assim. Em determinado momento, a reportagem reconstroi uma conversa de Ricardo Teixeira com um representante da Match, empresa parceira da Fifa para logística no país da Copa. Pouco antes de uma entrevista do dirigente para a Globo, o interlocutor pergunta ao cartola se temas espinhosos, como o preço de hoteis e restaurantes no Brasil, seriam citados.

“Não vai ter isso não, está tudo sob controle”, respondeu Teixeira. Em outro momento, é citada uma conversa por telefone com Evandro Guimarães, lobista da emissora em Brasília, sobre investimentos do dirigente em fazendas no Rio de Janeiro.

Seus momentos de confronto com a TV carioca também vieram à tona. Em 2001, a Globo dedicou uma edição do Globo Repórter a Ricardo Teixeira. A resposta do dirigente foi uma mudança repentina no horário de um Brasil x Argentina, que fez a emissora perder muito dinheiro sem poder exibir seus patrocinadores em horário nobre.

“Pegava duas novelas e o Jornal Nacional. Você sabe o que é isso?”, disse o cartola, que vê pontos positivos no fato de ser alvo do mesmo tipo de matéria, hoje elaborada pela Record. “Quanto mais tomo pau da Record, fico com mais crédito com a Globo”, avaliou.

Ricardo Teixeira, que classifica a imprensa brasileira como “vagabunda”, ainda ameaça. “Em 2014, posso fazer a maldade que for. A maldade mais elástica, mais impensável, mais maquiavélica. Não dar credencial, proibir acesso, mudar horário de jogo. E sabe o que vai acontecer? Nada. Sabe por quê? Por que eu saio em 2015. E aí, acabou”, concluiu o cartola, referindo-se à sua tentativa de migrar para a presidência da Fifa após a Copa do Mundo.

Filha revela que Teixeira votaria contra Blatter
Durante um almoço, segundo a revista Piauí, Teixeira disse que sempre apoiou Blatter na eleição da Fifa. Antônia, sua filha de 11 anos, rebateu: “Ué, mas você não quer o Bin Hamman [opositor de Blatter]?”.

Segundo a reportagem, o cartola, por baixo da mesa, beliscou a filha, que reclamou: “Ai pai!”. Depois de minutos de silêncio e uma troca de mensagens com a mãe, Antônia pediu desculpas à repórter.

Frases de Ricardo Teixeira
 
“Caguei montão [para as denúncias da imprensa]. O neguinho do Harlem olha para o carrão do branco e fala: ‘Quero um igual’. O negro não quer que o branco se f... e perca o carro. Mas no Brasil não é assim. É essa coisa de quinta categoria.”

“Em 2014, posso fazer a maldade que for. A maldade mais elástica, mais impensável, mais maquiavélica. Não dar credencial, proibir acesso, mudar horário de jogo. E sabe o que vai acontecer? Nada. Sabe por quê? Por que eu saio em 2015. E aí, acabou.”

“Esse UOL só dá traço. Quem lê o Lance? Oitenta mil pessoas? Traço. Quem vê essa ESPN? Traço.”

“Só vou ficar preocupado, meu amor, quando sair no Jornal Nacional”

Via Folha on-line

Os cavaleiros da banca e do petróleo

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/os-cavaleiros-da-banca-e-do-petroleo#more


O cartel do Federal Reserve: As oito famílias

 por Dean Henderson [*]

Os Quatro Cavaleiros da banca (Bank of America, JP Morgan Chase, Citigroup e Wells Fargo) são os donos dos Quatro Cavaleiros do Petróleo (Exxon Mobil, Royal Dutch/Shell, BP e Chevron Texaco); em sintonia com o Deutsche Bank, o BNP, o Barclays e outros monstros europeus das velhas fortunas. Mas o seu monopólio sobre a economia global não se esgota no xadrez do petróleo.


De acordo com o relatório 10-K para a SEC, os Quatro Cavaleiros da Banca estão entre os dez maiores accionistas de praticamente todas as empresas da Fortune 500. [1]   [NT 1]

Então quem são os accionistas destes centros bancários de dinheiro?

Esta informação é um segredo muito bem guardado. As minhas indagações junto das agências reguladoras da banca, no que se refere aos proprietários das acções dos 25 maiores bancos norte-americanos que possuem companhias, foram respondidas ao abrigo da Lei da Liberdade de Informação, antes de serem recusadas com base na "segurança nacional". O que é bastante ridículo, na medida em que muitos dos accionistas da banca residem na Europa.

Um importante repositório da riqueza da oligarquia global que é dona destas companhias na posse da banca é a US Trust Corporation – fundada em 1853 e actualmente propriedade do Bank of America. Um recente director e curador honorário da US Trust Corporate foi Walter Rothschild. Outros directores incluíram Daniel Davison do JP Morgan Chase, Richard Tucker da Exxon Mobil, Daniel Roberts do Citigroup e Marshall Schwartz do Morgan Stanley. [2]

J. W. McCallister, da indústria petrolífera com ligações à Casa de Saud, escreveu no The Grim Reaper que informações que obteve de banqueiros sauditas referiam que 80% do Federal Reserve Bank de Nova Iorque – de longe o ramo mais poderoso do Fed – estavam na posse de apenas oito famílias, quatro das quais residem nos EUA. São elas os Goldman Sachs, os Rockefellers, os Lehmans e os Kuhn Loebs de Nova Iorque; os Rothschilds de Paris e de Londres; os Warburgs de Hamburgo; os Lazards de Paris; e os Israel Moses Seifs de Roma.

