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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Empresários "veneram" a democracia

Do Blog do Noblat (só para dizer que sou democrático...)


Deu no Correio Braziliense

Industriais de Brasília adotam o terceiro mandato

Por 9 votos a 1, os conselheiros da instituição decidem alterar dois dispositivos do estatuto e assegurar ao atual presidente o direito de concorrer a uma segunda reeleição no ano que vem

De Diego Amorim:

O presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), Antônio Rocha, aderiu à moda latino-americana e conquistou o que nem Lula, por enquanto, conseguiu: concretizar a possibilidade de um terceiro mandato.

Por 9 votos a 1, os conselheiros da entidade alteraram no fim da noite de ontem trechos do estatuto que vedavam uma segunda reeleição.

Há oito anos à frente da instituição, Rocha poderá concorrer no ano que vem a mais um mandato de quatro anos. A reunião extraordinária durou pouco mais de duas horas e teve momentos tensos.

O primeiro vice-presidente da Fibra, Ricardo Caldas, participou do encontro, mesmo não tendo direito à voto. Ferrenho crítico do terceiro mandato, ele acusa Rocha de agir em benefício próprio.

“O poder seduz as pessoas”, disse. Para Caldas, a decisão do conselho abala a credibilidade da entidade, além de ferir o princípio da alternância de poder, prevista na Constituição Federal.

“É possível acionar a Justiça nesse caso, mas não quero que a instituição se fragilize a esse ponto. Não quero que ela seja questionada judicialmente”, afirmou, sem afastar definitivamente essa hipótese.

Desde que assumiu a Presidência da Fibra, Rocha é cortejado por vários partidos. Foi até convidado para ser vice de uma chapa petista ao governo do Distrito Federal.

Na avaliação dele, não há problema algum em poder ficar mais quatro anos no comando da federação. “Não vejo nenhum quesito democrático sendo quebrado. Eleição é assim: você tem um mandato e, se for reconhecido pelo seu trabalho, o terceiro mandato consolida justamente o entendimento de que foi realizado um bom trabalho”, justificou. “Essa decisão não tira o direito de ninguém concorrer ao pleito”, completou.

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