Um "blog sujo" desde 2 de setembro de 2009.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Le Monde elege Lula como o Homem do Ano 2009


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Gilles Lapouge, o veterano correspondente do Estado de S. Paulo em Paris, comenta no jornal paulista desta sexta-feira (25) a escolha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como 'personalidade do ano 2009' pelo jornnal Le Monde, que considera "o melhor periódico da França". Lapouge conclui, olhando a foto de Lula na capa do Monde, que a Providência desta vez "acertou em cheio", pois "valeu a pena". Veja o artigo.


O jornal Le Monde é o melhor periódico da França. Uma referência internacional. Na véspera do Natal, parte da sua primeira página foi ocupada por uma figura sorridente, simpática, simples - o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Este ano, com efeito, e pela primeira vez, o Le Monde nomeou o brasileiro "personalidade do ano", como faz na América Latina o Times.

O diretor do jornal explicou as razões. "Barack Obama? Ele merecia essa indicação no ano passado, mais do que este ano. Putin? Ou Mahmoud Ahmadinejad? Não, Le Monde pretende ser um jornal de reconstrução e de esperança. Na linha do "positivismo de Auguste Comte", ele toma o partido dos "homens de boa vontade".

Um retrato de Lula foi feito pelo correspondente do jornal no Brasil, Jean-Pierre Langellier. O fio condutor? O Brasil, que há tanto tempo tinha o rótulo interessante, mas deprimente de "país do futuro", encontrou finalmente o seu futuro. "Como um gigante por muito tempo adormecido, ele acorda, se endireita, se estica, descobre os seus músculos e olha longe, para além da sua própria imensidão, para o mundo, que aspira ser um dos principais protagonistas".

No texto, ele ressalta a espontaneidade do presidente. "Sua autoridade natural, seu carisma, seu humor despertam simpatia e respeito. Tão à vontade nas favelas quanto nas sessões de foto na primeira fila ao lado de chefes de Estado seus pares, Lula é popular aqui e lá".

Jean-Pierre Langellier destaca também a impressão que Lula provocou em outro homem fascinante, Barack Obama. Lula foi o primeiro dirigente americano a ir à Casa Branca e Obama recebeu-o, dizendo "ele é o cara". Mais adiante, acrescenta que "Lula foi o seu próprio herói. À força da inteligência, coragem e obstinação, ele se forjou um destino improvável que é um exemplo para os mais humildes".

Langellier fala dos discursos de Lula. "Sua trajetória fora do comum é confirmada por suas palavras. Quando ele evoca o destino dos camponeses do Nordeste obrigados a beber água suja do rio, ou a epopeia dos migrantes, desenraizados como ele e que se tornaram metalúrgicos na periferia de São Paulo, sua palavra é legítima". Mesmos nos raros momentos em que Lula se autoriza ser mais vulgar, sua palavra ainda assim tem algum peso. Como quando disse "quero tirar o povo da merda onde ele se encontra".

E Langellier continua com um desfile de sucessos e triunfos do Brasil, por exemplo em matéria econômica, mas insiste sobretudo na dimensão internacional que Lula quis, obstinadamente, se dar.

Há muito tempo, Lula declarou: "Quero mudar a geografia política e econômica do mundo. O Brasil não pode ficar sentado na cadeira esperando ser descoberto".

E seguem algumas etapas dessa subida do Brasil para as grandes cúpulas. A elevação do G-20, do qual Lula é um membro ativo, à condição de diretório informal da economia mundial e, depois, essa chacota de Lula: "Gostaria de passar à posteridade como o primeiro presidente brasileiro que deu dinheiro ao FMI. Emprestar para o FMI não é chique?". Em 2009, o Brasil emprestou US$ 1,3 bilhão ao Fundo Monetário Internacional.

Quando terminamos de ler o longo artigo de Langellier, voltamos à primeira página. E olhamos longamente a foto do presidente brasileiro.

E nos dizemos que a Providência ou o destino dos povos, tão cega, tão mal inspirada ou tão frívola no geral, desta vez acertou em cheio. Uma figura simpática como essa, realmente vale a pena.





2010: Brasil, uma nova China



Certamente, o Brasil já recebeu a sua parte justa do hype de investidores internacionais, dos economistas do desenvolvimento e do Comité Olímpico Internacional, que escolheu o Rio de Janeiro para os Jogos de 2016.

Mas à medida que 2010 se desenrola, a distância entre o Brasil e o restante dos BRICs só vai crescer. A Rússia há muito tempo desistiu da corrida, como as geladas e autoritárias tendências de Putin tornaram-se mais aparentes, assustando o dinheiro estrangeiro. A Índia ainda está crescendo fortemente, mas o país está preso em uma região instável com ameaças de todos os lados. A China, é claro, ainda é o deleite dos endinheirados internacionais, mas uma série de riscos — uma bolha imobiliária ou acionária, conflitos étnicos, uma catástrofe ambiental — pairam no horizonte.

Para o Brasil, tudo se passa de modo mais favorável. A economia vai crescer 8 por cento em 2010. Explorar a nova descoberta petrolífera em sua costa — a maior do Hemisfério Ocidental em três décadas — vai criar empregos para os brasileiros e trazer riquezas para o governo. (Essa descoberta irá também solidificar a invejável independência energética do Brasil.) Novos projetos de infra-estrutura estão em desenvolvimento à medida em que o país se prepara para os Jogos Olímpicos de 2016. A eleição presidencial do próximo ano provavelmente será um tédio, mas isso apenas porque é difícil ofuscar o próprio Brasil hoje em dia.

Tradução: Wu Ming no Conversa Afiada



sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Cop 15 Brasil dá aula de estratégia

United Nations - Climate Change Conference - Dec 07 - Dec 18 2009




Dilma e Lula dão aula de estratégia sobre negociações de estado em Copenhague.

Enquanto Serra procura celebridades de Hollywood para sair na foto em capas de jornais, e Marina Silva procura gestos simbólicos para agradar ONG's internacionais, Lula e Dilma fazem um jogo de mestre.

Dilma e Lula dizem que vão contribuir com US$ 5 bilhões para países pobres. Mas de que forma é essa contribuição?

Não é dando um cheque em branco para países ricos decidirem o que fazer com ele, como sugeriram Marina Silva (PV/AC) e José Serra (PSDB/SP).

É através de transferência de tecnologia para produção de etanol a países pobres, onde normalmente haveria cobrança de royalties.

Dessa forma o Brasil atinge 4 objetivos:

1) melhoria ambiental em si, com redução das emissões de gas-estufa, substituindo parte do petróleo por biocombustíveis;

2) coloca os países ricos em uma "sinuca de bico", para manterem seu protecionismo agrícola contra o etanol produzido nos países pobres;

3) ajuda a economia dos países pobres a se desenvolverem;

4) desenvolve a economia da indústria brasileira de equipamentos na cadeia produtiva do etanol;

É importante observar o objetivo 4 acima. O Brasil não está apenas sendo bonzinho com os países pobres, ao renunciar a royalties de tecnologia, e ainda ajudar outros países a serem "concorrentes" na venda de etanol. Está sendo humanitário também, mas não apenas. Os alvos do Brasil são:

- o objetivo brasileiro não é vender apenas a "commodity" etanol. É sobretudo liderar a indústria de equipamentos para produção de biocombustíveis e exportar estes equipamentos e serviços tecnológicos. Da mesma forma que o pré-sal não quer apenas vender petróleo, mas desenvolver a produção de equipamentos da indústria petrolífera no Brasil.

- Não adianta querer cobrar royalties de países pobres que não tem dinheiro para pagar. É mais inteligente ajudar esses países a enriquecerem, vendendo para países ricos e ganhando dinheiro destes países, para depois terem dinheiro para pagar por tecnologia brasileira.