O CPA Thomas D. Schauf confirma as afirmações de McCallister, acrescentando que dez bancos controlam todos os doze ramos do Federal Reserve Bank. Menciona o N.M. Rothschild de Londres, o Rothschild Bank de Berlim, o Warburg Bank de Hamburgo, o Warburg Bank de Amesterdão, o Lehman Brothers de Nova Iorque, o Lazard Brothers de Paris, o Kuhn Loeb Bank de Nova Iorque, o Israel Moses Seif Bank de Itália, o Goldman Sachs de Nova Iorque e o JP Morgan Chase Bank de Nova Iorque. Schauf lista William Rockefeller, Paul Warburg, Jacob Schiff e James Stillman como indivíduos que possuem grande quantidade de acções do Fed. [3] Os Schiffs são preponderantes no Kuhn Loeb. Os Stillmans no Citigroup, casaram-se no clã Rockefeller no início do século.

Eustace Mullins chegou às mesmas conclusões no seu livro ' The Secrets of the Federal Reserve' , em que exibe gráficos ligando o Fed e os bancos seus membros às famílias Rothschild, Warburg, Rockefeller e outras. [4]

O controlo que estas famílias de banqueiros exercem sobre a economia global não pode ser sobrestimada e é intencionalmente um segredo bem guardado. O seu braço nos media empresariais é rápido a desacreditar qualquer informação que divulgue este cartel privado de banqueiros centrais como uma 'teoria da conspiração'. Mas os factos subsistem.

A Casa de Morgan 

O Federal Reserve Bank nasceu em 1913, no mesmo ano em que morreu J. Pierpoint Morgan, descendente de banqueiro, e em que se formou a Fundação Rockefeller. A Casa de Morgan presidiu a finança americana a partir da esquina de Wall Street e Broad Street, praticamente como o banco central dos EUA desde 1838, quando George Peabody a fundou em Londres.

Peabody era sócio de negócios dos Rothschilds. Em 1952, o investigador do Fed, Eustace Mullins, avançou com a suposição de que os Morgans não eram mais do que agentes dos Rothschilds. Mullins escreveu que os Rothschilds "… preferiam operar anonimamente nos EUA por detrás da fachada de J.P. Morgan & Company". [5]

O autor Gabriel Kolko afirmou, "as actividades de Morgan em 1895-1896 na venda de títulos do Tesouro dos EUA na Europa basearam-se numa aliança com a Casa de Rothschild." [6]

Os tentáculos do polvo financeiro de Morgan envolveram rapidamente todo o globo. Morgan Grenfell operava em Londres. Morgan et Ce dominava Paris. Os primos Lambert de Rothschild criaram a Drexel & Company na Filadélfia.

A Casa de Morgan assistia aos Astors, aos DuPonts, aos Guggenheims, aos Vanderbilts e aos Rockefellers. Financiou o lançamento da AT&T, da General Motors, da General Electric e da DuPont. Tal como os bancos Rothschild e Barings com sede em Londres, o Morgan tornou-se parte da estrutura do poder em muitos países.

Em 1890, a Casa de Morgan emprestava dinheiro ao banco central do Egipto, financiava ferrovias russas, títulos do governo provincial brasileiro e projectos de obras públicas argentinas. Uma recessão em 1893 reforçou o poder de Morgan. Nesse ano Morgan salvou o governo dos EUA de um pânico bancário, formando uma união para escorar as reservas governamentais com uma injecção de 62 milhões de dólares em ouro Rothschild. [7]

Morgan foi a força motriz por detrás da expansão para oeste nos EUA, financiando e controlando as vias-férreas para oeste por intermédio de fundos fiduciários. Em 1879 a Ferrovia Central de Nova Iorque, de Cornelius Vanderbilt, financiada por Morgan, concedeu taxas preferenciais ao monopólio nascente da Standard Oil, de John D. Rockefeller, cimentando a relação Rockefeller/Morgan.

A Casa Morgan passou depois para o controlo da família Rothschild e Rockefeller. Um título do New York Herald dizia, "Reis do caminho-de-ferro formam monopólio gigantesco". J. Pierpont Morgan, que em tempos afirmara, "A competição é um pecado", passou a opinar alegremente, "Pensem nisso. Toda a concorrência do tráfego ferroviário a oeste de St. Louis colocada sob o controlo de cerca de trinta homens". [8]

Morgan e o banqueiro Kuhn Loeb de Edward Harriman detinham o monopólio sobre os caminhos-de-ferro, enquanto as dinastias banqueiras Lehman, Goldman Sachs e Lazard se juntaram aos Rockefellers para controlarem a base industrial dos EUA. [9]

Em 1903, as Oito Famílias fundaram o Banker's Trust. Benjamin Strong do Banker's Trust foi o primeiro governador do Federal Reserve Bank de Nova Iorque. A criação do Fed em 1913 fundiu o poder das Oito Famílias com o poder militar e diplomático do governo dos EUA. Se os seus empréstimos no estrangeiro não fossem pagos, os oligarcas podiam contar com os Marines dos EUA para cobrar as dívidas. O Morgan, o Chase e o Citibank formaram uma união de empréstimos internacionais.

