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sexta-feira, 22 de julho de 2011

DESPOLUIÇÃO DOS RIOS URBANOS: Porque não fazer?

Texto do amigo Paulo Henrique para refletir.
 
            Presenciamos neste final de semana no Estado da Paraíba uma tragédia ambiental de grande amplitude, as fortes chuvas. De acordo com os centros de meteorologias, choveu no nosso Estado, mais do que o esperado para todo o mês de julho. Da última sexta-feira até esta segunda choveu 142,4 mm. O esperado para o mês de julho era 236,6mm, informou a Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa).

Por conta disso, muitos lagos e rios sangraram e inundaram cidades. O governador estadual decretou situação de emergência em 26 municípios paraibanos, como por exemplo, o Rio Paraíba transbordou e inundou casas e estabelecimentos comerciais, causando transtornos para a cidade e principalmente para os moradores dos municípios de Santa Rita e Beyeux atingidos pelas inundações.

Quando essas tragédias naturais acontecem, a população começa a se questionar de quem é a culpa? De quem foi à falha? Uma coisa temos certeza: não é culpa de Deus e nem da chuva, obviamente.

O problema provém desde o início da formação das cidades. Na criação das cidades, não se levou em consideração os rios urbanos. Casas, prédios e ruas foram construídos desordenadamente, sem planejamento urbano.

Em seguida, no deparamos com a má conservação dos rios, onde lixos e entulhos são jogados sem nenhuma cautela. Vimos neste caso ausência de educação e desrespeito com o nosso meio ambiento.

E o problema agrava-se ainda mais, pela falta de infraestrutura urbana, onde deveria ser feito, regularmente, um trabalho de despoluição dos rios e tratamento das águas. 

Mas o problema só é visto e considerado grave, quando chega o inverno e com ele o aumento da quantidade de chuvas. Mas agora já é tarde, as cidades e casas já foram alagadas, pessoas já morreram e outras estão desabrigadas. O que resta apenas é trabalhar na limpeza urbana e dar assistência aos atingidos.

Enquanto o Poder Público e a sociedade não ter a real consciência da importância dos rios urbanos para o desenvolvimento das cidades, todo ano veremos essas tragédias naturais acontecerem. E cada vez mais com maiores consequências.

Projetos de despoluição e tratamentos dos rios devem ser posto em prática e serem visto com prioridades nas ações governamentais, seja ela, em âmbito federal, estadual e municipal.

 Deveríamos seguir o exemplo das “sábias formigas” que trabalham no verão para descansar no inverno.            

 
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Paulo Henrique Silva
Economista

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