- Se a produção de etanol não for diversificada entre vários países do mundo, ele não se viabiliza como commodity internacional. O quase monopólio de um país como o Brasil produzindo etanol, daria poderes demais ao Brasil de definir preços e restringir a oferta, causando insegurança aos países compradores. Isso incentivaria o protecionismo, como acontece nos EUA com o subsídio ao etanol ineficiente do milho, por razões de segurança energética.

Dilma e Lula em vez de dar um cheque aos países ricos, caminham para dar outro tipo de XEQUE, um xeque-mate.

Fonte: Amigos do Presidente Lula

Conferência Nacional de Comunicação




 

Crueldade judicial contra um pai e seu filho

Acompanho esse caso pela internet.. e sinto, como pai que sou, que o drama vivido pelo pai de Sean dure tanto.


Ele é o PAI da criança e um cara decente e correto.


É um absurdo o que estão a fazer com pai e filho.


Peço a Deus que resolva isso, porque pela vontade dos "homens", tá difícil.






dezembro 17th, 2009 às 22:14
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Normalmente, não costumo tratar destas questões aqui no blog. Mas não é possível deixar de ver que está sendo feita uma monstruosidade com este menino Sean Goldman, e com seu pai, o norteamericano David Goldman. Depois de  cinco anos de luta judicial, decidem entregar-lhe o filho, do qual está afastado sem que haja, ao menos que seja de conhecimento público, uma razão concreta para que isso aconteça. Ele vem ao Brasil buscá-lo – e não é a primeira vez – e o Judiciário, tão lento em tanta coisa, supende a decisão em 24 horas.


Este menino está sendo criado em um ambiente que não disfarça a hostilidade ao pai. A mãe morreu e a família de seu segundo marido, muito influente nos meios jurídicos, vem conseguindo há anos impedir que o pai retome a sua natural guarda do menino. Ela só poderia ser retirada se houvesse contra ele qualquer situação de crime, maus-tratos, incapacidade. Mas não há.


Agora, este homem, às vésperas do Natal, vai ficar aqui, tão perto de seu filho, novamente impedido de vê-lo. “Foi uma covardia”, disse David. Sim, foi uma covardia.


Isso nada tem a ver com patriotismo. Isso é discriminação. Fosse David brasileiro, seria diferente, ou é por sua nacionalidade?  Não é, diz a Justiça. Se há uma razão concreta para isso, qual é?  Por que este homem há quatro anos é impedido sequer de ver seu filho, que foi levado de sua presença com apenas quatro anos de idade? Ou será que é pela influência da família do seu padrasto no meio judicial?


O que esta criança está passando? Que tipo de reflexos isso está tendo sobre ela, agora que tem nove anos? Avaliem que tipo de relação emocional ela pode ter com o pai, hoje?


Este episódio está expondo a Justiça brasileira. A imprensa brasileira só trata David como “pai biológico” . Que crueldade! Ao que se saiba, David nunca abandonou o filho.


Há uma carta de David na internet, onde toda a história é contada por ele. Vale a pena ler.


Que ao menos o espírito de Natal permita à Justiça brasileira apiedar-se da monstruosa situação que foi criada. Que se decida rápido e, enquanto isso, que se permita o acesso do pai ao filho e lhes forneçam apoio psicológico nesse reencontro. Que se lembrem que uma reação negativa de um menino que foi apartado do pai aos quatro anos e que hoje tem nove, criado pelos protagonistas desta luta judicial pode influenciar muito a reação da criança. O argumento da família do padrasto e dos avós maternos é que a criança não deseja estar com o pai. Poderia, depois de anos a pintarem-no como o demônio?


Em meio a tantos pais cruéias, que não hesitam em abandonar uma criança, será que a luta deste rapaz por seu filho, arruinando sua própria vida, não comove nosso juízes?

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Telefonica tenta calar blogueiro

 telefonica


A Telefonica de Espana tenta assustar blogueiro com ameaça de processo. Só que agora pode ocorrer o contrário: o blogueiro Virgilio Freire processar a Telefonica por calúnia.

Segundo a notificação, estaria a empresa telefônica a dizer que o blogueiro teria praticado a conduta descrita no art. 177 do CP... só que penso se tratar de crime próprio, aquele praticado por determinada categoria de pessoas... amanhã vou pesquisar num Código Penal comentado.

Vejam o post sobre o assunto:



 


 No dia 11 de Dezembro de 2009 fui procurado por um Oficial de Justiça, que me entregou uma Notificação Extra-Judicial da Telefonica. (Veja o documento abaixo). É um documento igual ao que foi entregue à Associação dos Engenheiros de Telecomunicações.

Assinado por TODOS os Diretores da Telefonica no Brasil - pelo jeito, receberam ordens de Madri para usar artilharia pesada.

Com o mesmo objetivo de amedrontar e silenciar nosso blog, de impedir a liberdade de expressão.

Uma tentativa fascistóide e autoritária de intimidação para impedir que eu continue a expressar minhas opiniões, minhas análises, e minhas conclusões, todas baseadas em documentos de conhecimento público.

Se a Telefonica e seus vassalos brasileiros se dessem ao trabalho de estudar minha vida, minha carreira, minhas atitudes e minha integridade, veriam o quanto é inútil uma tentativa deste tipo. Outros mais poderosos já tentaram, sem sucesso.

Segundo a Telefonica, ao me referir aos valores declarados como investimentos da empresa para o ano de 2008, não posso dizer que "estes valores são absurdos e improváveis". Porqê não? A Constituição Federal me dá este direito e, mais, estamos falando de uma concessão pública e, portanto, os investimentos realizados são matéria de largo interesse público e, ainda, objeto de fiscalização pelo órgão regulador, que infelizmente não fiscaliza.

Também não posso dizer que "Em suma, o balanço contém números fantásticos, fabulosos - de fábula, lembre"

Segundo a empresa espanhola, ao exprimir no blog minhas opiniões, conclusões, análises, cometi "crime tipificado no artigo 177, Inciso 1o, VI, do Código Penal.

A Telefonica afirma em seu Documento-Ameaça que fiz "acusações de fraude" - na verdade quem ler meus artigos sobre a Telefonica irá observar que NUNCA afirmo que houve fraude.

Uso a expressão "Indícios de Fraude" - qualquer cidadão tem direito de denunciar às autoridades indícios de fraude, que serão apurados pelos orgãos competentes, especialmente quando se trata de tema regulado pelo regime de concessão./div>

Sempre mostro as inconsistências dos números no balanço de 2008, explico o que significa cada um dos itens, e deixo ao leitor a liberdade de chegar a sua própria conclusão. Se existem "Indícios de Fraude" ou não.

Ou seja, quem afirma que houve fraude é a Telefonica, e não o blog.

O tom e o teor do documento da empresa são de uma truculência ímpar, inusitadas na cultura dos brasileiros - no entanto devem ser comuns na cultura espanhola.

A direção da Telefonica em Madri deve achar que está tratando com um povo sul-americano que pode ser tratado como os Aztecas, os Maias, os Incas, e todos os outros povos civilizados que os "Conquistadores" encontraram na America do Sul.

E que dizimaram aos milhares, levando seu ouro para a Espanha - tal como levam seus lucros questionáveis atualmente para Madri.

O documento da Telefonica me dá 48 horas (!!!!!!!!!!!!) para prestar esclarecimentos sobre oito itens, tais como:

- Se confirmo ter postado o texto sobre o sumiço dos dois bilhões de dólares da empresa.

- Qual meu interesse em postar o artigo acima.

Meu interesse é defender o cliente da Telefonica, é defender o cidadão brasileiro, é melhorar os serviços de telecomunicações no Estado de São Paulo, é fazer com que a Telefonica mostre de forma transparente e honesta os detalhes de seu balanço para o ano de 2008, indicando, para os investimentos, as seguintes informações:

- Quais os contratos assinados para os investimentos de 2008


- Com que empresas foram os referidos contratos assinados


- Cópia dos referidos contratos


- Condições de pagamento dos contratos


- Objeto dos referidos contratos (tipos e modelos dos equipamentos)


- Local onde os referidos equipamentos estão instalados, e permissão para que o público e a imprensa possam confirmar sua instalação.