A Casa de Morgan era íntima da Casa Britânica de Windsor e da Casa Italiana de Sabóia. Os Kuhn Loebs, os Warburgs, os Lehmans, os Lazards, os Israel Moses Seifs e os Goldman Sachs também tinham ligações estreitas com a realeza europeia. Em 1895 Morgan controlava o fluxo do ouro dentro e fora dos EUA. A primeira vaga de fusões americanas estava na sua infância e estava a ser promovida pelos banqueiros. Em 1897 houve sessenta e nove fusões industriais. Em 1899 houve mil e duzentas. Em 1904, John Moody – fundador do Moody's Investor Services – disse que era impossível falar dos interesses de Rockefeller e Morgan em separado. [10]

Surgiu a desconfiança do público em relação a este conluio. Muita gente considerava-os como traidores a trabalhar para as antigas fortunas da Europa. A Standard Oil de Rockefeller, a US Steel de Andrew Carnegie e os caminhos-de-ferro de Edward Harriman foram todos financiados pelo banqueiro Jacob Schiff do Kuhn Loeb, que trabalhava em estreita colaboração com os Rothschilds europeus.

Vários estados do oeste proibiram a entrada dos banqueiros. O pregador populista William Jennings Bryan foi por três vezes o candidato Democrata para presidente entre 1896 e 1908. O tema central da sua campanha anti-imperialista era que a América estava a cair numa ratoeira de "servidão financeira para com o capital britânico". Teddy Roosevelt derrotou Bryan em 1908 mas, por causa deste incêndio populista que se ia alastrando, foi forçado a promulgar a Lei Sherman Anti-Monopólio. Depois, perseguiu o Monopólio da Standard Oil.

Em 1912, realizaram-se as audições Pujo, que trataram da concentração do poder em Wall Street. Nesse mesmo ano, Mrs. Edward Harriman vendeu as suas substanciais acções do Guaranty Trust Bank de Nova Iorque a J.P. Morgan, criando o Morgan Guaranty Trust. O juiz Louis Brandeis convenceu o presidente Woodrow Wilson a tentar pôr fim aos directorados interligados. Em 1914 foi aprovada a Lei Clayton Anti-Monopólio.

Jack Morgan – filho e sucessor de J. Pierpont – reagiu convidando os seus clientes Remington e Winchester a aumentar a produção de armas. Argumentou que os EUA precisavam de entrar na I Guerra Mundial. Incitado pela Fundação Carnegie e por outras frentes oligárquicas, Wilson cedeu. Como escreveu Charles Tansill em 'America Goes to War', "Ainda antes do início do conflito, a firma francesa Rothschild Frères enviou um telegrama a Morgan & Company de Nova Iorque sugerindo o financiamento de um empréstimo de 100 milhões de dólares, grande parte do qual ficaria nos EUA para pagar as compras francesas dos produtos americanos".

A Casa Morgan financiou metade do esforço de guerra dos EUA, enquanto recebia comissões para contratar fornecedores como a GE, a DuPont, a US Steel, a Kennecott e a ASARCO. Todos eles eram clientes Morgan. A Morgan também financiou a Guerra britânica dos Bóeres na África do Sul e a Guerra Franco-Prussiana. A Conferência de Paz de Paris, em 1919, foi presidida por Morgan, que liderou os esforços de reconstrução tanto dos alemães como dos aliados. [11]

Na década de 1930 reapareceu o populismo na América depois de o Goldman Sachs, o Lehman Bank e outros terem beneficiado da Queda da Bolsa de 1929. [12] O presidente da Comissão Bancária do Congresso, Louis McFadden (D-NY) disse sobre a Grande Depressão, "Não foi um acidente. Foi uma ocorrência cuidadosamente planeada… Os banqueiros internacionais pensaram criar uma situação de desespero aqui para poderem surgir como dominadores de todos nós".

O senador Gerald Nye (D-ND), em 1936, presidiu a uma investigação sobre munições. Nye concluiu que a Casa de Morgan tinha feito os EUA mergulharem na I Guerra Mundial para proteger empréstimos e criar uma explosão na indústria de armamento. Nye produziu mais tarde um documento intitulado The Next War, que se referia cinicamente à "fraude contra a velha deusa da democracia", através da qual o Japão podia ser utilizado para atrair os EUA para a II Guerra Mundial.

Em 1937, o secretário do Interior, Harold Ickes, alertou para a influência das "60 Famílias da América". O historiador Ferdinand Lundberg posteriormente escreveu um livro exactamente com o mesmo título. O juiz do Supremo Tribunal, William O. Douglas, condenou, "a influência de Morgan… a mais perniciosa na indústria e na finança de hoje".

