Acompanho esse caso pela internet.. e sinto, como pai que sou, que o drama vivido pelo pai de Sean dure tanto.
Ele é o PAI da criança e um cara decente e correto.
É um absurdo o que estão a fazer com pai e filho.
dezembro 17th, 2009 às 22:14
Normalmente, não costumo tratar destas questões aqui no blog. Mas não é possível deixar de ver que está sendo feita uma monstruosidade com este menino Sean Goldman, e com seu pai, o norteamericano David Goldman. Depois de cinco anos de luta judicial, decidem entregar-lhe o filho, do qual está afastado sem que haja, ao menos que seja de conhecimento público, uma razão concreta para que isso aconteça. Ele vem ao Brasil buscá-lo – e não é a primeira vez – e o Judiciário, tão lento em tanta coisa, supende a decisão em 24 horas.
Este menino está sendo criado em um ambiente que não disfarça a hostilidade ao pai. A mãe morreu e a família de seu segundo marido, muito influente nos meios jurídicos, vem conseguindo há anos impedir que o pai retome a sua natural guarda do menino. Ela só poderia ser retirada se houvesse contra ele qualquer situação de crime, maus-tratos, incapacidade. Mas não há.
Agora, este homem, às vésperas do Natal, vai ficar aqui, tão perto de seu filho, novamente impedido de vê-lo. “Foi uma covardia”, disse David. Sim, foi uma covardia.
Isso nada tem a ver com patriotismo. Isso é discriminação. Fosse David brasileiro, seria diferente, ou é por sua nacionalidade? Não é, diz a Justiça. Se há uma razão concreta para isso, qual é? Por que este homem há quatro anos é impedido sequer de ver seu filho, que foi levado de sua presença com apenas quatro anos de idade? Ou será que é pela influência da família do seu padrasto no meio judicial?
O que esta criança está passando? Que tipo de reflexos isso está tendo sobre ela, agora que tem nove anos? Avaliem que tipo de relação emocional ela pode ter com o pai, hoje?
Este episódio está expondo a Justiça brasileira. A imprensa brasileira só trata David como “pai biológico” . Que crueldade! Ao que se saiba, David nunca abandonou o filho.
Há uma carta de David na internet, onde toda a história é contada por ele. Vale a pena ler.
Que ao menos o espírito de Natal permita à Justiça brasileira apiedar-se da monstruosa situação que foi criada. Que se decida rápido e, enquanto isso, que se permita o acesso do pai ao filho e lhes forneçam apoio psicológico nesse reencontro. Que se lembrem que uma reação negativa de um menino que foi apartado do pai aos quatro anos e que hoje tem nove, criado pelos protagonistas desta luta judicial pode influenciar muito a reação da criança. O argumento da família do padrasto e dos avós maternos é que a criança não deseja estar com o pai. Poderia, depois de anos a pintarem-no como o demônio?
Em meio a tantos pais cruéias, que não hesitam em abandonar uma criança, será que a luta deste rapaz por seu filho, arruinando sua própria vida, não comove nosso juízes?
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