Vale dizer que a Telefonica é uma empresa que atua no Brasil sob o sistema de CONCESSÃO, o que obriga a uma abertura total de suas contas, contratos, balanços, lucros, perdas, etc.


Ao contrário de uma fabricante de cerveja, como a AMBEV, a Telefonica funciona por delegação e concessão do poder público, do Estado Brasileiro, e portanto deve explicações ao público do nosso país.

O documento da Telefonica prossegue com questionamentos do tipo "se fui informado pela Associação dos Engenheiros de Telecomunicações de que havia contatado TODOS os fabricantes de equipamentos, e que NENHUM deles assinou qualquer contrato com a empresa no ano de 2008". A resposta está nos meus artigos no blog.

Os espanhóis exigem que eu indique DE QUEM recebi a informação acima.

Realmente o documento preparado pelos espanhóis deve ter se baseado em algum processo da Inquisição Espanhola, que tinha o poder de questionar qualquer pessoa, submeter à tortura, mutilar, e condenar à pena de morte.

Ou algum processo semelhante conduzido por ordens do Ditador Francisco Franco, que governou a Espanha por 34 anos, usando a polícia e a delação como instrumentos de controle da população. Na época da Inquisição e posteriormente no governo de Franco, os cidadãos eram incentivados, e até pagos, para informarem sobre "atividades subversivas" de seus vizinhos, amigos e até parentes.

O final do documento da Telefonica simplesmente exige que eu retire imediatamente o texto postado no blog, e que deva me "abster de fazer quaisquer acusações", sob pena de serem adotadas as mais veementes medidas jurídicas reparadoras".

Realmente, a Telefonica está com medo.

Um terrível medo de que a verdade venha à tona.

E neste pânico, tal como o homem fechado em um quarto escuro, golpeia à direita e à esquerda, sem saber onde está, sem saber o que faz, na ilusão de que qualquer ação é preferível à inação, pois assim os patrões em Madri irão achar que "providências estão sendo tomadas".

Na verdade, as "providências" que a empresa está tomando aqui no Brasil apenas reduzem o tempo em que serão mandados de volta para seu país. Para alívio da sociedade brasileira.

E neste desespero e nesse medo de que segredos sejam revelados, tenta atingir um dos direitos básicos dos brasileiros - a liberdade de expressão.

E tenta restringir também o direito dos leitores e dos internautas de serem informados de forma livre, democrática e através de múltiplos meios, fontes e canais de informação.


Esta é uma liberdade básica de que gozam TODOS os usuários da Internet.

Talvez na Espanha seja possível intimidar jornais, revistas, blogs, etc. No Brasil, Srs. da Telefonica, lutamos muito para reaver nossas liberdades, e a elas damos um enorme valor.


segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

El Pais: Lula personalidade do ano 2009

Personaje del año 2009



Este es un hombre cabal y tenaz, por el que siento una profunda admiración. Lo conocí en septiembre de 2004, tras la incorporación de España a la Alianza contra el Hambre que él lideraba, en una cumbre organizada por Naciones Unidas en Nueva York. No podía haber sido mejor la ocasión.

 Luiz Inácio Lula da Silva es el séptimo de los ocho hijos de una pareja de labradores analfabetos, que vivieron el hambre y la miseria en la zona más pobre del Estado brasileño nororiental de Pernambuco.
Tuvo que simultanear sus estudios con el desempeño de los más variopintos trabajos y se vio obligado a dejar la escuela, con tan sólo 14 años, para trabajar en la planta de una empresa siderometalúrgica dedicada a la producción de tornillos. En 1968, en plena dictadura militar, dio un paso que marcó su vida: afiliarse al Sindicato de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo y Diadema.

De la mano de este hombre, siguiendo el sendero abierto por su predecesor en la Presidencia, Fernando Henrique Cardoso, Brasil, en apenas 16 años, ha dejado de ser el país de un futuro que nunca llegaba para convertirse en una formidable realidad, con un brillante porvenir y una proyección global y regional cada vez más relevante. Por fin, el mundo se ha dado cuenta de que Brasil es muchísimo más que carnaval, fútbol y playas. Es uno de los países emergentes que cuenta con una democracia consolidada, y está llamado a desempeñar en las décadas siguientes un creciente liderazgo político y económico en el mundo, tal y como ya viene haciendo en América Latina con notable acierto.

Lula tiene el inmenso mérito de haber unido a la sociedad brasileña en torno a una reforma tan ambiciosa como tranquila. Está sabiendo, sobre todo, afrontar, con determinación y eficacia, los retos de la desigualdad, la pobreza y la violencia, que tanto han lastrado la historia reciente del país. Como consecuencia de ello, su liderazgo goza hoy en Brasil del respaldo y del aprecio mayoritarios, pero mucho más importante aún es la irreversible aceptación social de que todos los brasileños tienen derecho a la dignidad y la autoestima, por medio del trabajo, la educación y la salud.

Superando adversidades de todo orden, Lula ha recorrido con éxito ese largo y difícil camino que va desde el interés particular, en defensa de los derechos sindicales de los trabajadores, al interés general del país más poblado y extenso del continente suramericano. Sin dejar de ser Lula, en esa larga marcha ha conseguido, además, ilusionar a muchos millones de sus conciudadanos, en especial aquellos más humillados y ofendidos por el azote secular de la miseria, proporcionándoles los medios materiales para empezar a escapar de las secuelas de ese círculo vicioso.

Al mismo tiempo, en los siete años de su presidencia, Brasil se ha ganado la confianza de los mercados financieros internacionales, que valoran la solvencia de su gestión, la capacidad creciente de atraer inversiones directas, como las efectuadas por varias compañías españolas, y el rigor con que ha gestionado las cuentas públicas. El resultado es una economía que crece a un ritmo del 5% anual, que ha resistido los embates de la recesión mundial y está saliendo más fortalecida de la crisis.

Tras convertirse en el presidente que accedía al cargo con un mayor respaldo electoral, en su cuarto intento por lograrlo, Lula manifestó que es inaceptable un orden económico en el que pocos pueden comer cinco veces al día y muchos quedan sin saber si lograrán comer al menos una. Y apostilló: "Si al final de mi mandato los brasileños pueden desayunar, almorzar y cenar cada día, entonces habré realizado la misión de mi vida".

En ese empeño sigue este hombre honesto, íntegro, voluntarioso y admirable, convertido en una referencia inexcusable para la izquierda del continente americano al sur de Río Grande. Tiene una visión del socialismo democrático que pone el acento en la inclusión social y en la justicia medioambiental para hacer posible una sociedad más justa, decente, fraterna y solidaria.
Brasil ocupará pronto un lugar en el Consejo de Seguridad de Naciones Unidas, está a punto de convertirse en toda una potencia energética y en 2014 albergará el Campeonato Mundial de Fútbol.

Cuando nos vimos en octubre en Copenhague, Lula lloraba de felicidad, como un niño grande, porque Río de Janeiro acababa de ser elegida ciudad organizadora de los Juegos Olímpicos de 2016. La euforia que le inundaba no le impidió tener el temple necesario para venir a consolarme porque Madrid no había sido elegida y fundirnos en un abrazo.
A mí no me extraña nada que este hombre asombre al mundo.

José Luis Rodríguez Zapatero es presidente del Gobierno español.

Programa do PT na TV

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

VERGONHA: Polícia, para quem precisa de polícia?

O DEMÔnio tá se manifestanado em brasília (com b minúsculo): 

PaulOOtávio de Arruda sente saudades da Ditabranda, ops, Ditadura


A Polícia Militar tem que ser extinta. É ruim pros bandidos e pior pros cidadãos.



Violência Policial no ato Fora Arruda from Raul Cardoso on Vimeo.