Jack Morgan respondeu empurrando os EUA para a II Guerra Mundial. Morgan tinha estreitas relações com as famílias Iwasaki e Dan – dois dos clãs mais ricos do Japão – que são donos da Mitsubishi e da Mitsui, respectivamente, visto que estas empresas saíram dos xogunatos do século XVII. Quando o Japão invadiu a Manchúria, chacinando camponeses chineses em Nanking, Morgan minimizou o incidente. Morgan também tinha relações estreitas com o fascista italiano Benito Mussolini, enquanto que o nazi alemão Dr. Hjalmer Schacht foi uma ligação do Morgan Bank durante a II Guerra Mundial. Depois da guerra, representantes do Morgan encontraram-se com Schacht no Banco de Compensações Internacionais (BIS) em Basileia, na Suíça. [13]

A Casa de Rockefeller 

O BIS é o banco mais poderoso do mundo, um banco central global das Oito Famílias que controlam os bancos centrais privados de quase todos os países ocidentais e em desenvolvimento. O primeiro presidente do BIS foi o banqueiro Gates McGarrah de Rockefeller – funcionário do Chase Manhattan e do Federal Reserve. McGarrah era avô do antigo director da CIA, Richard Helms. Os Rockefellers – tal como os Morgans – tinham estreitas ligações a Londres. David Icke escreve em ' Children of the Matrix' , que os Rockefellers e os Morgans eram apenas 'mandaretes' dos Rothschilds europeus. [14]

O BIS é propriedade do Federal Reserve, do Banco de Inglaterra, do Banco da Itália, do Banco do Canadá, do Banco Nacional Suíço, do Banco da Holanda, do Bundesbank e do Banco da França.
O historiador Carroll Quigley escreveu no seu livro épico ' Tragedy and Hope' que o BIS foi produto de um plano, "para criar um sistema mundial de controlo financeiro em mãos privadas capaz de dominar o sistema político de cada país e a economia do mundo no seu todo… para ser controlado de modo feudal pelos bancos centrais mundiais, actuando concertadamente através de acordos secretos".

O governo dos EUA tinha uma desconfiança histórica do BIS, e esforçou-se em vão pela sua destruição na Conferência Bretton Woods em 1944, após a II Guerra Mundial. Pelo contrário, o poder das Oito Famílias saiu reforçado, com a criação em Bretton Woods do FMI e do Banco Mundial. O Federal Reserve dos EUA só adquiriu acções no BIS em Setembro de 1994. [15]

O BIS detém pelo menos 10% das reservas monetárias de pelo menos 80 bancos centrais mundiais, do FMI e de outras instituições multilaterais. Funciona como agente financeiro de acordos internacionais, reúne informações sobre a economia global e serve de prestamista de último recurso para impedir um colapso financeiro global.

O BIS promove um programa capitalista fascista de monopólio. Concedeu um empréstimo a curto prazo à Hungria nos anos 90 para garantir a privatização da economia daquele país. Serviu de canal para as Oito Famílias financiarem Adolf Hitler – dirigido por J. Henry Schroeder dos Warburgs e pelo Banco Mendelsohn de Amesterdão. Muitos investigadores afirmam que o BIS está no nadir da lavagem de dinheiro da droga global. [16]

Não é por acaso que o BIS tem a sua sede na Suíça, esconderijo preferido para a riqueza da aristocracia global e sede da Loja Alpina P-2 da Maçonaria italiana e da Internacional Nazi. Outras instituições que as Oito Famílias controlam incluem o Fórum Económico Mundial, a Conferência Monetária Internacional e a Organização Mundial do Comércio.

Bretton Woods foi uma bênção para as Oito Famílias. O FMI e o Banco Mundial foram fundamentais para esta "nova ordem mundial". Em 1944, as primeiras acções do Banco Mundial foram lançadas por Morgan Stanley e First Boston. A família francesa Lazard passou a estar mais envolvida nos interesses da Casa de Morgan. Os Lazard Frères – o maior banco de investimentos da França – é propriedade das famílias Lazard e David-Weil – descendentes dos antigos banqueiros genoveses representados por Michelle Davive. Um recente presidente e director executivo do Citigroup foi Sanford Weill.

Em 1968 a Morgan Guaranty lançou o Euro-Clear, um banco de compensação com sede em Bruxelas, para valores em eurodólares. Foi a primeira experiência automatizada do género. Houve quem chamasse ao Euro-Clear de "A Besta". Bruxelas é a sede do novo Banco Central Europeu e da NATO. Em 1973, funcionários da Morgan reuniram-se secretamente nas Bermudas para ressuscitar ilegalmente a velha Casa de Morgan, vinte anos antes da revogação da Lei Glass Steagal. Morgan e os Rockefellers apoiaram financeiramente a Merrill Lynch, atirando-a para o grupo dos 5 Grandes da banca de investimentos norte-americana. Merrill faz actualmente parte do Bank of America.

