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sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

2010: Brasil, uma nova China



Certamente, o Brasil já recebeu a sua parte justa do hype de investidores internacionais, dos economistas do desenvolvimento e do Comité Olímpico Internacional, que escolheu o Rio de Janeiro para os Jogos de 2016.

Mas à medida que 2010 se desenrola, a distância entre o Brasil e o restante dos BRICs só vai crescer. A Rússia há muito tempo desistiu da corrida, como as geladas e autoritárias tendências de Putin tornaram-se mais aparentes, assustando o dinheiro estrangeiro. A Índia ainda está crescendo fortemente, mas o país está preso em uma região instável com ameaças de todos os lados. A China, é claro, ainda é o deleite dos endinheirados internacionais, mas uma série de riscos — uma bolha imobiliária ou acionária, conflitos étnicos, uma catástrofe ambiental — pairam no horizonte.

Para o Brasil, tudo se passa de modo mais favorável. A economia vai crescer 8 por cento em 2010. Explorar a nova descoberta petrolífera em sua costa — a maior do Hemisfério Ocidental em três décadas — vai criar empregos para os brasileiros e trazer riquezas para o governo. (Essa descoberta irá também solidificar a invejável independência energética do Brasil.) Novos projetos de infra-estrutura estão em desenvolvimento à medida em que o país se prepara para os Jogos Olímpicos de 2016. A eleição presidencial do próximo ano provavelmente será um tédio, mas isso apenas porque é difícil ofuscar o próprio Brasil hoje em dia.

Tradução: Wu Ming no Conversa Afiada



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