O Demônio manda bater em crianças (estudantes)

O DEMÔnio (Arruda) mandou descer o pau nos estudantes.

A PM, paga com os impostos que os pais dessas crianças, demonstra sua covardia.



Enquanto isso, Arruda e PaulOOtávio enfiam dinheiro nas meias e nas cuecas.


E VCs de brasília, vão aceitar isso???




terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A eficiência das empresas privatizadas




A nossa conclusão final é a seguinte: o serviço 3G no Brasil precisa melhorar e muito! Basta pensar que esse teste foi feito na maior cidade do país... e mesmo aqui a qualidade dos serviços deixa tanto a desejar que é impossível selecionar um vencedor.

Em muitos locais onde determinada operadora pode ter bom desempenho, outras mal seguram as conexões por alguns minutos. Mesmo entre uma única operadora, o serviço não é homogêneo na cidade. Nossa recomendação é que, antes de contratar uma banda larga móvel, avalie o serviço em seu bairro ou bairros onde mais pretende usá-la. Mesmo assim, não há garantia de estabilidade.

Mas num panorama geral, o cenário é o seguinte: a Claro, que não vinha obtendo resultados satisfatórios logo na estréia do serviço, há 2 anos, e recebeu muitas reclamações, mostrou sensível melhora em velocidade e estabilidade. Mas os resultados ainda são muito divergentes.

A Vivo apresentou bom equilíbrio entre qualidade de sinal e cobertura, mas ainda deixa a desejar em muitas áreas da cidade.

A TIM tem cobertura bem menor que Claro e Vivo, mas o sinal costuma ser mais forte e as conexões caem menos. Quanto à Oi, estamos até agora nos perguntando onde estaria o seu 3G...

Boicote a Folha de SP

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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Não foi como noticiado

Mais uma vez o Presidente Lula dá uma aula de separação de poderes e respeito aos princípios republicanos.
A reforma política só precisa de um ponto fundamental: o financiamento público de campanha.





O destaque de uma frase do presidente Lula para dar títulos a notícias em portais e sites da internet está levando analistas e leitores a interpretações equivocadas.
Para tirar dúvidas quanto às respostas dadas pelo presidente às perguntas da imprensa sobre a operação Caixa de Pandora da Polícia Federal, que investiga denúncias de corrupção no Governo do Distrito Federal, com suposto envolvimento do governador José Roberto Arruda, reproduzimos o trecho integral da entrevista -- em vídeo e texto:



Jornalista: Presidente, como é que o senhor está acompanhando o escândalo envolvendo o governador Arruda, no Distrito Federal?
Presidente: Eu não estou acompanhando, eu não estou acompanhando, porque está na esfera da Polícia Federal. Se está na esfera da Polícia Federal, o Presidente da República não dá palpite. Espera a apuração, para depois falar alguma coisa. Vamos aguardar…
Jornalista: As imagens não falam por si ali, Presidente?
Presidente: Não, mas vamos aguardar. Imagem não fala por si. O que fala por si é todo o processo de apuração, todo o processo de investigação. Quando tiver toda a apuração, toda a investigação terminada, a Polícia Federal vai ter que apresentar um resultado final, um processo, aí anuncia. Aí você pode fazer juízo de valor. Mesmo assim, quem vai fazer juízo de valor final é a Justiça. O Presidente da República não pode ficar dando palpite, se é bom, se é ruim. Vamos aguardar a apuração.
Jornalista: Existem suspeitas, por exemplo, de que esse escândalo tenha vinculações também com questões de financiamento eleitoral. O Brasil já discutiu essa questão da reforma do financiamento eleitoral, mas não avançou. Como é que se resolve esse problema recorrente?
Presidente: Olha, eu tenho duas propostas, já, que eu mandei para o Congresso Nacional. Eu já mandei duas mini reformas políticas para o Congresso Nacional. Agora, não é o Poder Executivo que vota, no Congresso Nacional. Nós já mandamos… No ano passado mandamos uma. Mandamos uma, agora, com sete pontos importantes para serem votados, um deles é o financiamento público. Eu espero que o Congresso Nacional tenha maturidade para compreender que grande parte dos problemas que acontecem com dinheiro é a questão da estruturação partidária no Brasil. Então, vamos mudar urgentemente e fazer uma reforma política. Eu acho que a reforma política é condição fundamental para que a gente tente evitar que problemas como esse continuem ocorrendo no Brasil.

Inacreditável - leiam pelo menos o final


Foreign Policy: José Serra, uma reserva estratégica dos grupos internacionais inimigos da Petrobras



É impressionante a leitura, no site da Foreign Policy, do artigo “Brazil moves aggressively toward resource nationalism”, de Ian Bremmer, presidente do Eurasia Group de Nova York, de consultoria sobre risco global (algo assim). 

O artigo ataca com todas as letras o novo marco regulatório para a exploração e produção do Pré-sal, baseado no modelo de partilha, proposto pelo Governo Lula. Para Ian Bremmer, Lula está deixando de ser, aos olhos dos grandes grupos petrolíferos internacionais, uma alternativa política simpática, graças ao aprofundamento do controle do estado sobre o setor de energia. 

Em outras palavras, estão de olho no Pré-sal e não se conformam com o modelo de partilha. O artigo lamenta que, devido à alta popularidade de Lula, ninguém tenha coragem de se opor a ele, principalmente em ano eleitoral. “As multinacionais do petróleo estão cautelosas (...) e até mesmo José Serra, nome mais forte da oposição para a sucessão presidencial, prefere manter reservas sobre o assunto”. 

Ian Bremmer conclui o artigo com esse raciocínio magistral: “Se Serra ganhar, ele provavelmente reverterá a legislação. Mas seria um processo longo. Se Dilma vencer, a única esperança das multinacionais do petróleo será uma eventual vitória na Corte (referência ao STF, claro) sobre a constitucionalidade da reforma”. 

Inacreditável, vocês não acham. Fica evidente que as multinacionais do petróleo contam como aliados (contra os interesses nacionais) com Serra e o STF!!! Como talvez dissesse a coluna do Ancelmo, “Meu Deus!”

Esposa do menino do MEP acha sobre isso

"A mulher de Santos, Márcia Cristina Muniz, disse que, quando o marido falou de Lula, "foi sempre de maneira positiva", e que nunca tinha ouvido relatos sobre uma possível tentativa de abuso na prisão. Criticou ainda o artigo, que chamou de "baixaria", e disse temer que os filhos, em idade escolar, possam ser vítimas de chacotas por parte dos colegas."
 

Da Folha de São Paulo


Santos é o menino do MEP - Movimento de Emancipação do Proletário* , que a Folha de São Paulo disse que foi molestado pelo Presidente da República quando era preso político.

*acho

Serra e Arruda um mês atrás

Serra, do PSDB, e Arruda, do DEM, ensaiam aliança para 2010, em Brasília



Serra, do PSDB, e Arruda, do DEM, ensaiam aliança para 2010, em Brasília

RENATA GIRALDI

da Folha Online, em Brasília


Em nome de uma parceria técnica destinada à melhoria de moradias populares, os governadores de São Paulo, José Serra (PSDB), e do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM) sinalizaram nesta terça-feira a eventual aliança política para 2010. Ambos trocaram elogios mútuos na presença de líderes nacionais dos dois partidos políticos.

A justificativa oficial para o encontro dos dois governadores e das demais autoridades foi a assinatura de um convênio técnico para cooperação em habitação popular. O objetivo é executar programas de regularização fundiária, urbanização e capacitação profissional.

Mas na prática Arruda e Serra indicaram que a união entre os dois e seus partidos está evoluída. O governador do Distrito Federal brincou que estava "copiando" um projeto do colega de São Paulo.

"Estamos copiando o que deu certo, já copiei experiências do Paraná, que deram certo. Algumas experiências de Minas Gerais e agora essas experiências de São Paulo, só tenho a agradecer ao governador Serra", disse Arruda --único governador do DEM. Serra retribuiu afirmando que o "que é bom deve ser copiado".