John D. Rockefeller utilizou a sua riqueza petrolífera para comprar a Equitable Trust, que tinha absorvido vários grandes bancos e empresas nos anos 20. A Grande Depressão ajudou a consolidar o poder de Rockefeller. O seu Chase Bank fundiu-se com o Manhattan Bank de Kuhn Loeb para formar o Chase Manhattan, consolidando uma antiga relação familiar. Os Kuhn-Loebs tinham financiado – juntamente com os Rothschilds – a tentativa de Rockefeller para ser o rei do petróleo. O National City Bank de Cleveland forneceu a John D. o dinheiro necessário para entrar nesta monopolização da indústria petrolífera dos EUA. O banco foi identificado nas audições do Congresso como um dos três bancos de propriedade dos Rothschilds nos EUA durante a década de 1870, quando Rockefeller começou por incorporar a Standard Oil de Ohio. [17]

Um dos sócios de Rockefeller da Standard Oil era Edward Harkness, cuja família veio a controlar o Chemical Bank. Um outro era James Stillman, cuja família controlava o Manufacturers Hanover Trust. Estes dois bancos fundiram-se sob a égide de JP Morgan Chase. Duas das filhas de James Stillman casaram-se com dois dos filhos de William Rockefeller. As duas famílias também controlam uma enorme fatia do Citigroup. [18]

Na área dos seguros, os Rockefellers controlam o Metropolitan Life, a Equitable Life, a Prudential e a New York Life. Os bancos Rockefeller controlam 25% do activo dos 50 maiores bancos comerciais norte-americanos e 30% do activo das 50 maiores companhias de seguros. [19] As companhias de seguros – a primeira nos EUA foi fundada por mações através da Woodman's of America – desempenham um papel chave na lavagem do dinheiro da droga nas Bermudas.

As empresas sob o controlo de Rockefeller incluem a Exxon Mobil, a Chevron Texaco, a BP Amoco, a Marathon Oil, a Freeport McMoran, a Quaker Oats, a ASARCO, a United, a Delta, a Northwest, a ITT, a International Harvester, a Xerox, a Boeing, a Westinghouse, a Hewlett-Packard, a Honeywell, a International Paper, a Pfizer, a Motorola, a Monsanto, a Union Carbide e a General Foods.

A Fundação Rockefeller tem ligações financeiras estreitas com as Fundações Ford e Carnegie. Outras iniciativas filantrópicas da família incluem o Rockefeller Brothers Fund, o Instituto Rockefeller de Pesquisa Médica, o Conselho Geral da Educação, a Universidade Rockefeller e a Universidade de Chicago – que tem preparado um fluxo permanente de economistas de extrema direita como defensores do capital internacional, incluindo Milton Friedman.

A família possui o edifício Rockefeller Plaza, 30, onde todos os anos se ilumina a árvore de Natal nacional e o Rockefeller Center. David Rockefeller foi fundamental na construção das torres do World Trade Center. A principal casa da família Rockefeller é um deselegante complexo a norte do estado de Nova Iorque, conhecido por Pocantico Hills. Também possuem um duplex de 32 quartos na 5ª Avenida em Manhattan, uma mansão em Washington, DC, o Rancho Monte Sacro na Venezuela, plantações de café no Equador, várias fazendas no Brasil, uma propriedade em Seal Harbour, no Maine e casas de férias nas Caraíbas, no Havai e em Porto Rico. [20]

As famílias Dulles e Rockefeller são primos. Allen Dulles criou a CIA, deu assistência aos nazis, encobriu o assassínio de Kennedy à Comissão Warren e fechou um acordo com a Irmandade Muçulmana para criar assassinos controlados psicologicamente. [21]

O irmão John Foster Dulles presidiu às garantias falsificadas da Goldman Sachs antes da queda da bolsa de 1929 e ajudou o irmão a derrubar governos no Irão e na Guatemala. Eram ambos membros da Skull & Bones, do Council on Foreign Relations (CFR) e mações do 33º grau. [22]

Os Rockefellers foram decisivos na formação do Clube de Roma, orientado para a redução da população, na propriedade da família em Bellagio, Itália. Criaram a Comissão Trilateral na sua propriedade Pocantico Hills. A família é um dos principais financiadores do movimento eugénico que gerou Hitler, a clonagem humana e a actual obsessão pelo ADN na comunidade científica norte-americana.

John Rockefeller Jr. chefiou o Conselho da População até à sua morte. [23] O seu filho homónimo é senador pela Virginia Ocidental. O irmão Winthrop Rockefeller foi vice-governador do Arcansas e continua a ser o homem mais poderoso daquele estado. Numa entrevista em Outubro de 1975 à revista Playboy, o vice-presidente Nelson Rockefeller – que também foi governador de Nova Iorque – articulou a perspectiva paternalista da sua família, "Acredito plenamente no planeamento – no campo económico, social, político, militar, no mundo inteiro".

Mas de todos os irmãos Rockefeller, foi David, o fundador da Comissão Trilateral (TC) e presidente do Chase Manhattan, quem levou a agenda fascista da família a uma escala global. Defendeu o Xá do Irão, o regime apartheid da África do Sul e a junta chilena de Pinochet. Foi o maior financiador do CFR, do TC e (durante a Guerra do Vietname) da Comissão para uma Paz Efectiva e Duradoura na Ásia – um contrato de bonança para os que não estavam envolvidos no conflito.