Oficialmente, ambos desconversaram sobre a possibilidade de aliança tendo Serra como cabeça de chapa e Arruda, na vice. A opção foi partir para um discurso diplomático e nada agressivo inclusive ao tratar da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), nome apontado como candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para sua sucessão.

"Não estou especulando para 2010", afirmou Serra, esforçando-se para escapar das perguntas sobre sua candidatura para presidente da República. "O fundamental agora é tratar do governo do Estado", disse ele.

Segundo o governador, ainda é cedo para dar início à campanha presidencial. "São dois anos. Ainda falta muito tempo. O que a gente tem de fazer é administrar da melhor forma possível [o Estado de São Paulo] e de tal forma que dê certo", afirmou ele.

A cerimônia, na qual Serra e Arruda estavam presentes, também participaram dela os ex-ministros Eduardo Jorge (PSDB), Pimenta da Veiga (PSDB) e José Jorge (DEM), além do presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ).

Vi o Mundo 

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Chegou a hora de Reguffe

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Há muito tempo acompanho a política de Brasília. Posso garantir que Reguffe representa algo que está muito escasso pelas bandas de lá: ética.
Jovem, inteligente, honesto e amigo fiel. Pelo bem do povo do DF, é preciso que Reguffe seja Governador.



O PDT-DF está mais animado do que nunca com a candidatura do distrital José Antônio Reguffe ao Governo do Distrito Federal. Apesar de Reguffe ter aberto mão da disputa para deixar o partido confortável, o conforto pedetista agora vem exatamente do fato de ter um nome para a chapa majoritária. Desde a última sexta-feira (27), quando a Operação Caixa de Pandora, o partido tem fortalecido a ideia de candidatura própria. No sábado, várias reuniões informais praticamente colocaram a campanha de Reguffe nas ruas.

Dois pontos pesam muito a favor do distrital neste momento. O primeiro é que seu discurso de moralidade e ética, que o elegeu para a Câmara Legislativa como um dos distritais mais votados da Casa, combina perfeitamente com o desejo da população depois de todo esse escândalo envolvendo os poderes do Distrito Federal. O segundo é que, diante da crise governista, a candidatura própria do partido é a saída ideal para agradar pedetistas de todos as correntes.

Nos próximos dias, a legenda deve anunciar o desembarque oficial do GDF. A medida não seria decorrente diretamente da Operação Caixa de Pandora. Segundo pedetistas, a separação seria um processo natural com a candidatura própria, apenas antecipado pela crise.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Magistratura pede socorro

Magistratura pede socorro


Eliana Calmon


O Globo - 24/11/2009




Para a magistratura de carreira, o órgão maior do Poder Judiciário é o Superior Tribunal de Justiça. De formação eclética, dos 33 integrantes, 22 são de carreira e onze escolhidos dentre membros do Ministério Público e Advogados.



Às vagas da magistratura concorrem desembargadores federais ou estaduais, e para as vagas do Ministério Público e dos Advogados concorrem os seus representantes com mais de dez anos de atividade. As categorias têm formação distinta, e, na composição das turmas de julgamento, tem-se a preocupação de mesclar a formação, de modo a se manter equilíbrio.



Quando da elaboração da Constituição de 1988, pretendeu-se estabelecer, regra que consagrasse o equilíbrio, a exemplo da formação do Tribunal Superior do Trabalho; na escolha dos ministros daquela Corte, observa-se a origem dos magistrados.



Seja por atrofia política, seja por falta do necessário empenho dos órgãos representativos, o certo é que deixou de constar no texto constitucional a observância da gênese dos magistrados na composição do STJ.



A falta de texto escrito tem ensejado grave distorção na formação do "Tribunal da Cidadania". Como dos tribunais de justiça e dos tribunais federais participam representantes do quinto, a não observância da origem tem ensejado acesso desses ao STJ, concorrendo nas vagas dos desembargadores de carreira, porque, a partir da nomeação, estão aptos a alcançarem o tribunal superior, sem interstício algum. A prática desequilibra a formação eclética da Corte, porque esses magistrados, com os representantes da sua categoria, passam a figurar em número que tende a superar os magistrados de carreira.



No passado, a escolha dos desembargadores para comporem as listas de escolha ao STJ dava-se entre os que tinham realce na Corte, identificados como vocacionados, e para os desembargadores do quinto, o tempo era de, no mínimo, dez anos no tribunal.



Nos últimos anos, as escolhas passaram a obedecer a critérios outros, de tal forma que advogados recém chegados aos tribunais, com um ou dois anos de magistratura, passaram a concorrer às vagas do STJ, disputando com desembargadores com mais de vinte ou trinta anos de magistratura.



Além da quebra de paridade, a prática é de flagrante injustiça para com a magistratura, cujos integrantes a escolheram em tenra idade, prepararam-se, após se submeterem a concurso, viverem em longínquas cidades, padecerem com as dificuldades de escolha até ascenderem aos tribunais e, quando podem almejar o coroamento da carreira, enfrentam como concorrentes os colegas do quinto constitucional recém chegados — se juízes de carreira fossem, não estariam aptos a disputar sequer vaga nos tribunais inferiores.



A face mais perversa da disfunção aqui registrada está nas poucas chances de um magistrado de carreira, dentro do STJ, exercer as funções de direção da magistratura. Raros são os juízes de carreira que, como ministros, chegam à presidência, vice-presidência e corregedoria, entre outras funções exercidas pelos ministros mais antigos.



Os magistrados de carreira chegam ao STJ com bem mais idade do que os seus colegas do quinto, e, antes de chegarem à antiguidade necessária às funções de direção, são alcançados pela aposentadoria compulsória.



Tenho observado a absurda distorção, lamentando estar a magistratura sendo dirigida e conduzida quase que exclusivamente pelos advogados transformados em juízes pelo mecanismo constitucional do quinto. Tenho me indignado com a omissão dos órgãos representativos da magistratura. São incapazes de encetar uma eficiente defesa institucional em favor da magistratura imparcial e equilibrada.



Até aqui tenho mantido a discrição necessária ao exercício do meu mister, na esperança de ver corrigida a distorção.



Entretanto, chego à conclusão da necessidade de falar para que se possa ver o óbvio: as insensatas e injustas escolhas desestimulam, desprestigiam os juízes de carreira que, céticos quanto ao acesso, vão aos poucos se transformando em modestos servidores, sem a pujança que se espera de um agente político. A disfunção traz prejuízos institucionais irreversíveis, pela inserção de julgadores com pouca vivência e sem formação adequada em um tribunal eminentemente técnico como é o Superior Tribunal de Justiça. Calar faz-me parecer covardemente acomodada.



É preciso combater todas as práticas que possam macular a última das trincheiras de cidadania, o Judiciário.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A Vale foi terceirizada para a China

O da direita vende a preço de banana. O da esquerda toma de volta




Se fosse o Itamar, ele já tinha re-estatizado a Light, como fez com a Cemig. 

Clique aqui para ler como o Itamar tomou a Cemig de volta do Daniel Dantas e da “Rainha da Privatização”.

Se fosse o Itamar, já tinha re-estatizado a Telefonica de Espanha, que não faz os investimentos que diz que faz e presta o mais caro e ineficiente serviço de telefonia do mundo.

A BrOi não precisa re-estatizar porque re-estatizada foi.

Clique aqui para ler “A ‘BrOi’ é a P36 do Governo Lula”.

Resta saber se o BNDES vai continuar a botar dinheiro do trabalhador na BrOi e os empresários (?) privados vão sair de fininho, com o bolso cheio de dinheiro, como saíram o Grupo GP, o Citibank e o Daniel Dantas, o passador de bola apanhado no ato de passar bola, que, para sair da Brasil Telecom, levou um cala-a-boca de US$ 1 bilhão.

(A Vale foi terceirizada para a China. A Vale do Roger Agnelli tem um produto só e um comprador só: minério de ferro e a China. Ele é um gênio.)

Essa privatização do Farol de Alexandria seguirá a mesma trajetória do sino de 400 kg que o Serra deixou cair na Praça da Sé.

Se fosse o Itamar estatizava a CESP, antes que o Zé Pedágio dê ao Naji Nahas para vender.

Paulo Henrique Amorim

E aí, Dimitri?

Essa é para o meu amigo Dimitri, um dos últimos assinantes da Folha de San Paolo.


Dimenstein insulta leitores com mentiras e omissões

Sinto muito informá-lo, mas se você leva a sério Gilberto Dimenstein, como jornalista e como pessoa, você é ignorante e/ou desonesto.


Conforme diria o Bussunda, o problema não é ser um reacionário, é acumular o reacionarismo com a desonestidade. Gilberto Dimenstein MENTE, FALSIFICA, DISTORCE. É um capacho repugnante. Até o Serra deve desprezar esse Goebbels light.




O Lula, segundo Dimenstein, “pegou a inflação baixa” (inverídico: a meta de inflação do BC em 2002 era de 3,5% e a inflação foi de 12,5%).


Ainda segundo Dimenstein, Lula pegou “um país em rota de crescimento” (inverídico o PIB só entrou em rota de crescimento em 2004. 2002 foi 1,9% e 2003 0,5%, ou pelo novo método de calculo 2,7% e 1,1%. Passando em 2004 a 5,7%*).


“As bases do Bolsa-família em andamento” acrescenta o jornalista da Folha, Comparando três programas desconexos (a Bolsa Escola, Bolsa Alimentação e o Vale Gás) e de pouca abrangência, com o Bolsa-família -batizado de Bolsa-esmola pelos tucanos- que atingem 44 milhões de brasileiras e brasileiros.


Por último, vejam só “As finanças públicas tinham passado por medidas importantes como a lei de responsabilidade fiscal.”, certo. Aqui é o silêncio do jornalista é que grita sua parcialidade. Lula herdou o maior socorro jamais fornecido pelo FMI a um país em crise, com reembolsos pesados, uma dívida externa gigantesca (a dívida pública passou, de 30,2% do PIB, em 1994, para 55,9% do PIB, em 2002. A dívida interna aumentou de 30% para 60% do PIB**). Um país sem Reservas nenhuma e com balança comercial por anos deficitária. Juros estratosféricos (A média da taxa de juros real foi de 21,4%, no período de 1997 a 1999; de 15,8%, no período de 2000 a 2002**) e carga tributária escorchante (Em 1994, a carga tributária era de 28,6% do PIB; em 2002 ela estava 35,8%)**.


Finalmente, não sei o que é pior, se é essa reescritura da história, ou o insulto da afirmação que os que não pensam como Dimenstein, seriamos “desequilibrados”. Ou seja, a maioria dos brasileiros não estariam sendo equilibrados na rejeição à era FHC. Quanta pretensão e arrogância! Quanto desprezo pelo julgamento político da população.


Para Dimenstein Lula é hábil, sortudo, esperto. Sua inteligência, vejam vocês, é essencialmente ter continuado FHC. O “Farol de Alexandria” -dixit PHA- é a luz que balizou o caminho do barbudo.


Lula “é o cara” para o Brasil e o mundo. Mas o herói da história de Dimenstein, é FHC.


É o que ele chama de “equilíbrio”.



Luis Favre

Avisa a oposição que em 2010 só dá Dilma-Lula

Só faltou citar a Copa do Mundo no Brasil e as Olimpíadas Rio 2016
http://www.paulohenriqueamorim.com.br/wp-content/uploads/2009/11/Quadro1.jpg

Tem mais no Conversa Afiada

O Irã sem propagandas



"Nós achamos que aqueles que estão à procura de armamentos nucleares são pessoas politicamente atrasadas. A era dos armamentos já acabou. Começou a era da humanidade, do pensamento: o poder dos povos é o pensamento e não os armamentos nucleares."

Mahmoud Ahmadinejad




 Lula e Ahmadinejad no Itamaraty

terça-feira, 24 de novembro de 2009

As urnas nada seguras do TSE




Os blogs do Luiz Nassif e de Paulo Henrique Amorim reproduzem uma ótima matéria do IDGNow! que mostra que o vencedor do “concurso de hackers” promovido pelo TSE, Sérgio Freitas da Silva,  um dos poucos independentes que havia ali, quebrou de fato o sigilo da votação, captando com a antena de um rádio de pilha os sinais eletromagnéticos emanados do teclado da urna. Apesar de dar o prêmio a Sérgio, o TSE disse que era impraticável quabrar o sigilo do voto daquela maneira, pois a antena teria de ser praticamente encostada na urna.

Infelizmente, não é assim. O que Sérgio fez - e ele mesmo avisou - não tem nada de novo ou secreto. No vídeo aí em cima, mostro como uma pequena antena, a um metro da urna, capta e faz ser “traduzido” em outro micro o que se digita em um teclado. Aqui, outro vídeo, mostra como uma antena mais potente pode fazer o mesmo de outra sala, separada por uma parede.

O teste foi feito pelos os pesquisadores Martin Vuagnoux e Sylvain Pasini para o Laboratório de Segurança e Criptografia de Lausanne e demonstrou ser eficiente até distâncias superiores a 20 metros.

O laboratório pertence à Ecole Polytechnique Fédérale de Lausanne . Se o Ministro Jobim, que proclama a invulnerabilidade dessa urna ou o TSE tiverem algum interesse, no site há endereço e telefone da Escola para eles perguntarem se é verdade. A escola é pública, não vai cobrar nada.

Agora, este método quebra o sigilo do voto, mas não pode fraudar. A fraude é nos programas. Mas estes não podem ser testados.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Sérgio, segura essa


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Do Blog do Brizola Neto



Para os privatistas dobrarem a língua: acaba de sair um estudo da empresa Economática mostrando que o lucro trimestral da Petrobras (aquele que a “imprensa” brasileira festejou ter “caído” faz poucos dias) foi, ainda assim, o segundo maior das Américas, só perdendo para a Exxon (Esso) Mobil.

A empresa estatal ficou à frente da Texaco, JP Morgan Chase e da Microsoft.

O lucro da Petrobrás só “caiu” porque a empresa pagou os primeiros R$ 2 bilhões de um acordo feito com o Governo do Rio de Janeiro sobre diferenças nas participações especiais devidas sobre a exploração do campo de Marlim, na Bacia de Campos.

Este é o desempenho daquela que chamavam de Petrossauro, de ineficiente, de burocrática. E isso antes mesmo de começar a exploração comercial das jazidas do pré-sal.

É esse dinheiro que eles querem. É por isso que são contra o monopólio do petróleo. A “eficiência” que eles querem é abocanhar este tesouro que pertence ao povo brasileiro.

Outro filho não reconhecido de FHC


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhd50tRbNUyjV3YE7AikLE4AJvtuiyNdfRcyWFKUoAtQBq1sJmlUzPj5INOYzUjgBNGf7rn-I6Rm28mJ-teYKFB_mdmCja4-fQHVUw5bvxkRYo0O6_zjFzZavUrMU8pbSmulxANblP-KhSq/s1600-r/lulablog.jpg



Da coluna de Cláudio Humberto:

Ex-empregada afirma ter um filho com FHC: Leonardo, 20 anos

Uma ex-empregada afirma ter um filho com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em Brasília. O rapaz, hoje com vinte anos de idade, é Leonardo dos Santos Pereira, que trabalha como carregador (auxiliar de serviços gerais) em um órgão público, na Esplanada dos Ministérios. Ele nasceu da relação do então senador FHC com sua empregada Maria Helena Pereira, uma negra que o impressionava pela formosura. Leonardo é considerado muito parecido com o pai.