Nixon convidou-o para secretário do Tesouro, mas Rockefeller recusou o cargo, sabendo que o seu poder era muito maior ao leme do Chase. O autor Gary Allen escreve em ' The Rockefeller File'que, em 1973, "David Rockefeller reuniu-se com 27 chefes de estado, incluindo os governantes da Rússia e da China Vermelha".

Após o golpe do Nugan Hand Bank e da CIA, de 1975, contra o primeiro-ministro australiano Gough Whitlam, o seu sucessor designado pela Coroa britânica, Malcolm Fraser, correu aos EUA, onde se encontrou com o presidente Gerald Ford depois de ter conferenciado com David Rockefeller. [24]
01/Junho/2011

A seguir, parte II da série The Federal Reserve Cartel: The Freemason BUS & The House of Rothschild 

Notas 

[1] 10K Filings of Fortune 500 Corporations to SEC. 3-91 
[2] 10K Filing of US Trust Corporation to SEC. 6-28-95 
[3] "The Federal Reserve 'Fed Up'. Thomas Schauf. www.davidicke.com 1-02 
[4] The Secrets of the Federal Reserve. Eustace Mullins. Bankers Research Institute. Staunton, VA. 1983. p.179 
[5] Ibid. p.53 
[6] The Triumph of Conservatism. Gabriel Kolko. MacMillan and Company New York. 1963. p.142 
[7] Rule by Secrecy: The Hidden History that Connects the Trilateral Commission, the Freemasons and the Great Pyramids. Jim Marrs. HarperCollins Publishers. New York. 2000. p.57 
[8] The House of Morgan. Ron Chernow. Atlantic Monthly Press NewYork 1990 
[9] Marrs. p.57 
[10] Democracy for the Few. Michael Parenti. St. Martin's Press. New York. 1977. p.178 
[11] Chernow 
[12] The Great Crash of 1929. John Kenneth Galbraith. Houghton, Mifflin Company. Boston. 1979. p.148 
[13] Chernow 
[14] Children of the Matrix. David Icke. Bridge of Love. Scottsdale, AZ. 2000 
[15] The Confidence Game: How Un-Elected Central Bankers are Governing the Changed World Economy. Steven Solomon. Simon & Schuster. New York. 1995. p.112 
[16] Marrs. p.180 
[17] Ibid. p.45 
[18] The Money Lenders: The People and Politics of the World Banking Crisis. Anthony Sampson. Penguin Books. New York. 1981 
[19] The Rockefeller File. Gary Allen. '76 Press. Seal Beach, CA. 1977 
[20] Ibid 
[21] Dope Inc.: The Book That Drove Kissinger Crazy. Editors of Executive Intelligence Review. Washington, DC. 1992 
[22] Marrs. 
[23] The Rockefeller Syndrome. Ferdinand Lundberg. Lyle Stuart Inc. Secaucus, NJ. 1975. p.296 
[24] Marrs. p.53 
[NT 1] Relatório 10-K : É o relatório anual exigido pela Comissão de Garantias e Câmbios (SEC) dos EUA que dá um resumo abrangente da actividade duma empresa com um património superior a 10 milhões de dólares. A Fortune 500 é uma lista anual publicada pela revista Fortune que lista as maiores 500 empresas norte-americanas. 
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[*] Autor de Big Oil & Their Bankers in the Persian Gulf ; Four Horsemen, Eight Families & Their Global Intelligence, Narcotics & Terror Network The Grateful Unrich: Revolution in 50 Countries . Seu blog: http://deanhenderson.wordpress.com/ 

O original encontra-se em http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=25080
Tradução de Margarida Ferreira.

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/

terça-feira, 5 de julho de 2011

O bom moço Luciano Huck é multado pela Justiça Federal por mandar construir praia privativa para gente diferenciada



Do Blog da Rosana Hermann


Na capa do portal R7 há uma chamada no canal de Entretenimento que leva a um post do blog da Fabíola Reipert. A manchete, como você pode ver, diz: "Justiça multa Huck em R$40 mil por 'roubar' praia'.
 
Clicando no link você vai saber o que aconteceu.

Segundo Fabíola:  "A Justiça Federal de Angra dos Reis (RJ) condenou o marido de Angélica a pagar R$ 40 mil de multa por ter improvisado uma praia particular em sua casa na Ilha das Palmeiras sem pedir licença ambiental.Ele fez um cercadinho (não é puxadinho, hein!) no mar , colocando boias para afugentar pessoas diferenciadas e paparazzi. Se ele não tirar as cordinhas e as boias, terá de pagar, além da multa, mais R$ 1.000 por dia de desobediência."