Indenização: faltaram R$ 120 mil

Demitida com o filho nos braços, Maria Helena só recebeu R$ 130 mil dos R$ 250 mil prometidos. E uma pequena casa em Santa Maria (DF).

Quem pagava informalmente as despesas do filho pobre de FHC?

Quem administrava o segredo e os pagamentos a Maria Helena, diz ela, era o ex-senador Ney Suassuna (PB), que depois virou ministro.

Teste de DNA no programa do Ratinho

FHC tremeu após ser informado que Maria Helena considerava pedir teste de DNA no “Programa do Ratinho”, sucesso do SBT, na época.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Esse eu recomendo

http://tijolaco.com/wp-content/themes/coolblue/images/headfoot.jpg

Um depoimento histórico de Lula


Entrevista de Lula ao Canal 7, TV pública da Argentina.
Uma produção difícil de se assistir por aqui.
Mais uma vez, temos que nos informar pelos meios de comunicação estrangeiros para ter uma informação de qualidade.




Cloaca: G1 indeniza vítimas do Rodoanel, "se"

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Desba viaduto do Rouboanel do Serra

 José Patrício/Agência Estado


O Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de São Paulo) vai investigar as possíveis causas do acidente ocorrido na sexta-feira (13) nas obras do trecho Sul do Rodoanel, em Embu, na Grande São Paulo. O superintendente operacional da fiscalização, Ademir Alves do Amaral, informou nesta segunda-feira (16) que serão analisados todos os detalhes da obra, desde a concepção, a concretagem das vigas e o transporte delas.
Na sexta-feira, por volta das 21h, três vigas que haviam sido colocadas sobre a rodovia Régis Bittencourt  uma semana antes desabaram e atingiram três veículos. Três pessoas ficaram feridas e os motoristas enfrentaram extensos congestionamentos, principalmente no sentido Paraná da pista, liberado 11 horas depois do acidente.
A investigação do Conselho será conduzida por uma comissão formada por especialistas em grandes estruturas. Eles também devem ouvir os engenheiros das construtoras que formam o consórcio que executa a obra – OAS, Mendes Jr. e Carioca Engenharia – e analisar dados do TCU (Tribunal de Contas da União). Os laudos produzidos pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e IC (Instituto de Criminalística) também serão analisados pela comissão.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

The Economist: O Brasil decola

Uma capa, às vezes, vale mais do que mil palavras...

The Economist print cover

E dá-lhe Dilma: Her master's voice

Kaio Márcio: ouros e recordes

Kaio Márcio comemora vitória na prova disputada em Estocolmo

O paraibano Kaio Márcio, revelação do Esporte Clube Cabo Branco, ganhou DUAS medalhas de ouro, UMA de bronze e bateu RECORDE mundial dos 200 metros borboleta na Copa do Mundo de Natação em Estocolmo.


Orgulho para os paraibanos, brasileiros, cabobranquenses e homônimos.


Que venha Rio 2016!

FHC devia ser preso

Esse post é para o meu irmãozinho Sérgio, o reaça, para ele fazer um paralelo entre a sua Vale (ele é acionista) e a nossa Petrobras (do povo brasileiro).




A Batalha de FHC para destruir a Petrobras

O Conversa Afiada reproduz e-mail que recebeu de amigo navegante que tem boa memória.�

 O entreguista (à direita da foto)

Caríssimo PHA
Vai aí, primeiro uma matéria que orgulha o nosso Brasil e nosso povo brasileiro e engradece a nossa soberania e o espírito patriotico. Isto só foi possível graças ao governo Lula. A outra logo (abaixo) fala tudo o que o Farol de Alexandria fez para que isto que está acontecendo hoje com a Petrobras não chegasse a contecer e para que a Petrobrás fosse entregue como foi entregue a Vale, o Sistema Telebrás e outros.
PS. Não esquecer de citar a venda (a preço de banana) de cerca de 40% das ações ADR’s da Petrobras no governo do Farol na Bolsa de Wall Street, ações com direito de voto.
Vale a pena divulgar isso,para refrescar a cabeça do povão que vai ficar ainda mais retado com esses agentes do atraso, os “DEMOTUCANOS”.
A primeira reportagem:

Petrobras é a terceira maior empresa de capital aberto das Américas.

Pesquisa da consultoria Economática mostra que companhia cresceu US$ 192,5 bilhões em valor de mercado entre dezembro de 2002 e novembro de 2009 e só está atrás da Exxon e da Microsoft.
A Petrobras é a terceira maior empresa de capital aberto do continente americano, segundo estudo divulgado nesta terça-feira (10/11) pela consultoria Economática. A pesquisa mostra que a companhia teve um crescimento de US$ 192,5 bilhões de valor de mercado, entre dezembro de 2002 e novembro de 2009, passando de US$ 15,4 bi para US$ 207,9 bi. A primeira e segunda colocadas da lista são as empresas americanas Exxon (US$ 345,8 bi) e Microsoft (US$ 257,4 bi).
No final do 2002 a Petrobras ocupava a 121ª colocação no ranking das maiores empresas de capital aberto do continente. Desde então, a Petrobras subiu 118 posições.
O resultado coloca a Petrobras à frente de empresas como Wal Mart (US$ 200,6 bi), Apple (US$ 181,5 bi) e Procter & Gamble (US$ 180,7 bi), que ficaram respectivamente na quarta, quinta e sexta posições na lista, que inclui ainda outras multinacionais como Google, Johnson & Johnson, Texaco e Coca-Cola.
Rio, 10/11/2009

Agora, a história do entreguista Fernando Henrique Cardoso, passo a passo:

FHC(PSDB), o algoz da Petrobras

O pai, grande lutador pela empresa, o filho fez tudo para destruí-la.
O presidente Fernando Henrique Cardoso recebeu uma missão: desmontar o País. A Petrobras está na sua longa agenda macabra de demolidor do futuro.
Acompanhe os passos de FHC rumo ao seu grande objetivo:
1993
Neste ano, o então ministro FHC promoveu um corte de 52% no orçamento de 1994 da PETROBRAS. Isto só não paralisou a empresa porque estourou no Congresso o escândalo do Orçamento, impedindo que se fechasse o orçamento geral da União antes de outubro de 94. Ainda assim a PETROBRAS teve retardados diversos projetos em andamento.
1994
Através do Departamento Nacional de Combustíveis, o ministro FHC promoveu uma manipulação da estrutura de preços que transferiu, permanentemente, da PETROBRAS para as multi nacionais da distribuição cerca de US$ 3 bilhões/ano. Nos 6 meses que antecederam a URV o governo deu dois aumentos por mês aos combustíveis para compensar a desvalorização diária da moeda nacional frente ao dólar.
Nesses aumentos, a parcela da PETROBRAS aumentava abaixo da inflação enquanto a das distribuidoras aumentava acima da inflação. De dezembro de 93 a abril de 94 os aumentos foram de: a) inflação 536%; b) parcela da PETROBRAS 491% e c) distribuidoras 703%. Com a Urverização os ganhos e perdas respectivas se tornaram permanentes, criando no Brasil a maior margem de distribuição do mundo.
1995
O governo, mais uma vez, faltando com o compromisso negociado com a categoria, levou os petroleiros à greve com o firme propósito de destruir o sindicalismo brasileiro. E colocou tropas militares nas refinarias, deixando as distribuidoras de combustíveis e de gás sonegarem os produtos. Há documentos do DNC provando isto.
Pelo Cano
Em 1995, deflagrou a construção do gasoduto Bolívia-Brasil que vai permitir às empresas do Cartel das 5 irmãs venderem uma massa de 1,1 trilhão de m3 de gás ao único cliente possível (150 bi na Bolívia, 350 bi de m3 em Camisea, Peru, descoberto pela Shell em 1983 e até hoje não explorado e 600 bi de m3 na Argentina, pertencentes à Shell, Enron e British).
A PETROBRAS constrói o duto (economicamente inviável) drenando recursos que poderiam ser aplicados na Bacia de Campos, onde o retorno é acima de 60% ao ano. O gás vai ser usado em termoelétricas. Teremos uma matriz energética mais poluente e estaremos dependentes de energia externa fornecida por um monopólio natural, comandado por multinacionais. Mary Quinn, diretora de investimentos do C.S.F. Boston declarou que não consegue explicar este investimento da Petrobras.
Quebra
Em 1995, a quebra do monopólio do petróleo com pressões, chantagens e barganhas com o Congresso Nacional.
Ainda em 1994, no governo Itamar, as estatais estratégicas, durante o processo de Revisão Constitucional, enviaram os seus técnicos a Brasília para dar informações sobre os dados significativos das empresas. Isto ajudou a impedir que a Revisão Constitucional se realizasse. No governo FHC os empregados foram proibidos de ir ao Congresso conversar com os parlamentares sob pena de demissão. O Decreto 1.403 de fevereiro de 95 criou o SIAL – Serviço de Informação e Apoio Legislativo, que foi o grupo de “Intelligentzia” criado com a missão de verificar a ida dos empregados para fins de demissão.
1996
Anulação do Contrato de Gestão. Envia a Lei 9.478 que quebra o monopólio da União (art. 26), permite a exportação (art. 60) e cria subsidiárias (art. 65) para cumprir o plano C.S First Boston de desmonte da empresa.
Também em 96, na Europa, os governos assinam um contrato de Gestão com as empresas estatais e estabelecem metas a serem cumpridas pelas empresas.
Caso as metas não sejam cumpridas rolam cabeças de dirigentes. Mas o governo não interfere na gestão das empresas. Por isto elas são eficientes e lucrativas a ponto de comprarem estatais no exterior, inclusive no Brasil. Aqui as estatais são violentadas pelo governo. É o único caso do planeta Terra, em que o acionista majoritário trabalha contra a sua empresa. O governo Collor mudou, em dois anos, 6 presidentes e 24 diretores. O governo FHC vem fazendo um estrago maior. O governo FHC anulou o contrato de Gestão que havia entre o governo e a Petrobras.
O Golpe
FHC envia ao Congresso a Lei 9.478 que iria regulamentar o setor de petróleo após a quebra do monopólio em 1995. A Lei extingue violentamente a Lei 2.004 que criou a PETROBRAS após um dos maiores movimentos cívicos ocorrido no País. A Lei, além de desrespeitar a Constituição em vários artigos, efetiva a quebra do monopólio da União.
O artigo 26 é claro: a concessionária que produzir o petróleo torna-se sua proprietária, cabendo à União o monopólio de rocha vazia. O artigo 60 permite a exportação do petróleo. O nosso petróleo que poderia nos suprir por 40 anos, pode ser exaurido em 10 anos. As Cinco Irmãs têm hoje menos de 5% das reservas mundiais. Usarão as nossas. A Lei é um conjunto de artigos que anulam a Constituição e o bom senso.
1997
Cria a ANP e nomeia o genro para comandar o processo de engessamento da Petrobras.
Corte de R$ 1 bilhão nos investimentos. Obriga a empresa a apelar para parcerias. Os parceiros, que nada investiram, passam a repartir os lucros.
FHC cria a ANP – Agência Nacional do Petróleo, presidida pelo seu genro ivatista David Zilbersztajn. A ANP tem se mostrado a inimiga nº 2 da Petrobras. Atrapalha a empresa, cria fórmulas e dispositivos que a desfavorecem como a portaria nº 3 que a impede de se defender da inflação e da correção cambial. Dá 3 anos para a PETROBRAS pôr em produção os seus campos em águas profundas, enquanto estabelece o prazo de 8 anos para as demais concorrentes. “E dá outras nocivas providências”.
Obriga a empresa a apelar para parcerias. Áreas onde ela investiu pesado, correu todos os riscos e desenvolveu tecnologia, é obrigada agora a dividir os lucros com aquelas empresas que não quiseram correr os riscos. É como se a PETROBRAS comprasse um bilhete premiado e fosse obrigada a repartir o prêmio, recebendo só a metade do valor da compra do bilhete.
1998
Corte nos investimentos. Impede a emissão de debêntures para obter recursos para investimentos. Libera a importação de equipamentos sem IPI e ICMS para multi nacionais.
Proíbe tomar empréstimo no exterior (a 6% ao ano). Impasse na negociação salarial (continua até hoje).
Em plena Copa do Mundo a ANP retira mais 35% das áreas escolhidas pela PETROBRAS, restando para ela apenas 7,1% do total.
ANP emite a Portaria nº 3 que impede a Petrobras de se defender da desvalorização do real e da inflação.
Ocupação
Em 1998, seis empresas ocupam o 12º andar do EDISE (duas delas comandaram a privatização da YPF Argentina – Merryl Linch e Gaffney Cline) – para examinar minuciosamente todos os dados da PETROBRAS.
Neste mesmo ano, promove o corte de um bilhão nos investimentos. Novas paralisações em projetos e atividades importantes. Só a revisão do orçamento promove uma paralisação de mais de três a seis meses na Petrobras. Técnicos das áreas mais cruciais param os seus serviços para analisar e priorizar os cortes. É uma das piores armas de FHC contra a empresa. Projetos de alta rentabilidade vão se tornando inviáveis com as paralisações.
Garrote
Proíbe a empresa de tomar recursos no exterior a juros civilizados, impede-a de emitir debêntures para gerar recursos. Enquanto isto a ANP ameaça retomar as áreas que não produzirem em 3 anos da data da Lei 9.478.
Libera a importação de equipamentos com isenção de impostos pelas multinacionais, inviabilizando a competitividade dos fabricantes nacionais. Gera emprego no exterior e os extingue no País.
1999
Corte nos investimentos.
Delega ao Conselho de Administração o controle absoluto da empresa. Nomeia um conselho de raposas para isto, entre eles Jayme Rotstein, empresário fracassado, lobistas dos usineiros e suplente de senador na chapa derrotada do Roberto Campos e Pio Borges com 23 denúncias de improbidade administrativa no BNDES junto com Mendonça de Barros.
O governo corta novamente R$ 1 bilhão nos investimentos, nova paralisação na empresa. Promove um aumento brutal nos impostos da Petrobras. Alguns aumentaram até 4 vezes como o caso dos royalties. O pior é que sabemos que, se a Petrobras for privatizada, as Cinco Irmãs extinguirão os royalties como fizeram no Mar do Norte, na Índia e na costa da Califórnia, EUA. Alegam que a atividade em águas profundas é dispendiosa e arriscada, conseguindo com isto a revogação do royalty.
Rapinagem
O governo faz um decreto delegando ao Conselho de Administração o controle absoluto da PETROBRAS, modificando dois decretos existentes que davam essas atribuições ao governo.
O governo impede a Petrobrás (BR e Petros) de entrarem no leilão da CONGÁS. É mais uma ingerência ilegal e imoral na empresa.
Hélio Fernandes
Tribuna da Imprensa – 22/6/2004

PS – O artigo acima foi escrito pelo bravo Fernando Siqueira e publicado pelo “O Farol”, em 1999. Não tem uma linha deste repórter, apenas o espaço é meu. Mas como Fernando Siqueira, só defende o interesse nacional, em toda e qualquer situação, referendo e assino tudo o que ele escreve. Por que então escrever novamente?
PS 2 – E o recorte me foi enviado por Mario Lobo Cunha, outro bravo lutador, colaborador deste repórter, que mora em Porto Alegre. Minha participação é apenas a da divulgação do que FHC fez contra a Petrobras e o próprio pai. Ressalte-se: todo o mérito para Fernando Siqueira  e Mario Lobo Cunha.”

Hélio Fernandes
Tribuna da Imprensa – 22/6/2004
extraído do site:
http://www.olobo.net/index.php?pg=colunistas&id=360&PHPSESSID=34bfd0971426469112ac06fbcfe