(Update - o jornal O Dia publicou uma matéria completa, link aqui. )

Procurei pela mesma notícia em outros sites para tentar 'ver' a tal praia, as boias e o cercadinho. Sempre acho que na Internet tudo é uma questão de saber procurar. E, de fato, em muitos casos, é isso mesmo.Fui ver a notícia no EGO. 


hucknoego 633x640 As boias da praia particular de Luciano Huck

O EGO, que costumo criticar, dessa vez acertou. Apesar da foto incompreensível (uma foto em dois tempos, menor e maior, pra quê, D'us meu? Obrigada, Ailin Aleixo, por me avisar: a foto é ensaio da @Revista_Alfa) o texto é bem completo e esclarecedor. A nota traz o nome da juíza, o nome da ilha onde fica a casa e a explicação de Huck de que as boias serviriam para 'maricultura', ou seja, criação de ostras, mariscos e outros quetais. Não colou. A Juiza condenou o apresentador e pronto.

E aí eu pensei: Ilha das Palmeiras? Será que dá pra ver no Google Earth. Fui ao Google Earth e achei a bela Ilha das Palmeiras em Angra dos Reis.


acheiailha As boias da praia particular de Luciano Huck


Mas...onde fica a casa? Procurei um pouco mais e achei uma foto neste fórum, com uma imagem da casa do Luciano Huck. Ficou mais fácil de encontrar. Na foto você vê uma rede, mas não parece ser a tal 'boia'. Vamos em frente.
casadehuckfoto As boias da praia particular de Luciano Huck


Voltei para o Google Earth e achei algo que realmente parecia ser a casa de Luciano Huck e uma linha de 'boias' delimitando uma praia. Dando um zoom na parte sul da ilha, você vai encontrá-la também. 


boiasemzoom As boias da praia particular de Luciano Huck


E, finalmente, para corroborar a teste de que eu estava mesmo vendo a linha de boias na praia, encontrei um vídeo, que não deixa a menor dúvida.

E um frame do vídeo com as boias.


filadeboias1 As boias da praia particular de Luciano Huck


Obrigada a todos pelo crowdsourcing. Sem compartilhar, não há como postar.

Consta que Luciano Huck vai recorrer da decisão.

O brasileiro gosta de uma teoria da conspiração

Blog do Sakamoto (texto inteligente, mas um pouco ingênuo)


Brasília – O que seria do mundo sem teorias da conspiração? Não apenas a vida seria menos divertida e romântica, como teríamos também que assumir muitas de nossas responsabilidades sem jogar a culpa no desconhecido, no oculto, no estrangeiro.

“Censura! Isso é um absurdo!” Tenho amigos jornalistas que cismam rotineiramente serem vítimas da “Mão Peluda” (entidade que realmente faz vítimas em algumas redações), tendo seus textos alterados. Dizem na mesa de bar que há um complô contra eles, do dono do veículo de comunicação à Santa Sé. O problema é que não aceitam, nem que a vaca tussa, que suas apurações podem ser muito ruins.

Outra teoria famosa é aquela em que os estrangeiros querem destacar a Amazônia do restante do país, ocupando-a com forças militares. Quem curte essa cita, como argumento irrefutável, livros didáticos obscuros com mapas esquisitos (escritos provavelmente na Springfield dos Simpsons) ou documentos com planos mirabolantes de tomar a maior floresta tropical do mundo. Faz muito sucesso entre militares da reserva e desocupados em geral. Mas não respondem uma pergunta básica: para que ter o trabalhão de tomar conta daquela bagunça fundiária, se as riquezas já fluem para fora da Amazônia através de empresas brasileiras e estrangeiras? Empresas que, aliás, adoram financiar políticos nacionalistas que são chegados numa teoria da conspiração.

Variante dessa é a de que devolver terras aos indígenas em regiões de fronteira, demarcando e homologando territórios, pode fomentar a independência desses povos do restante do Brasil. A solução seria manter arrozeiros e outros produtores rurais, muitas vezes ocupantes ilegais das áreas e que adotam uma política de terra arrasada no trato ambiental. Porque estes sim são confiáveis e estão lá para desenvolver o país. Qual a razão de alguém dar ouvidos a uma teoria da conspiração ruralista eu não sei, mas tem sempre um chinelo velho para um pé cansado, né? Novamente, vale a pena checar de onde vieram as doações de campanha de quem diz isso para ver seus interesses. E, até onde eu saiba, os territórios indígenas nunca realizaram um plebiscito ou montaram uma campanha de guerra nesse sentido. Pelo contrário, querem é mais atenção do governo federal.

Poderíamos passar o dia listando outras teorias deliciosas sobre o “inimigo externo” criadas para encobrir interesses internos. O fato é que essa ameaça forjada com propósitos, sem rosto, sem nome, mas tornada gigante pela fala de oradores e especialistas sem preocupação com a realidade, mexe com o imaginário popular. São eles, os outros, contra nós. E, por identidade reativa, passo a detestar o outro sem conhecê-lo.

A mais recente teoria conspiratória é a de que as organizações e pessoas contrárias às mudanças que diminuem direitos ambientais no Código Florestal ou à construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte são compradas por governos e entidades estrangeiros ou inocentes úteis a serviço daquele inimigo externo. Há até um documento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) circulando por aí que lista organizações nacionais e estrangeiras envolvidas no debate de Belo Monte, mostrando relações de parceria e financiamento.

(Antes que eu me esqueça: o documento é tão, mas tão profundo, que a Abin deve ter usado uma ferramenta que poucos têm acesso para encontrar as informações e produzi-lo. Tipo o Google.)

Tudo isso vai por uma linha de raciocínio que reduz quem não concorda com ela a pessoas sacanas ou ignorantes. Ou seja, quem defende um desenvolvimento sustentável e o direito das populações tradicionais frente ao crescimento econômico sem limites age de má fé (representando interesses estrangeiros para ganho próprio) ou é ingênuo (e não percebe que está sendo usado pelo inimigo). Nada sobre uma terceira opção: pessoas que discordem da forma como é alcançado o progresso e que acreditam que o sucesso econômico sem garantir dignidade e qualidade de vida à esta e às futuras gerações não nos serve e está fadado ao fracasso. Além do mais, um dos pilares da democracia é exatamente o direito à divergência e à sua livre expressão.

O Brasil vai alcançar seu ideal de nação não quando for o celeiro do planeta ou quando tiver um assento entre os grandes, mas no momento em que seus filhos e filhas tiverem a certeza de que não serão expulsos de suas comunidades tradicionais para dar lugar a plantações de arroz e hidrelétricas. Que não serão escravizados em fazendas de gado e cana gerando lucros no altar da competitividade. Que não precisarão cruzar os dedos para que o clima não enlouqueça e um rio invada sua casa ou seu carro.

É claro que existem ONGs canalhas, mas da mesma forma que empresas e governos desqualificados. Contudo, ainda não vi documentos da Abin falando sobre a degradação ambiental, social, trabalhista causada por multinacionais estrangeiras que têm interesse no “progresso”. Volto a falar: a Amazônia já está internacionalizada. E não é de agora. Desde o último período militar, a pilhagem do capital internacional corre solta pela Amazônia, Cerrado e Pantanal, passando por cima de populações tradicionais, camponeses e trabalhadores rurais como rolo compressor.

Sabe o que é mais legal de tudo isso? Durante a Gloriosa, muitas das pessoas que se dizem de esquerda e lutavam contra os verde-oliva pediram e receberam apoio de organizações internacionais de direitos humanos. Sem elas, alguns deles nem estariam aqui para fazer besteira. Agora que os tempos são outros e essas pessoas alçaram ao poder, a necessária solidariedade internacional (uma vez que a defesa da dignidade humana não pode conhecer fronteiras) é vista como ameaça contra a soberania brasileira.

Em outras palavras, quando meu próprio Estado se omite diante do comportamento irresponsável de setores da iniciativa privada ou é ele mesmo perpetrador de crimes, eu não posso pedir ajuda a ninguém?

ABIN identifica as ONGs estrangeiras que boicotam Belo Monte

Do Conversa Afiada (leia abaixo das imagens texto do glorioso Paulo Henrique Amorim)



(clique na imagem para ampliar)

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(clique na imagem para ampliar)
(clique na imagem para a
O relatório de inteligência no. 251/82260, de 9 de maio de 2011, da Agência Brasileira de Inteligência, a ABIN, identifica, uma por uma, as organizações estrangeiras que boicotam a construção da Usina de Belo Monte.

Como se sabe, Belo Monte será a terceira maior hidrelétrica do mundo, que não vai alagar uma única moradia, um puxadinho, uma lavoura de indígena brasileiro.

E significará um passo decisivo na estratégia para o Brasil assegurar uma matriz energética limpa, renovável – e genuinamente nacional.

Essas organizações identificadas pela ABIN mantêm uma relação de afinidade ideológica estrutural com os grupos “verdistas” que se opõem, por exemplo, ao Código Florestal.

O Código, da mesma forma, cria o marco regulatório que preserva a integridade patrimonial do pequeno agricultor e assegura a expansão do grande empreendedor agrícola genuinamente brasileiro.

Atacar Belo Monte e acusar o Código de “perdoar o desmatador”e Belo Monte de “monstro” que vai “destruir a floresta” são a cara e a coroa dos mesmos interesses não-brasileiros.

O “verde” é a nova ideologia Metropolitana.

Não é à toa que a Bláblárina, desde sempre, foi a candidata que seguia a linha auxiliar do Cerra.

Porque o “verdismo” é uma nova forma de neoliberalismo.

Por falar nisso, interessante que o PT tenha tanta dificuldade de defender o “interesse nacional”.

O PT parece precisar, sempre, do aval dos Estados Unidos.

Da Metrópole.

Para não parecer bicho papão.

Enquanto estava na Casa Civil (como se sabe, ele foi embora pra não identificar os fregueses), Tony Palocci pressionou para que o Código  Florestal respeitasse a pressão dos estrangeiros.

O PT parece intimidado diante das ONGs americanas que boicotam Belo Monte e o Código.

(Os trabalhistas ingleses também são assim. Não querem dar a impressão de que defendem o interesse nacional inglês, contra os Estados Unidos. Foi numa dessas que o Tony Blair se enfiou no Iraque com o George Bush.)

O relatório da ABIN tem esse valor.

Dá nome aos bois.

Dos estrangeiros.

Dos brasileiros a gente, aos poucos, identifica por aqui.


Paulo Henrique Amorim